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sábado, 24 de dezembro de 2016

Primeiro buraco negro é criado na Terra


Um buraco negro eletromagnético, que suga a luz a seu redor, foi criado em laboratório pela primeira vez. A criação, que funciona em freqüências de microondas, pode logo ser utilizado para se agarrar à luz visível, e pode revolucionar o funcionamento da eletricidade solar. A ideia foi proposta no início deste ano em um estudo de Evgenii Narimanov e Alexander Kildishevof, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos. A pesquisa realizada pela dupla sugeria que as propriedades de um buraco negro cosmológico poderiam ser recriadas. Agora, os cientistas Tie Jun Cui e Qiang Cheng, da Universidade Southeast, na China, fizeram com que a teoria de Narimanov e Kildishevof se tornasse realidade.

O buraco negro de laboratório construído pelos cientistas chineses é constituído por 60 tiras circulares de um metamaterial que foi anteriormente utilizado em uma tentativa de construir capas de invisibilidade. O dispositivo usa 40 tiras para formar a sua camada exterior e 20 tiras para absorver a luz dentro do aparelho.  Quando a onda eletromagnética incidente atingir o aparelho, ela será presa e guiada para o interior do buraco negro, e absorvida pelo interior do dispositivo”, afirma Cui. “A onda não sairá do buraco negro”, diz o cientista, que afirma que o interior do buraco negro de laboratório deve transformar a luz em calor.

Agora o desafio dos cientistas é fabricar um aparelho que consiga capturar a freqüência das ondas ópticas, que é muito menor que a freqüência da radiação em microondas. Para isso, a estrutura do aparelho terá que ser significativamente menor, mas Cui mostra-se confiante que isso pode ser realizado, e acredita que uma demonstração do buraco negro ótico pode estar disponível já no fim deste ano.  Um aparelho deste tipo poderia ser utilizado para capturar energia solar em locais em que a luz é muito difusa para que espelhos consigam captá-la. O buraco negro óptico agarraria toda a luz e direcionaria-a a seu interior. “Se a invenção funcionar, não seria mais necessário utilizar aqueles espelhos parabólicos enormes para coletar a luz” afirma Narimanov.

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