Agora sim os astrônomos podem respirar aliviados: pela primeira vez, foram descobertas moléculas de oxigênio no espaço, depois de uma busca de quase 230 anos.
As moléculas foram detectadas pelo Telescópio Herschel, em uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA). Elas foram encontradas em uma região de formação estelar na nebulosa de Órion, cerca de 1.500 anos-luz da Terra.
Átomos individuais de oxigênio (chamados de oxigênio atômico) são comuns no espaço, particularmente em torno de estrelas. Mas o oxigênio molecular, que é formado por dois átomos de oxigênio ligados, e que constitui cerca de 20% do ar que respiramos na Terra, nunca tinha sido detectado.
O gás oxigênio foi descoberto na década de 1770, mas só agora – mais de dois séculos depois – os astrônomos puderam afirmar que essa molécula simples existe no espaço. As moléculas não foram encontradas em grandes quantidades, e ainda não se sabe o que há de tão especial nos pontos em que é possível encontrá-las.
Astrônomos sugerem que as moléculas estavam presas dentro de minúsculos grãos de gelo, que se aqueceram após a formação das estrelas, liberando água que foi convertida em oxigênio.
Os pesquisadores planejam continuar a busca por moléculas de oxigênio em outras regiões de formação estelar. O oxigênio é o terceiro elemento mais comum no universo, e astrônomos acreditam que a forma molecular também deve ser abundante no espaço.
“O Herschel está provando ser uma ferramenta poderosa para investigar este mistério sem solução. O observatório oferece aos astrônomos um poderoso meio de olhar para todo um novo conjunto de comprimentos de onda que revelam onde o oxigênio pode estar escondido”, afirma Bill Danchi, cientista da NASA.
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