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sábado, 7 de maio de 2016

Vulcões de gelo podem estar ativos em Plutão

Quem não se lembra daquele famoso Coração de Plutão?! Pois é... o fato é que, ao sul dessa região bem conhecida, os cientistas encontraram algo bastante incomum, que parece ser um enorme vulcão de gelo.

vulcões de gelo em Plutão

Imagens da sonda New Horizons da NASA identificaram não apenas um, mas dois picos que se elevam a cerca de 6 quilômetros de altura sobre a superfície do planeta anão, e no topo desses picos enormes, podemos ver buracos profundos, e até onde se sabe, essas características são encontradas apenas em vulcões.

vulcão em Plutão



Como um minúsculo mundo gelado nos confins do Sistema Solar, Plutão permaneceu praticamente desconhecido até julho de 2015, quando a sonda espacial New Horizons se aproximou do planeta anão mostrando sua características pela primeira vez. Antes de conhecermos Plutão de perto, os cientistas acreditavam que ele era gelado demais, e não tinha meios para manter um calor interno suficiente para alimentar processos geológicas, como fluxos de geleira e vulcanismo. Mas a medida que os dados da sonda chegam na Terra, os cientistas se surpreendem com sua superfície, que é mais jovem do que se esperava, o que sugere processos geológicos e camadas internas quentes.

As novas imagens de Plutão mostram um incrível mundo complexo e cheio de detalhes!

E para provar que Plutão não é apenas uma simples bola de gelo do Sistema Solar, encontramos duas enormes montanhas com centenas de quilômetros de diâmetro, ao sul do "Coração de Plutão". As montanhas foram informalmente chamadas de Wright Mons e Piccard Mons, e cada um dos picos hospeda uma cratera central.

vulcões em Plutão
'Vulcões de Gelo' no Sistema Solar

"Estas são duas características extraordinárias", disse Oliver White, pesquisador da missão New Horizons no Centro de Pesquisa Ames da Nasa. "Nada como isso já foi visto no Sistema Solar."

Os vulcões do nosso planeta expelem rocha derretida, mas os vulcões de gelo em Plutão podem expelir algo como água congelada, nitrogênio, amônia ou metano.

Existem outros corpos que possuem vulcões no Sistema Solar, como Io, lua de Júpiter por exemplo, que é o corpo com a maior quantidade de vulcões ativos em todo o nosso sistema. Mas vulcões de gelo são muito raros.


NASA faz revelação bombástica sobre o céu e a superfície de Plutão


A lua congelada Enceladus, de Saturno, é conhecida por ejetar material congelado em seu pólo sul, mas a fonte vem de fissuras no chão, e não de montanhas como vulcões. Vulcanismo de gelo também foi uma hipótese levantada em Titã, lua de Saturno, mas como Oliver salientou, eles foram identificados por radar, e não foram claramente vistos como esses de Plutão. "Esta é a primeira vez que vemos grandes estruturas vulcânicas de gelo, com aparência igual a dos vulcões que temos na Terra", disse Oliver White.

Embora as características suportem uma forte semelhança com vulcões, o pesquisador da New Horizons, Jeff Moore, disse que a NASA ainda não estava pronta para anunciar de forma conclusiva a descoberta de vulcões ativos em Plutão.

Os cientistas ainda não sabem o que poderia estar gerando o calor interno em Plutão, necessário para criar vulcões em sua superfície. Uma possibilidade apresentada é de que exista um manto com um tipo de pasta de amônia e água abaixo da superfície. Outra possibilidade é de que o núcleo rochoso, inicialmente aquecido durante a formação do planeta anão, tenha calor necessário para derreter o gelo, mas não para liberar lava, o que em teoria, poderia acontecer nesse vulcão.

Outro ponto curioso é que grande parte de Plutão não apresenta crateras de impacto, o que sugere uma superfície nova, de apenas alguns milhões de anos, e não de 4 bilhões de anos, quando ocorreu a formação do planeta anão. Seria culpa desses dois vulcões?

Os cientistas ainda contam com a possibilidade de que esses dois grandes picos sejam apenas uma pequena parte de uma grande cadeia de vulcões em Plutão, mas infelizmente, o campo de visão da New Horizons não teria registrado essas áreas. Portanto, não há como identificar essas regiões com os dados adquiridos durante o voo rasante da sonda New Horizons. "Nós teremos que voltar lá daqui a cem anos e conferir", disse Oliver.

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