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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Sonda Solar Parker quebra recorde de proximidade do Sol





Recordes anteriores de velocidade heliocêntrica e proximidade ao Sol eram da década de 1970. Primeiro perihélio será em 5 de novembro.

Agora, a Sonda Solar Parker detém o recorde de maior aproximação do Sol por um objeto feito por seres humanos. A espaçonave ultrapassou o recorde anterior – 42,73 milhões de quilômetros da superfície solar, da sonda Helios 2, de abril de 1976 – por volta de 14h04 (de Brasília) do último dia 29, conforme calculado pela equipe da Parker.

Com a continuidade da missão, a sonda deve quebrar seus próprios recordes, com uma aproximação final de 6,16 mi km em 2024.

“Foram-se apenas 78 dias desde que lançamos a Sonda Solar Parker e agora chegamos mais perto de nossa estrela do que qualquer outra espaçonave na história”, disse o gerente de projeto Andy Driesman, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Laurel, Maryland. “É um momento orgulhoso para a equipe, embora permaneçamos focados em nosso primeiro encontro solar, que se inicia em 31 de outubro.”

Conforme esperado, às 23h54 de 29 de outubro, a Parker também quebraria o recorde de espaçonave mais rápida em relação ao Sol. O recorde anterior de velocidade heliocêntrica era de 246.960 km/h, também da Helios 2 em abril de 1976.

Periodicamente, a equipe mede com precisão a velocidade e a posição da sonda por meio da Rede de Espaço Profundo, uma rede de antenas da NASA usada para comunicação com sondas interplanetárias. A rede envia um sinal para a nave, que o retransmite de volta, permitindo que a equipe saiba suas posição e velocidade com base no tempo de viagem e características do sinal. Foram usadas medições feitas em 24 de outubro e a equipe associou a elas forças orbitais conhecidas para calcular a posição e a velocidade da sonda a partir daquele ponto.

A sonda deve atingir seu primeiro perihélio – ponto mais próximo do Sol – por volta de 23h28 de 5 de novembro. A Parker enfrentará condições de calor e radiação brutais para dar à humanidade observações sem precedentes de uma estrela e nos ajudar a compreender fenômenos que intrigam cientistas há décadas. Estas observações serão uma chave para entender o Sol, cujas condições podem propagar-se pelo Sistema Solar, afetando a Terra e outros mundos.

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