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domingo, 22 de março de 2015

Finalmente Uma Boa Notícia – Câmara Aprova Brasil no ESO



Depois de algumas idas e vindas que causaram comoção na comunidade astronômica, o acordo de adesão do Brasil ao ESO (Observatório Europeu do Sul) foi aprovado nesta quinta-feira (19) pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

Aleluia, irmãos! A proposta de adesão havia sido assinada pelo governo brasileiro e pelo consórcio internacional em 2010 (fim do governo Lula), mas passou alguns anos no limbo (sem quem o apadrinhasse no Ministério da Ciência e Tecnologia), até iniciar sua tramitação no Congresso, em 2013.

A questão ainda não está resolvida, contudo. Depois de terminar sua tramitação na Câmara, o Projeto de Decreto Legislativo que libera a entrada do Brasil no ESO precisa passar pelo crivo do Senado.

De toda forma, é uma grande notícia, sobretudo num momento de descrença geral com nossa classe política. Todos do meio da astronomia e nós do blog CiencTec agradecemos de forma coletiva à Câmara dos Deputados por fazer o seu trabalho e finalmente dar andamento ao processo.

Curiosamente, para aprová-lo, a Câmara precisou passar por cima do PT, que solicitou a retirada da pauta do Plenário, mas foi derrotado por 198 votos a 155. Em seguida, o PDL foi à votação e acabou aprovado. Se ainda restava alguma dúvida da má-vontade do governo para com a iniciativa, não há mais.

Caso o Senado também faça a sua parte, o Brasil deve se tornar o décimo-quinto país-membro e primeiro não-europeu a aderir à organização internacional.

Desde a assinatura do acordo de adesão, em 2010, os astrônomos brasileiros já têm tido acesso pleno às instalações do ESO, que contam com telescópios de ponta. E tudo ficará ainda melhor na próxima década, quando a organização terminar a construção do E-ELT, destinado a ser o maior telescópio de solo do mundo.

Por sua participação, o Brasil se compromete a pagar 270 milhões de euros (na moeda corrente, quase R$ 1 bilhão), mas até o ano de 2021. Mas que ninguém se preocupe com a atual situação da economia nacional: nos dois primeiros anos, a contribuição a ser paga é de cerca de 10 milhões de euros (R$ 35 milhões).


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