Possível é. Provável, não tanto.
É bem mais provável que as presentes teorias sejam refinadas, talvez ao ponto da unificação.
Não gosto nada do termo 'teoria' porque a História da Ciência mostra que novos dados e novas observações servem frequentemente para refinar as existentes sem as invalidar. Além disso dá azo a que leigos pensem que as 'teorias' não estão bem comprovadas quando na realidade estão mais que estudadas, experimentadas, aplicadas e comprovadas — para o campo de aplicabilidade disponível à data.
A meu ver um melhor termo seria 'modelo'.
A Mecânica Clássica (iniciada com Sir Isaac Newton) era um modelo que descrevia com rigor a Estática, a Cinemática, a Dinâmica e a Óptica e que foi paulatinamente complementada pela Termodinâmica, tudo com aplicações bem práticas à época.
As coisas começaram a mudar com o Eletromagnetismo, com as experiências de Michael Faraday e as equações de James Clerk Maxwell. Estas já eram relativistas mas na época isso não foi tão notado assim.
Neste ponto os Físicos chegaram a acreditar que já tudo tinha sido descrito e computado.
Foi a experiência de Michelson-Morley, que provou a invariância da velocidade da luz, e que colocou em causa a extensão da aplicabilidade de muito dos modelos em vigor.
Mas foi com Albert Einstein e o seu Modelo de Relatividade Geral que a Física Relativista começou a explicar o Universo macro que habitamos, refinando e actualizando o anterior Modelo da Mecânica Clássica para melhor descrever o que acontece em velocidades que se aproximam da da luz.
Paralelamente surge a Mecànica Quântica que tenta estudar o comportamento da matéria e da energia em escala atômica e subatômica, pelas mãos de Werner Heisenberg, Max Planck, Niels Bohr, Erwin Schrödinger, Paul Dirac, Wolfgang Pauli e muitos outros. Desta nasceram a Física do Estado Sólido, as Físicas Atômica, Nuclear e das Partículas, a Química Quântica e vários outros campos de estudo.
É aqui que é mais provável que possam vir a ser descobertas novas Leis da Física.
Hoje temos estes dois Modelos do Cosmos (Mecânica Quântica e Relatividade Geral) divergentes e estamos em frenética procura dum novo modelo mais amplo, abrangente e unificador.
Se e quando os conseguirmos unificar e abranger tudo o que conhecemos, teremos um Modelo do Todo sobre o qual basear uma nova e revolucionária Física — e certamente muitas novas tecnologias para o nosso progresso e conforto.
Até que novos dados e observações coloquem em causa detalhes desse modelo e … lá vamos nós outra vez!…
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