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sábado, 5 de janeiro de 2013

100 bilhões de planetas alienígenas em nossa galáxia?




Segundo uma nova pesquisa do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos EUA, nossa galáxia, a Via Láctea, abriga pelo menos 100 bilhões de exoplanetas (planetas fora do nosso sistema solar), ou muito mais.
O principal autor da pesquisa, Jonathan Swift, e seus colegas estudaram um sistema de cinco planetas chamado Kepler-32, que fica a cerca de 915 anos-luz da Terra. Os cinco mundos foram detectados pelo telescópio Kepler, da NASA.
Eles orbitam uma anã M (estrela anã vermelha do tipo M), um tipo de estrela que é menor e mais fria do que o nosso sol. Anãs M são as estrelas mais comuns na Via Láctea, representando cerca de 75% das 100 bilhões ou mais de estrelas na nossa galáxia.
Os cinco planetas de Kepler-32 são semelhantes em tamanho a Terra e orbitam muito perto de sua estrela-mãe, tornando-os típicos planetas detectados em torno de estrelas anãs M pelo Kepler.
Sendo assim, dizem os pesquisadores, o sistema Kepler-32 deve ser representativo de muitos planetas da galáxia.
“Este é o mais próximo a uma pedra de Roseta que eu já vi”, disse o coautor John Johnson, também da Caltech. “É como desbloquear uma linguagem que nós estamos tentando entender – a linguagem da formação dos planetas”.

O cálculo

Kepler pode detectar sistemas planetários somente se eles são orientados de lado ao telescópio, caso contrário, o instrumento não observar qualquer trânsito planetário.
Assim, os pesquisadores calcularam as chances de que um sistema de estrela anã M na Via Láctea teria essa orientação, e combinaram com o número de tais sistemas que Kepler é capaz de detectar para chegar a sua estimativa de 100 bilhões de exoplanetas.
A equipe considerou apenas planetas que orbitam perto de anãs M, e não incluiu planetas exteriores a Via Láctea. Portanto, nossa galáxia pode realmente abrigar muitos mais planetas do que a estimativa conservadora indica – talvez 200 bilhões, ou cerca de dois por estrela.

Sistema Kepler-32

Os planetas de Kepler-32 têm diâmetros de 0,8 a 2,7 vezes o da Terra, e todos orbitam dentro de 16 milhões de quilômetros de sua estrela. Para efeito de comparação, a Terra orbita o sol a uma distância média de 150 milhões de quilômetros.
Como a estrela Kepler-32 é menor e menos luminosa do que o nosso sol, os cinco planetas provavelmente não são tão quentes quanto suas órbitas próximas podem sugerir. Na verdade, o planeta mais externo do sistema parece estar na sua zona habitável, ou seja, a distância certa que poderia apoiar a existência de água líquida no planeta.
A nova análise também sugere que os planetas Kepler-32 se formaram originalmente mais longe da estrela, e depois migraram para mais perto. Várias peças de evidência apontam em direção a esta conclusão. Por exemplo, a equipe estimou que os cinco mundos se uniram a partir de material contendo massa tanto quanto três Júpiteres. Mas os modelos sugerem que tanto gás e poeira não podem ser espremidos na pequena área circunscrita pelas órbitas dos planetas atuais.
“Você olha em detalhe para a arquitetura do sistema planetário, e é forçado a dizer que estes planetas se formaram mais longe e depois se mudaram”, disse Johnson.

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