Há já muito tempo que sabemos que os planetas se formam e vivem ao redor de estrelas. Por exemplo, o Sol é a estrela-mãe de todos os planetas do nosso Sistema Solar. Mas agora os astrónomos encontraram indícios de que os planetas podem ser mais duros de roer do que pensávamos, e que podem ter-se formado até nas condições mais difíceis conhecidas no Universo.
Quando uma estrela nasce, os restos de gás e poeira formam um disco à sua volta, semelhante aos anéis de Saturno. No seio deste disco, os pequenos grãos de poeira podem juntar-se e formar minúsculos fragmentos rochosos. Estes podem chocar e coalescer uns com os outros, criando objectos cada vez maiores – é esse o processo que acaba por levar ao nascimento de planetas.
Novas investigações revelaram que estes discos de materiais como gás e poeira também se podem encontrar nas regiões adjacentes a buracos negros. Os buracos negros são objetos cósmicos que existem nas profundezas do espaço, nos quais uma enorme quantidade de matéria é comprimida num pequeno volume. Seja o que for que se aproxime demasiado de um buraco negro é puxado para ele com tanta força que não consegue escapar.
Os planetas que se conseguirem formar neste ambiente complicado serão provavelmente muito maiores do que a nossa Terra, pelo menos umas dez vezes!
Com as capacidades científicas e tecnológicas actualmente existentes, não temos forma de descobrir se existem realmente planetas ao redor de buracos negros, mas os astrómomos têm esperança de os vir a encontrar no futuro próximo.
Facto curioso: Para fazer um pequeno buraco negro, seria preciso pegarmos num objeto com a massa da Terra e apertá-lo até ficar do tamanho de um bola com uns milímetros de diâmetro!
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