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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Humanidade pode superar o fim do Universo; veja como



Sabemos que mesmo que guerras nucleares, poluição ou doenças não acabem com a vida humana na Terra, o nosso planeta está fadado a ser destruído pelo próprio sol em cerca de 1,5 bilhão de anos. Neste ponto, de acordo com projeções do astrônomo Gregory Laughlin da Universidade de Yale (EUA) e do cientista ambiental Andrew Rushby, da Universidade de East Anglia (Inglaterra), o sol vai causar um superaquecimento da Terra. Os mares irão ferver e os tipos de vida complexos não vão sobreviver neste ambiente.

Era multiplanetária

Se a humanidade ainda existir, provavelmente nem estaremos mais vivendo por aqui. Com a tecnologia atual já seria possível estabelecer bases na lua ou em Marte, então em 1,5 bilhão de anos o sistema solar inteiro provavelmente estaria colonizado.

Conforme o sol for ficando mais quente, outros planetas pareceriam mais atraentes. Assim que a Terra estiver muito quente para nós, Marte estaria na temperatura ideal para nos receber. A pesquisadora Lisa Kaltenegger, da Universidade de Cornell, desenvolveu um modelo que mostra que o planeta vermelho deve ficar agradável por outros 5 bilhões de anos.

Daqui a 7,5 bilhões de anos, o sol vai terminar de queimar sua reserva de hidrogênio e vai passar a usar seu hélio. Isso vai fazer com que ele infle como um enorme gigante vermelho. Neste ponto, tanto a Terra quanto Marte estarão literalmente fritos. Por outro lado, as congelantes luas de Júpiter e Saturno serão local ideal para colônias humanas. Poderemos ficar ali por alguns milhões de anos.

Daqui a 8 bilhões de anos, até as luas desses planetas ficarão quentes demais para nós. Não existirá mais vida no nosso sistema solar.

Era multiestelar

Felizmente, ainda existem 200 bilhões de outras estrelas na Via Láctea, a maioria com planetas ao redor. Talvez neste ponto nossos descendentes serão especialistas em viagens na velocidade da luz. Seres humanos do futuro poderiam construir arcas interestelares, nas quais gerações de viajantes poderiam viver e morrer antes de levar seus herdeiros ao novo destino.

Poderemos escolher planetas ao redor de um sol amarelo de tamanho médio parecido com o nosso. Ali poderia ser nosso lar por alguns bilhões de anos, já que esse tipo de estrela leva cerca de 12 bilhões de anos para morrer. Mesmo que uma estrela morra, moderemos nos mudar para outras.

Mesmo que todas as estrelas amarelas morram, as anãs vermelhas também podem ser uma boa fonte de energia para planetas ao seu redor e poderiam ser um bom lar para os seres humanos até daqui 15 trilhões de anos.

A era gravitacional

Quando as anãs vermelhas morrerem, a única opção de nossos descendentes será explorar energia dos buracos negros. Esta seria a “Era gravitacional”. Neste futuro negro, poderemos construir estruturas que deixam massas serem puxadas para dentro do buraco negro para que seu empuxo gravitacional seja explorado da mesma forma como um relógio de peso faria.  Outra opção seria explorar as altas temperaturas do centro de planetas para gerar eletricidade. A interação gravitacional entre corpos celestiais cria atrito, que ajuda a manter os planetas quentes mesmo sem calor de estrelas. 

Não imagine pessoas como nós vivendo nesses cenários. Tantos anos de evolução com certeza terão nos transformado completamente. Possivelmente estaremos em fusão com nossos computadores ou talvez nem teremos uma forma física. O único fator que nossos descendentes provavelmente terão em comum conosco é o conhecimento.

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