Existe a questão da possível existência de vida fora do nosso sistema solar em outro “planeta Terra”, e a medida que a tecnologia avança, mais exoplanetas são descobertos, e mais exoplanetas com características mais próximas da Terra são descobertas. Um exemplo é o Kepler-186f, um exoplaneta que tem água, e outro, é o Kepler-452b, que têm algumas características semelhantes às características da Terra, como um período orbital de aproximadamente 384,84 dias terrestres. Para ocorrer o surgimento da vida, é preciso um meio líquido (como a água) para ter o surgimento através de reações químicas, moléculas, que são de extrema importância para o isso através de reações químicas incluindo água, e além desses dois fatores, precisa-se de uma fonte de energia. Um grande objetivo da astronomia é encontrar vida em outros planetas, uma tarefa complicada.
“Para criar instrumentos que analisem planetas parecidos com a Terra, é preciso se antecipar no tempo e saber como será a química dessa atmosfera, semelhante ao nosso planeta, por isso precisamos de teoria e modelos”, explica Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia.
Os astrônomos utilizam vários modelos no estudo de exoplanetas, criando teorias. Modelos utilizando computadores, que são utilizados em estudos criando cenários com base em alguns dados para facilitar os estudos, além disso, teorias são elaboradas. Os astrônomos criam esses modelos com base nas informações obtidas nas observações. Se existirem plantas em exoplanetas que orbitam estrelas de cores azuis, elas absorveriam essa cor e provavelmente refletiriam cores alaranjadas ou amareladas e poderiam ser vermelhas, amarelas ou laranjas, enquanto as plantas que estivessem recebendo luz solar de estrelas fracas (em questão de irradiação) provavelmente teriam colorações escuras, isso porque elas absorveriam o “máximo” de luz que chegasse para elas realizarem a fotossíntese.
Pode existir vida até mesmo em exoplanetas que orbitam estrelas radioativas, porque se seres vivos ficassem em ambientes aquáticos, escapariam do perigo dessa radiação e receberiam a quantidade suficiente de luz. Os astrônomos estudam os gases com espectroscopia nos estudos astronômicos, porque dessa forma, os astrônomos podem analisar a luz, podendo saber sobre a composição química atmosférica.
Sabemos que a Zona Habitável é a zona ao redor de uma estrela onde temos temperaturas ideais para ter água em estado líquido, mas o tipo espectral da estrela, o tamanho da estrela, a temperatura da estrela e outros fatores determinam onde se localizará a Zona Habitável de uma estrela. Vale ressaltar que o planeta pode não ser habitável e estar na Zona Habitável. Os astrônomos se interessam pelo fato da existência de água em um exoplaneta, se tiver, terá a possibilidade de ter vida, que é óbvio.
Levar em consideração o tipo de uma estrela é importante pelo fato de estrelas de tipos espectrais diferentes terem temperaturas e tamanhos diferentes, e um fato interessante é que ao decorrer dos anos, as estrelas mudam de temperatura, e, consequentemente, suas Zonas Habitáveis também “mudam de lugar”.
Na metade do século XX, Drake postulou sua equação, a Equação de Drake, uma equação probabilística, e com isso, foram feitos cálculos. Porém, muitos astrônomos não acreditam que a Equação de Drake é o suficiente, e ele citou diversos fatores que influenciam nas diferentes formas de vidas inteligentes fora de nossa galáxia, abaixando bastante os resultados obtidos através da Equação de Drake. Um exemplo é o metal, o que toda civilização inteligente precisa, outro fator que deve ser levado em consideração, além de vários outros que não foram levados em consideração.
Os astrônomos não acreditam apenas que a posição de um exoplaneta no sistema solar seja o suficiente para um exoplaneta ter vida inteligente, como também a posição de um exoplaneta na galáxia, por causa disso que o termo “Zona Habitável Galáctica” passou a ser usado. Essa Zona Habitável é composta por 9 fatores, como, a distância de perigosas estrelas de nêutrons, buracos negros e rajadas de raios Gama. Uma rajada vinda de um magnetar poderia “varrer” a atmosfera terrestre se estivesse a centenas de anos-luz de distância da Terra, porém, como ele está a 20 mil anos-luz de distância da terra, não fomos extintos. Nessa grande liberação de energia, esse magnetar liberou em 0,2 segundos mais energia que o sol emitirá em 100.
Um dos problemas em estudar exoplanetas com mais detalhes é o fato de se estudar exoplanetas a anos-luz de distância de nós e o fato de emitirem pouca luz em relação às estrelas. Uma vantagem do método do trânsito é que pode-se descobrir o tamanho de um exoplaneta com mais facilidade, e precisa-se do período orbital e da temperatura para saber se o exoplaneta está na Zona Habitável de uma estrela. Com base em alguns cálculos, os astrônomos estimam que o menor dos exoplanetas teriam até 0,33 massas terrestres, enquanto exoplanetas habitáveis teriam que ter o máximo de 10 massas terrestres.
Um cenário catastrófico seria se um Júpiter quente estivesse no nosso sistema solar, porque se isso acontecesse, ele “arremessaria” a Terra para longe do sol e a vida na Terra seria extinta. O tamanho de um planeta influencia em sua evolução, e o local onde um planeta se localiza também influencia em sua evolução. Estudos sugerem que Vênus talvez teve água líquida para 2 bilhões de anos de sua vida, porém, com a proximidade do sol e o efeito estufa ele perdeu sua água (provavelmente).
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