Representante da agência mencionou grande interesse de mercado privado. Voo de prova de conceito do SSMS ocorrerá ano que vem.
A Agência Espacial Européia (ESA) espera realizar o voo de qualificação do “avião espacial” Space Rider em 2021, seguido por várias missões de demonstração antes de entregar o programa à indústria, de acordo com Lucia Linares, chefe de estratégia e política de transporte espacial da ESA.
Falando no PhiWeek, uma conferência enfocando o futuro da observação da Terra de 12 a 16 de novembro no Centro de Observação da Terra, em Frascati, Itália, Linares disse que o setor privado mostrou muito interesse o avião espacial durante um recente worshop do Space Rider.
“Tivemos grande interesse de empresas comerciais”, disse Linares. “Sendo para aplicações farmacêuticas, mas também para questões de saúde, por exemplo, para testar como o sangue circula na microgravidade.”
O Space Rider, uma continuação do Veículo Experimental Intermédiário (IXV) da ESA, que voou ao espaço em 2015, poderá transportar até 800 kg de carga útil para missões orbitais com duração de até dois meses. A plataforma permitiria que a carga fosse exposta à microgravidade e ao ambiente espacial por um período mais longo antes de ser devolvida à Terra. Poderá ser usado para uma ampla gama de cargas, aplicações e altitudes e inclinações orbitais na órbita baixa.
“Planejamos ter várias missões de demonstração para demonstrar uma gama de capacidades – em demonstração e validação em órbita, aplicações de defesa e segurança e, claro, oportunidades comerciais”, disse Linares.
Mercado Ela também disse que a ESA e sua parceira Arianespace estão se preparando para um vôo de prova de conceito do Serviço de Missões de Pequenas Espaçonaves (SSMS), que deve acontecer no início de 2019. A missão testará um novo dispensador smallsat a bordo do foguete Vega, o menor lançador da Arianespace.
Linares disse que depois de emitir um anúncio de oportunidades para a demonstração em 2017, a agência recebeu uma resposta impressionante principalmente da indústria comercial.
“Recebemos várias propostas: 71 respostas, 166 espaçonaves, das quais apenas 30 são institucionais”, disse. “Selecionamos o agregado que voará no primeiro vôo de prova de conceito, formado por sete nano e micro satélites, sendo mais da metade deles comerciais e até 44 cubesats em até 12 deployers.” Ela acrescentou que a ESA priorizou missões focadas na observação da Terra para voar no voo de demonstração.
A agência, disse ela, também está procurando apoiar o desenvolvimento de micro-lançadores comerciais, em consonância com a visão do diretor geral da ESA, Jan Woerner, que vê o papel da ESA no que ele chama de espaço 4.0 mais como uma facilitadora de empreendimentos privados do que a principal financiadora ou implementadora líder de projetos.
“Queremos avançar com este paradigma para seguir o pedido dos agentes comerciais na Europa e quando eles têm uma ideia de financiamento privado, em que acreditam, então a ESA deve estar lá para apoiá-los para criar competitividade na Europa”, disse Linares.
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