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sábado, 29 de dezembro de 2012

Onda de frio no oceano interrompeu o aquecimento global em 1970




Entre 1968 e 1972, registros mundiais mostram que a temperatura da superfície do mar no Hemisfério Norte recuou 0,3 graus Celsius rapidamente. Isto ocorreu principalmente no Atlântico Norte.
Os cientistas costumavam pensar que esse episódio tinha sido apenas um efeito colateral do lento acúmulo de poluição atmosférica proveniente de carros e usinas de energia, que bloqueou a luz solar.
Agora, pesquisadores descobriram que o aquecimento global foi interrompido em 1970, quando uma onda de frio no norte dos oceanos fez com que as temperaturas mundiais diminuíssem temporariamente.
Cientistas americanos e britânicos examinaram os registros de temperatura de 1968 a 1972 e disseram que a queda brusca de temperatura em 1970 ocorreu ao mesmo tempo que um súbito afluxo de água gelada do Ártico.
Este fluxo de água fresca no Atlântico Norte é conhecido como “grande anomalia de salinidade”, e os cientistas acreditam que o frio nestes oceanos levou a uma diminuição das temperaturas mundiais, resultando em uma pausa momentânea do aquecimento global.
Os pesquisadores constataram a queda de temperatura após eliminar outros fatores que poderiam ter bloqueado a luz solar, tais como cinzas vulcânicas e correntes dos oceanos.
Os resultados da pesquisa são nitidamente contrários a todas as previsões anteriores sobre a diminuição da temperatura nesse período, porque o novo estudo nota que este “impulso” de temperaturas mais baixas pareceu ocorrer devido a variações naturais, ao invés de atividade humana.
Segundo os pesquisadores, a “grande anomalia de salinidade” não tem qualquer relação com o aquecimento global ou o efeito estufa causado pelos seres humanos.
Em contraste, o painel de cientistas do clima da ONU mencionou que a temperatura média mundial aumentou em 0,7 graus Celsius desde a Revolução Industrial. O gelo do mar é feito de água fresca, e por causa dos combustíveis fósseis que emitem dióxido de carbono e, supostamente, das temperaturas mais altas no mundo desde a Revolução Industrial, o gelo marítimo no Ártico pode ter derretido e desaguado no Atlântico Norte devido à atividade humana.
Os pesquisadores que afirmaram que as causas dessa baixa de temperatura foram naturais foram acusados de exagerar evidências que apóiam o aquecimento global. Após uma revisão do estudo, as denúncias foram apuradas e a pesquisa foi liberada. Os cientistas disseram que, na verdade, esse estudo destaca as causas do resfriamento global, e não do aquecimento

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