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sábado, 1 de fevereiro de 2014

10 objetos extremos descobertos no universo

Descobertas cósmicas são importantes porque expandem nossa compreensão da natureza e do universo, nos permitindo testar nossas teorias físicas e matemáticas. Confira 10 objetos que atingem os extremos que precisamos para avaliar os limites dos nossos cálculos:


10. Kepler 37-b, planeta “minúsculo”

No início deste ano, o Observatório Kepler descobriu um sistema estelar com três planetas, incluindo o menor exoplaneta encontrado até o momento. O telescópio Kepler está convenientemente localizado no espaço, permitindo uma vista panorâmica das estrelas, sem aquela coisa chamada atmosfera atrapalhando no meio do caminho. Apelidado de Kepler 37-b, o planeta bebê é menor do que Mercúrio e apenas cerca de 200 quilômetros de diâmetro maior do que a nossa lua. Infelizmente, ele também cai desconfortavelmente perto do limite que fez Plutão ser rebaixado da condição de planeta. Uma das poucas maneiras que os astrônomos têm para localizar candidatos a exoplanetas é observar uma estrela e esperar que sua luz escureça levemente, quando um planeta transita na sua frente. Essa técnica, no entanto, é muito mais fácil para detectar corpos maiores. A maioria dos exoplanetas que encontramos são muito maiores do que a Terra, geralmente do tamanho de Júpiter. O efeito de escurecimento produzido por Kepler 37-b é quase imperceptível, o que torna a descoberta ainda mais surpreendente.


9. Bolhas de Fermi, estruturas gigantescas da nossa galáxia

A Via Láctea parece absolutamente imensa quando vista plana, como estamos acostumados em ilustrações. Quando vista da sua borda em diante, no entanto, parece incrivelmente fina. Ou pelo menos parecia, até que imagens de raios-X e raios gama nos mostraram o que existe em suas bordas: bolhas de Fermi se sobressaem perpendicularmente ao disco da nossa galáxia e abrangem uma extensão de 50.000 anos-luz, ou cerca de metade do diâmetro da Via Láctea. Nem mesmo a NASA sabe ao certo de onde as bolhas vieram, mas poderiam ser emissões restantes de um buraco negro supermassivo em nosso núcleo galáctico, já que radiação gama é produzida apenas por eventos incrivelmente energéticos.


8. Theia, também conhecido como “pedaço da lua”

Ao longo de quatro bilhões de anos, o sistema solar primitivo era um lugar horrível e extremamente perigoso, cheio de planetoides em pontos diferentes de desenvolvimento. A nossa vizinhança cósmica estava cheia de pedaços de rocha e gelo, de modo que colisões eram frequentes. A maior dessas colisões é responsável por uma das teorias mais populares sobre como a nossa lua surgiu. A hipótese diz que a Terra primordial colidiu com um objeto do tamanho de Marte, chamado Theia. Os dois corpos se encontraram em um ângulo muito específico, e os detritos se uniram com material do nosso planeta e passaram a orbitar a Terra, formando o que é agora a lua. Se o impacto tivesse sido um pouco mais direto, seja para mais perto dos polos ou do equador, os resultados teriam sido drasticamente diferentes, e a Terra poderia ter sido destruída completamente.


7. Grande Muralha Sloan, gigantesco aglomerado de galáxias

A Grande Muralha Sloan é assustadoramente grande e parece absolutamente irreal em comparação aos tamanhos que os seres humanos estão acostumados a lidar. Ela é uma das maiores estruturas do universo, composta de uma série de galáxias que se estendem por 1,4 bilhões de anos-luz. Contém centenas de milhões de galáxias distintas, a maioria das quais faz parte de superaglomerações dentro da estrutura global. Os aglomerados são observáveis na radiação cósmica de fundo e podem ter sido resultado direto do Big Bang. Alguns argumentam que a Grande Muralha Sloan não deve ser considerada uma única estrutura, devido ao fato de que nem todas as galáxias são gravitacionalmente ligadas umas às outras.


6. IGR, menor buraco negro conhecido

Nada no universo inspira tanto medo quanto o poderoso buraco negro, com tração suficiente para engolir a própria luz, que se move a cerca de 300 mil quilômetros por segundo. Já ouvimos falar de buracos negros impressionantemente grandes, com milhares de milhões de vezes a massa do nosso sol, mas, agora, pela primeira vez, encontramos um que é (quase) insignificante. O recorde anterior para menor buraco negro conhecido ainda era cerca de 14 vezes mais massivo que o sol, o que é muito grande para nossos padrões. O novo pequeno, IGR, tem apenas cerca de três vezes a massa do nosso sol, o mínimo de massa necessária para fazer com que uma estrela “caia” sobre si mesmo quando morre. Se fosse menor que isso, teria morrido como o nosso sol vai morrer, lentamente inchando antes de explodir suas camadas exteriores e expelir a maioria do seu material para o espaço.


