Um novo modelo matemático mostrou que estávamos subestimando a população do Universo: as galáxias podem ser pelo menos 10 vezes mais numerosas do que esperávamos.
A primeira vez que surgiu uma previsão realista do número de galáxias foi no fim dos anos 90. Ele mesmo, o Hubble, registrou imagens de objetos distantes e de luz muito tênue, que os astrônomos descobriram ser um tipo mais “discreto” de galáxia. Elas eram tão numerosas que a estimativa de galáxias no universo observável ficava entre 100 e 200 bilhões.
Era muito pouco: a nova estimativa é que existam, no mínimo, 2 trilhões de galáxias. O novo cálculo é baseado em uma ideia bastante recente sobre os tipos de galáxias existentes no Universo. As galáxias que conhecemos são as maiores e mais brilhantes, porque elas são muito mais fáceis de detectar. Mas, segundo o novo modelo, elas seriam também as mais raras do Universo – representariam no máximo 10% de todas as galáxias espalhadas pelo espaço.
Assim, o novo cálculo foi baseado no princípio de que o tamanho de uma galáxia é diretamente proporcional à sua raridade. O modelo matemático extrapolou as poucas galáxias pequenas e quase sem brilho que conseguimos ver para calcular o número de galáxias que ainda são invisíveis. Se olhássemos todas as galáxias num gráfico dividido por tamanho, as mais massivas seriam as menos numerosas. O grosso da população universal seria de galáxias extremamente distantes e discretas, com bem menos luz, muito comuns, principalmente no início do Universo.
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