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quinta-feira, 13 de julho de 2023

Planeta-sanduíche pode explicar formação de planetas pequenos

 


 Planeta-sanduíche formando-se entre dois planetas grandes. [Imagem: Mark Garlick/University of Warwick]

 Planeta-sanduíche 

Ao observar discos protoplanetários, que só recentemente puderam ser observados diretamente, astrônomos depararam-se com nada menos do que um possível novo modo de nascimento de um planeta. Farzana Meru e colegas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, chamam esse modo de nascimento de um planeta de "formação planetária ensanduichada". 

Um disco protoplanetário é o ambiente de gás, poeira e pedregulhos que gira em torno de uma estrela, tipicamente sendo o material que restou da formação da própria estrela. A equipe descobriu agora um possível caso em que dois grandes planetas, já em formação no disco protoplanetário, dão origem a um planeta-sanduíche menor entre eles. 

A hipótese levantada pela equipe é que os dois grandes planetas restringem um fluxo interno de poeira, o que significa que a quantidade de poeira que se acumula entre eles é menor em comparação com uma área livre do disco. 

Caso essa poeira eventualmente se junte para formar um planeta, então o planeta do meio será menor do que os dois planetas externos - como o recheio de um sanduíche - devido à falta de material para que ele cresça. 

Formação de planetas menores 

Embora seja apenas uma conjectura, e mais pesquisas sejam necessárias para demonstração desse processo, esta teoria pode apresentar uma possível explicação para a formação de planetas pequenos, como Marte e Urano, cada um cercado por planetas maiores. 

"Na última década, as observações revelaram que existem anéis e lacunas em discos protoplanetários. As lacunas são onde esperamos que os planetas estejam, e sabemos a partir de trabalhos teóricos que os planetas causam a formação de anéis de poeira fora deles. O que exatamente está acontecendo nesses anéis coloca uma questão importante para astrônomos de todo o mundo. 

"Em nosso estudo, propomos os anéis como locais de formação de planetas; especificamente, que existem planetas imprensados realmente sendo formados nesses anéis. Isso é muito diferente da visão convencional da formação de planetas, onde normalmente esperamos que os planetas se formem sequencialmente, de dentro para fora do disco e ficando cada vez mais massivos quanto mais longe [estiverem da estrela]. 

"O que também é realmente interessante é que existem exemplos que encontramos a partir de observações de exoplanetas que realmente mostram a arquitetura desse planeta imprensado - onde o planeta do meio é menos massivo do que seus vizinhos; é uma proporção razoável dos sistemas também," disse Meru.

Fonte: Inovação Tecnológica

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