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sábado, 16 de abril de 2016

Itokawa: a anatomia de um asteroide


Uma grande quantidade de corpos celestes choca-se frequentemente com planetas do Sistema Solar. Para entender o que pode acontecer quando essas colisões acontecem os cientistas do European Southern Observatory (ESO), realizaram um grande estudo para dessecar um estranho asteroide conhecido como Itokawa. As primeiras imagens desse objeto foram capturadas pela sonda japonesa Hayabusa, em 2005, e intrigaram os astrônomos por seu formato de amendoim.

Utilizando o NTT (sigla do inglês, New Technology Telescope), a equipe de cientistas do descobriu a primeira evidência de que os asteroides têm uma estrutura interna extremamente variada, ou seja, partes diferentes do asteroide Itokawa têm densidades diferentes.

Essas descobertas podem revelar inúmeros segredos sobre sua formação, além de ajudar a entender como os planetas são formados e, por exemplo, o que aconteceria se ele se chocasse com a Terra ou outro planeta do Sistema Solar. 

Para entender o que existe no interior do asteroide Itokawa, os astrônomos liderados por Stephen Lowry (Universidade de Kent, RU) utilizaram observações muito precisas a partir da Terra, medindo a velocidade em que ele gira e como é que esta taxa de rotação varia com o tempo. Além disso, foram combinados dados sobre a irradiação de calor. 

Reunindo todas essas informações e mais imagens recolhidas entre 2001 e 2013 pelo NTT/ESO, instalado no Observatório de La Silla, no Chile, a equipe determinou a variação do brilho do objeto à medida que ele gira. O próximo passo foi combinar todas essas informações com a forma do asteroide, o que permitiu explorar o seu interior - revelando pela primeira vez a complexidade que se encontra no seu núcleo. 

Assim, apresentando a medição do Itokawa que demonstra uma estrutura interior com densidade extremamente variada, a equipe de astrônomos marca a história das observações de corpos celestes. Até agora, as propriedades do interior dos asteroides apenas podiam ser estimadas com medições globais aproximadas da densidade. 

O resultado do estudo da equipe do Dr. Lowry levou a muitos outros questionamentos sobre à formação de Itokawa. Uma das possibilidades é que o asteroide se tenha formado a partir de dois componentes de um asteroide duplo depois de ter havido colisão e fusão desses dois objetos.

Fonte: ESO

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