Em busca de mais uma alternativa para conter o aquecimento global, pesquisadores do Instituto Carnegie (um centro de pesquisa dos EUA com sedes espalhadas pelo mundo) chegaram a uma possível resposta: injetar sulfato na estratosfera.
Para concluir que isso pode dar certo, os pesquisadores usaram um modelo climático global (algo como uma “maquete do mundo”), em que testaram diferentes concentrações de aerossóis de sulfato em cada uma das camadas da atmosfera. Lembra das aulas de geografia? A sequência, de baixo para cima, é: troposfera – onde todos nós vivemos -, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. Simulações baseadas no clima, na quantidade de ar e na pressão atmosférica mostraram que o sulfato em forma de aerossóis pode se afixar muito bem na estratosfera, e desempenhar um papel fundamental.
O sulfato pode esfriar a Terra. O problema, ainda por resolver: mesmo que seja injetado de maneira uniforme por todo o planeta, o sulfato iria resfriar em excesso a Zona Equatorial, o que implica em consequências mais profundas do que o surgimento de esquiadores na Bahia. Por outro lado, os pólos iriam aumentar ainda mais a temperatura, agravando um problema que já existe a olhos vistos.
O segredo, segundo os pesquisadores, está na forma como esse sulfato deve ser lançado na estratosfera. Segundo a simulação, o modo mais prático é também o menos eficaz.
No caso, distribuir o sulfato em linhas latitudinais (para o que bastaria que um avião cobrisse a Terra no sentido norte-sul e fosse despejando o aerosol) teria uma eficácia 94% menor e os efeitos colaterais 50% menores do que se o sulfato for lançado uniformemente e simultaneamente sobre todo o globo. Como fazer essa segunda opção? Ainda não se sabe. Em um modelo computadorizado, tudo parece muito simples, mas muito tempo, concentração e suor ainda serão gastos até que se encontre uma solução como essa na vida real.
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