5. Segue 2, galáxia minúscula

Galáxias são imensas: incontáveis estrelas formando uma imagem tão esmagadoramente grande e luminosa que podemos ver muitas delas a olho nu através de grandes distâncias. Por isso, é fácil esquecer que também existem galáxias no extremo oposto do espectro de tamanho. Segue 2 é um desses exemplos: contém apenas cerca de 1.000 estrelas. Por outro lado, a nossa galáxia possui um número na casa das centenas de bilhões de estrelas. A produção combinada de toda a galáxia é apenas cerca de 900 vezes maior que a do nosso sol, muito abaixo do esperado, considerando que a nossa própria estrela não é especialmente grande ou impressionante em uma escala cósmica. Conforme as capacidades de nossos telescópios melhoram, devemos encontrar mais galáxias como Segue 2, o que é ótimo para a matemática, porque galáxias deste tamanho foram previstas, mas nunca observadas até recentemente.


4. Bacia Borealis, maior cratera do sistema solar 

Desde que começamos a estudar Marte em detalhes, houve discordância sobre o que deixou seus hemisférios tão diferentes um do outro. Uma teoria afirma que a desproporção é devida a um imenso impacto catastrófico que mudou a face do planeta. A Bacia Borealis oferece pistas sobre esse passado tumultuado de Marte, já que é a maior cratera (até agora) encontrada no sistema solar. Ela cobre uma grande parte do planeta: pelo menos 40% dele, abrangendo uma área de 8.500 quilômetros de diâmetro. A segunda maior cratera também está em Marte, mas é quatro vezes menor. Para ter produzido uma cratera deste naipe, o impacto deve ter sido absolutamente de outro mundo, com o projétil calculado como maior do que Plutão.


3. 2000 BD19, asteroide superpróximo ao sol 

Enquanto Mercúrio pode ser o objeto grande mais próximo do sol, há uma abundância de coisas menores que chegam mais perto. Periélio é o ponto em órbita mais próximo da nossa estrela-mãe, e o asteroide 2000 BD19 tem a menor órbita, ficando incrivelmente íntimo com essa gigante bola quente que nos mantém vivos. Como o periélio tem apenas 0,092 unidades astronômicas (1 UA, ou unidade astronômica, é o quão longe a Terra está do Sol), em média, o asteroide fica quente. Tão quente que as temperaturas poderiam derreter o zinco e outros metais. Estudar este asteroide é importante porque nos ajuda a entender como diferentes fatores podem mudar a orientação orbital de um corpo (um desses fatores é famosa teoria da relatividade geral de Einstein).


2. ULAS, o quasar mais antigo 

Alguns buracos negros são extremamente enormes, e isso é de se esperar, porque eles ingerem qualquer coisa que fica em seu caminho. Com duas bilhões de massas solares, ULAS J1120 0641 foi uma grande surpresa para os astrônomos, não necessariamente devido à sua magnitude, mas devido à sua idade. ULAS é o quasar mais antigo (basicamente um buraco negro que vomita no espaço) já encontrado. Ele surgiu menos de 800 milhões de anos após o Big Bang. Isso é absolutamente antigo, e significa que a luz deste quasar fez uma viagem intergaláctica de 12,9 bilhões de anos antes de chegar aqui na Terra. Ninguém sabe porque o buraco negro é tão grande, já que não havia muita coisa para ele comer tanto tempo atrás.


1. Lagos de Titã, litros e litros de líquidos na lua de Saturno 

A sonda Cassini conseguiu, pela primeira vez, fazer excelentes imagens dos lagos no polo norte de Titã, lua de Saturno. Desde 2004, quando começou a orbitar o objeto, não tinha tido uma visão clara para tanto. Água não pode existir nesta paisagem alienígena, mas as temperaturas lá são perfeitas para metano e etano líquidos emergirem do interior da lua. Os principais lagos possuem centenas de quilômetros de largura, com o maior, Kraken Mare, sendo do tamanho do “Mar Cáspio e do Lago Superior [maior lago de água doce do mundo em extensão, entre o Canadá e os Estados Unidos] combinados”. A existência de um ambiente líquido foi essencial para a formação da vida na Terra, mas em Titã isso significa outra coisa, já que mares cheios de hidrocarbonetos são completamente diferentes – materiais não podem se dissolver nesta substância tão bem como podem na água. 

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