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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Classificação das Estrelas Variáveis

Estrelas Variáveis

Pulsantes
Nessas estrelas a variabilidade decorre da expansão e contração de suas camadas superficiais. As pulsações podem ser radiais ou não radiais. As pulsações modulam a luminosidade da estrela, causando variações periódicas ou semi-periódicas em escalas de tempo que podem variar de alguns minutos ou horas até algumas dezenas de anos ou séculos.

Eruptivas 
A luminosidade dessas estrelas é causada por erupções e outros processos violentos que ocorrem em suas cromosferas e coronas. As mudanças na luminosidade são frequentemente acompanhadas pela ejeção de matéria na forma de vento estelar de intensidade variável e/ou por interação com a matéria do meio interestelar circundante. São tipos de estrelas eruptivas U Geminorum , estrelas de rápidas erupções, podendo aumentar sua luminosidade em 5 magnitudes durante uma noite e o tipo R Coronae Borealis que possui diminuição de luminosidades súbita e irregulares, são ricas em carbono e pobres em hidrogênio.

Eclipsantes
Nesta classe a causa da variabilidade é extrínseca à estrela, sendo decorrente de eclipses. Os eclipses ocorrem quando o plano orbital do sistema binário está aproximadamente alinhado com a linha de visada do observador, de forma que o observador pode ver quando uma das estrela transita em frente da outra, obstruindo total ou parcialmente a passagem de sua luz. Durante o eclipse, a intensidade da luz do par binário sofre uma variação, cuja magnitude depende da relação das luminosidades das duas estrelas. Nesta classe de estrelas variáveis, a variabilidade é periódica e o período dos eclipses é igual ao período orbital.

Cataclísmicas
Nesta classe estão agrupadas as estrelas Novas e assemelhadas. São sistemas estelares duplos (ou múltiplos) mas a variação ocorre pelo desequilíbrio gravitacional entre os seus componentes, uma estrela anã-branca e uma gigante da sequência principal. Há um fluxo de matéria que une as duas componentes e as explosões podem ocorrer ali ou na superfície da estrela mais massiva. As Supernovas estão agrupadas nesta classe por conveniência mas o seu processo explosivo é de outra natureza. Após a explosão, a sua estrutura é totalmente modificada, restando apenas um pulsar e uma nebulosa em expansão.

Rotacionais
São estrelas com brilho superficial não-uniforme (grandes manchas) ou de forma elipsoidal. A variação de brilho é apenas aparente pois ocorre pela rotação axial da estrela. Se formos rigorosos o Sol pertenceria a esta classe mas as suas manchas superficiais, mesmo no pico de actividade solar, representariam apenas 0,01% de perda de luminosidade aparente.

Raios-X
Existem sistemas binários que são fontes variáveis de raios-X, as quais não podem ser classificadas em nenhuma das classes precedentes. Uma das componentes do sistema é um objeto compacto e quente, como uma anã branca, uma estrela de nêutrons, ou, possivelmente, um buraco negro, e recebe uma injeção de matéria vinda da companheira ou de um disco de acresção. O fluxo de matéria é o que dá origiem à emissão de raios-X, a qual atinge a atmosfera da companheira que, sendo mais fria do o objeto compacto, re-irradia, na forma de radiação térmica de alta temperatura (efeito de reflexão). Este efeito é responsável pelas características complexas da variabilidade óptica observada neste tipo de sistema binário.

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