Observações confirmam que objeto supermassivo é buraco negro. Gases estavam o mais próximo que poderiam chegar de objeto sem cair nele.
Cientistas registraram nuvens de gás rodeando o gigantesco buraco negro no centro da Via Láctea não muito longe de sua borda. Observadas em três ocasiões distintas, as nuvens de gás se movem a 30% da velocidade da luz, relataram os pesquisadores em 31 de outubro na Astronomy & Astrophysics.
O gás parecia estar perto de uma fronteira conhecida como a órbita circular estável mais interna – o mais próximo que a matéria pode circundar o buraco negro sem cair nele. Os aglomerados, que os pesquisadores observaram quando o gás emitiu luz infravermelha, orbitaram a apenas algumas vezes o raio do horizonte de eventos – o limite de além do qual nada, nem mesmo a luz, pode retornar do buraco negro. Isso equivale a cerca de um quarto da distância da Terra ao sol.
Anteriormente, os cientistas haviam rastreado o movimento de uma estrela orbitando próximo ao buraco negro, mas ela estava centenas de vezes mais distante que o gás .Os pesquisadores observaram as nuvens usando o Very Large Telescope, no Deserto de Atacama, no Chile.
“O que é animador agora é que podemos nos aproximar do buraco negro”, diz o co-autor do estudo Jason Dexter, astrofísico do Instituto Max Planck para Física Extraterrestre em Garching, Alemanha.
Esses encontros próximos reforçam a crença dos cientistas de que a Via Láctea tem um buraco negro bona fide à espreita em seu centro. Avi Loeb, astrofísico da Universidade de Harvard, ajudou a prever a existência de tais emissões há 13 anos. Agora, os resultados correspondem às expectativas. Tais medidas também poderiam ajudar físicos a testar a teoria da gravidade de Einstein, a relatividade geral, diz Loeb.
Nenhum comentário:
Postar um comentário