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sábado, 20 de setembro de 2014

A Terra pode ser engolida por um buraco negro?


Até pode, mas a probabilidade é ínfima, menor do que ganhar 100 vezes seguidas na Mega-sena. É muito mais fácil, por exemplo, o planeta ser destruído antes por um asteróide gigantesco ou ficar chamuscado na explosão do Sol, daqui a 4,5 bilhões de anos. "O fato é que não existem muitos buracos negros por aí. Ainda que houvesse 100 milhões deles vagando por nossa galáxia, eles estariam distribuídos em mais de 900 quatrilhões de quilômetros", diz o astrofísico Félix Mirabel, do Instituto de Astronomia e Física do Espaço, na Argentina. Como esses corpos não emitem nem refletem luz, é quase impossível detectá-los.
E, mesmo se um astronauta pudesse ligar um holofote perto de um buraco negro, a luz seria engolida antes que pudesse iluminar qualquer coisa. Por isso, esses objetos escuros são um dos maiores mistérios da ciência. Só sabemos que eles existem porque quando um buraco negro captura algum astro no espaço, a matéria arrebenta e solta uma infinidade de raios X, denunciando a presença do objeto. Foi assim que os astrônomos acharam o primeiro buraco negro, em 1971. Ao observarem a estrela Cygnus X-1, eles perceberam que parte da matéria do astro era sugada por um vizinho invisível, liberando uma incrível quantidade de raios X. Tamanha força atrativa é possível porque os buracos negros são o que há de mais denso no Universo. Eles podem ter massa bilhões de vezes maior que a do Sol, só que tudo comprimido em um ponto com volume zero, sem tamanho, algo que os cientistas chamam de singularidade.
Para alguns pesquisadores, cada singularidade pode ser a semente de um novo universo - o nosso próprio teria nascido da explosão de um desses pontos minúsculos. Mas, por enquanto, a idéia é só especulação.

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