Diagrama esquemático das duas técnicas usadas para medir a constante de gravitação universal. [Imagem: Qing Li et al. - 10.1038/s41586-018-0431-5 ]
Constante gravitacional
Uma equipe da China e da Rússia criou duas novas maneiras de medir a constante gravitacional - embora alguns experimentos abram a possibilidade de que a força da gravidade possa não ser constante. A gravidade é uma das quatro forças fundamentais da natureza - as outras são a interação fraca e forte e o eletromagnetismo. Apesar de centenas de anos de esforços, ainda não há explicação de como a gravidade funciona. Outra frustração está no fato de que ninguém foi capaz de encontrar uma maneira de medir a força real da gravidade.
Os cientistas têm tentado fazer isso também por centenas de anos, com o método mais conhecido tendo sido criado por Henry Cavendish em 1798 - é claro que, desde então, ele foi modificado várias vezes para torná-lo mais preciso. O valor atual da constante de gravitação universal aceito pela comunidade científica é G = 6,67408 × 1011 m3 kg-1 s-2 - não confundir o G com o g, que é o símbolo normalmente associado à intensidade da aceleração da gravidade junto à superfície do planeta.
Como medir a gravidade
Já existem propostas para produzir e controlar a gravidade usando campos magnéticos. [Imagem: André Füzfa]
Neste novo esforço, Qing Li e seus colegas modificaram a técnica padrão de pêndulos de torsão usados para medir a constante gravitacional. Na primeira abordagem, eles construíram um detector constituído por uma placa de sílica revestida com metal e suspensa no ar por um fio. Duas bolas de aço proporcionam uma atração gravitacional. A força da gravidade foi medida observando o quanto o fio torce pela ação da gravidade.
A segunda abordagem é semelhante à primeira, exceto que a placa fica pendurada em uma plataforma giratória que mantém o fio no lugar. A força gravitacional é medida avaliando a rotação do prato giratório. Em ambas as abordagens, os pesquisadores acrescentaram recursos para impedir a interferência de objetos próximos e distúrbios como tremores sísmicos de fundo.
A primeira medição resultou em G = 6,674484 × 1011 m3 kg-1 s-2, enquanto a segunda deu G = 6,674184 × 1011 m3 kg-1 s-2. Segundo a equipe, ambas são mais precisas do que todas as medições feitas anteriormente. E o resultado é um tanto surpreendente, uma vez que se considerava que a incerteza na medição mais aceita estava apenas na quinta casa decimal, ou seja, no 8 de 6,67408.
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