Último transporte de contrato deve ocorrer em abril de 2019. Decisão pode influenciar programa de naves comerciais da NASA.
O governo russo não deve renovar o contrato para o transporte de astronautas da NASA à Estação Espacial Internacional (ISS) a partir de 2019. Segundo a Intefax, o vicê-premiê russo Iuti Borisov declarou que “o pouso de uma nave Soyuz MS em abril [do ano que vem] completará o cumprimento de nossas obrigações sob o contrato com a NASA”.
Desde a anexação da Crimeia (antes, da Ucrânia), em 2014, o governo de Vladmir Putin vem passando por sanções de países ocidentais. A cooperação espacial com os Estados Unidos era um dos poucos pontos não afetados até agora.
Com a aposentadoria dos Ônibus Espaciais, em 2011, o transporte de tripulantes da ISS passou a ser feito pelas navez Soyuz (“União”, em russo, em referência à sua origem na União Soviética durante a Corrida Espacial). Agora, a Rússia está testando uma nova geração de naves, que deverá operar em modo automático a partir de 2024. Até lá, será utilizado o modelo atual.
Hoje, a SpaceX, empresa americana do bilionário Elon Musk, está desenvolvendo a Crew Dragon, uma nave de transporte de astronautas para a ISS. A empresa já possui um contrato com a NASA para o envio de cargas para a plataforma orbital por meio de naves Dragon. Ambas são lançadas pelos foguetes Falcon 9, da própria SpaceX.
A Boeing também está finalizando seu veículo de transporte de tripulações para a Estação, a Starliner. Em 3 de agosto, a NASA anunciou os tripulantes americanos das primeiras missões de ambas as naves. Dias depois, a SpaceX informou que seu primeiro voo tripulado à ISS será em abril de 2019.
A decisão russa, senão apenas para pressionar os EUA, aumenta a dependência da NASA destas naves comerciais – uma boa notícia para a Boeing e a SpaceX.
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