Uma equipe de cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, está chegando à conclusão que os crocodilos poderão passar por maus bocados se as mudanças climáticas continuarem intensas. Para a pesquisa, eles reuniram 10 crocodilos e os avaliaram durante 15 dias no verão e 15 no inverno. Então, relacionaram o número de mergulhos em cada tipo de clima e cronometraram o tempo em que eles ficam submersos a cada vez.
No inverno, quando a temperatura da água também fica menor, os mergulhos duram, em média, dois minutos a mais do que no verão. Além disso, durante o inverno eles fazem cerca de 12 “mergulhos prolongados”, que duram mais de 50 minutos, durante a estação, enquanto no verão essa média é de apenas um mergulho em toda a temporada.
O que preocupa os cientistas é o aquecimento global. Os crocodilos necessitam ter um número regular de mergulhos, porque é debaixo d’água que eles conseguem alimento, descansam e evitam predadores (sim, eles têm predadores. Se duvida, vá ao pantanal observar a quantidade de caçadores de pele de jacaré que habitam o local. Mas os crocodilos também têm os deles, tais como hipopótamos), ou seja, eles necessitam dos mergulhos sazonais.
O problema é que o metabolismo desses répteis aumenta junto com a temperatura. Quanto mais quente a água estiver, mais rapidamente ele queima oxigênio, tendo que voltar à tona cada vez mais cedo do que o normal. Se o aquecimento seguir se agravando, chegará um ponto em que eles mal poderão mergulhar, e aí enfrentarão sérios problemas.
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