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sábado, 29 de dezembro de 2012

Aquecimento global 250 milhões de anos atrás causou “inferno na terra”




O maior estudo já feito da extinção em massa que ocorreu na Terra no período Permiano-Triássico concluiu que o evento foi provavelmente causado por emissões catastróficas de gases do “efeito estufa”.
Ou seja, naquela época, enormes quantidades de dióxido de carbono e/ou de metano, a partir da maior erupção vulcânica da história, criaram altas temperaturas, provocando incêndios que destruíram florestas e tornaram terras férteis em desertos.
Enquanto isso, os ambientes marinhos rasos foram drenados de oxigênio.
O cataclismo matou 95% da vida marinha e 70% de toda a vida na terra. Na época do desastre, a vida estava apenas começando a ganhar impulso no planeta. Vertebrados de quatro membros estavam começando a se diversificar em grupos que incluíam anfíbios, répteis e ancestrais primitivos dos mamíferos.
A nova pesquisa se baseou em uma variedade de técnicas de datação e análise de rochas sedimentares na China e no Tibet. O estudo aponta o evento de extinção para 252,28 milhões de anos atrás.
Os cientistas acreditam que ele foi provocado por uma erupção massiva das Armadilhas da Sibéria, um sistema de vulcões no que hoje é a Rússia.
Todo o evento durou menos de 200.000 anos, com a maioria das espécies se extinguindo em um período de 20.000 anos.
Os pesquisadores disseram que o momento e o ritmo da extinção em massa indicam que ambos os ecossistemas terrestres e marinhos se colapsaram “de repente”. O rápido aquecimento global teria causado “aridez continental” e “incêndios florestais generalizados”.
Os cientistas adicionam que não estão discutindo a mudança climática moderna, mas que obviamente o aquecimento global é uma preocupação da biodiversidade hoje. “O registro geológico nos diz que ‘mudanças’ acontecem no clima o tempo todo, e deste evento de grande extinção, a vida conseguiu se recuperar”, afirmam.

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