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domingo, 2 de outubro de 2011

Viajando na Velocidade da Luz




Esqueça as teorias físicas que o homem já formulou, todas as leis que regem o universo, e se concentre apenas no seguinte: você é uma partícula que pode viajar na velocidade da luz. Cientistas do Instituto para Estudos Avançados, em Austin (Texas, EUA), resolveram fazer uma simulação teórica de como isso funcionaria.
Esta iniciativa partiu de novos estudos com o neutrino. Trata-se, basicamente, de uma partícula subatômica que seria capaz de se locomover mais rápido que os 300 mil quilômetros por segundo que a luz atinge. Einstein refutou a possibilidade de podermos nos locomover tão rápido quanto a luz, basicamente porque demandaria energia infinita, mas estudos recentes têm colocado esta ideia em cheque. De qualquer maneira, ainda está totalmente no campo da suposição uma viagem humana nessa velocidade.
Em primeiro lugar, como explicam os pesquisadores, nossa habilidade de ver a luz sofreria alteração. Se a luz chega até nós e é captada, sendo muitíssimo mais rápida que o nosso olhar, não se sabe ao certo como poderíamos vê-la estando na mesma velocidade do que ela.
Ainda no campo visual, imagine que saímos da Terra com uma nave à velocidade da luz. Essa é a velocidade que o sinal das transmissões de TV alcançam o satélite e são rebatidas por ele. Se saíssemos da Terra na mesma velocidade, não captaríamos o sinal de ida, apenas estaríamos indo de encontro ao sinal de volta. Com isso, veríamos o vídeo de trás para frente.
Indo mais longe, como seria um mundo em que objetos se locomovessem acima da velocidade da luz? Nós os veríamos normalmente? Os cientistas de Austin acham que não, e colocam uma analogia fácil de entender. Imagine que você está no chão e vê um avião a jato, voando acima da velocidade do som. O que acontece, nesse caso, é que você vê o avião antes de ouvir seu ruído, porque o som chega atrasado. Quando ele chega, é como um estouro, porque todas as ondas sonoras que o avião já produziu se “amontoam” juntas.
Da mesma forma, se um avião de neutrinos (para colocar em termos práticos), voando acima da velocidade da luz passasse no céu acima de você, ele não seria visível naquele momento. Quando a luz do avião chegasse, não distinguiríamos um avião, e sim um “flash” no ponto por onde ele passou, indicando um rastro de ondas eletromagnéticas. Mas essa ideia, assim como as anteriores, ainda está no campo das meras teorias.

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