Que o universo está se expandido desde o Big Bang, sabemos faz tempo. Edwin Hubble, na década de 1920, percebeu que as galáxias se afastam com uma constante proporcional à sua distância. Mas as características dessa expansão ainda são misteriosas. Em 2011, por exemplo, o pesquisador Adam Riess, da Universidade Johns Hopkins, conseguiu demonstrar, observando supernovas, que essa expansão estava acelerando, pesquisa que lhe rendeu o Nobel de Física.
Este ano, o mesmo Riess anunciou que o universo estava expandido ainda mais rápido do que imaginávamos. Sua investigação tentou calcular uma estimativa mais precisa da Constante de Hubble, expressão matemática que fala sobre a velocidade de expansão do universo.
Para chegar a esse número certeiro, ele e sua equipe usaram o Hubble (o supertelescópio, não o astrônomo) para procurar galáxias que tivessem tanto estrelas pulsantes gigantes, chamadas Cefeidas, quando supernovas do tipo Ia. A luz desses dois fenômenos permitiu que eles fizessem uma previsão mais acertada da distância de 19 galáxias extremamente distantes.
Além disso, eles observaram o comportamento da luz. Por conta da expansão do espaço, ondas de luz muito distantes acabam “esticadas” – e quanto mais esticadas ficam, mais avermelhada essa luz fica. O fenômeno é chamado de redshift (desvio para o vermelho) e permite que os entendam a velocidade de distanciamento do objeto (nesse caso, das galáxias) que emitiram aquela luz.
Usando todos esses métodos ao mesmo tempo, o time de pesquisadores concluiu que a distância entre dois objetos no Universo dobra a cada 9,8 bilhões de anos, indicando uma expansão do universo que é de 5% a 9% mais veloz do que os cálculos anteriores.
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