Escudo térmico chegou a 440 °C e sonda enviou melhor sinal de status possível. Espaçonave estabeleceu recordes de aproximação do Sol e velocidade em relação à estrela.
A Sonda Solar da Parker está viva e bem após a apenas 24 milhões de km da superfície solar, muito mais próximo do que qualquer espaçonave jamais foi – o recorde anterior fora estabelecido pela sonda Helios B em 1976 e quebrado pela Parker em 29 de outubro. A manobra expôs a espaçonave a calor e radiação solar intensos em um complexo ambiente de vento solar.
“A Sonda Solar Parker foi projetada para cuidar de si mesma e de sua preciosa carga útil durante essa grande aproximação, sem nenhum controle de nossa parte na Terra – e agora sabemos que houve êxito”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da NASA, no quartel-general da agência, na capital Washington. “A Parker é a culminação de seis décadas de progresso científico. Agora, realizamos a primeira visita próxima da humanidade à nossa estrela, que terá implicações não apenas aqui na Terra, mas para uma compreensão mais profunda do nosso universo.”
Os controladores da missão no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins receberam o sinal de status da espaçonave às 19h46 (Horário de Verão) de quarte-feira (7). O sinal indica o status “A” – o melhor dos quatro sinais possíveis, o que significa que a sonda está operando bem com todos os instrumentos em execução e coletando dados científicos e, se houve problemas menores, eles foram resolvidos de forma autônoma pela espaçonave.
Membros da missão da Sonda Solar Parker comemoram recebimento de sinal de status após primeiro perihélio da sonda (NASA / JHUAPL / Ed Whitman)
Em sua maior aproximação, no dia 5, chamada de perihélio, a Parker atingiu uma velocidade máxima de 343,1 mil km/h, estabelecendo um novo recorde para a velocidade de naves espaciais. Junto aos novos registros de maior aproximação do Sol, Parker repetidamente quebrará seus próprios recorde de velocidade à medida que sua órbita a aproximar da estrela e a espaçonave viajar mais e mais rápido no perihélio.
A essa distância, a luz solar intensa aquecia o Sistema de Proteção Térmica, o revestimento térmico da sonda, cerca de 440 °C. Esta temperatura vai subir até 1370 °C com os próximos perihélios, mas o tempo todo, os instrumentos e sistemas protegidos pelo escudo térmico geralmente são mantidos por volta dos 30 °C.
A primeira fase de encontro solar da Parker começou em 31 de outubro, com dados científicos devendo ser colhidos até o fim da fase, ontem (11). Os dados começarão a ser enviados à Terra daqui há algumas semanas.
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