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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Cientistas identificam o elemento que apontará a vida fora da terra


Estamos cada vez mais próximos de descobrir a existência de vida fora do planeta Terra. Contudo, ao contrário do que muitos podem pensar, o oxigênio pode não ser o elemento essencial, para formação de vida. Recentemente, cientistas identificaram o elemento que apontará a vida fora da Terra e a resposta é surpreendente.  Sendo um assunto que nos assola há tantos e tantos anos, não é de surpreender que novas discussões, sobre a presença ou ausência de vida fora do planeta, sejam realizadas. Dessa forma, além de hidrogênio e oxigênio, fosfina e fosfato também podem ser marcadores muito promissores para a vida, entenda.

Existe vida em outro planeta? Uma pergunta que persegue a humanidade e nos faz, cada dia mais, manter esforços em busca de uma resposta positiva. Dessa forma, para afirmar se há, ou não, um possível recipiente de vida é preciso utilizar o que chamamos de "marcadores biológicos".

Biomarcadores, ou marcadores biológicos, são principalmente gases que se acumulam na atmosfera dos planetas com vida em sua superfície. Assim, os mais comuns marcadores são o hidrogênio e oxigênio, encontrados em abundância em nosso planeta. Além desses, outros biomarcadores também são muito comuns, como por exemplo, ozônio, metano e óxido nitroso. Contudo, descobertas indicam que há um outro marcador que poderia ter passado despercebido até agora.

De acordo com a Dra. Clara Sousa-Silva, pesquisadora do Departamento de Ciências da Terra do MIT, há outras moléculas raras que poderiam produzir vida. Dessa forma, estaríamos pensando além de seres vivos que produzem oxigênio. Com isso, em sua nova pesquisa, a Dra. Sousa-Silva e outros pesquisadores descobriram que a fosfina e o fosfato são importante marcadores de vida. Além disso, podem ser muito promissores, caso sejam encontrados em planetas rochosos. 

Para afirmar que, de fato, esse gás só seria produzido por seres vivos, um longo processo de pesquisa foi realizado pelos cientistas. Para se ter uma ideia, eles passaram os últimos anos, testando diferentes espécies de fósforo, composto essencial da fosfina. Através de uma análise química em extremos opostos, eles puderam verificar se o fósforo poderia ser convertido em fosfina, de maneira abiótica. Ou seja, por influência de outros fatores do ecossistema envolvido.

Para os testes, os cenários variaram, desde raios que atingem depósitos de fósforo, até o impacto de um meteorito que continha o elemento. De forma que, se descobrisse se a fosfina poderia ser gerada sem a intervenção de um ser vivo. 

Assim, as investigações para o caso duraram anos e anos. Por fim, os cientistas concluíram que apenas uma forma de vida poderia ser responsável pela presença do elemento, na atmosfera de um planeta. E por menor que fosse a quantidade, essa seria uma bioassinatura, que confirmaria a presença de vida em outro planeta.

Apenas para se ter uma ideia, caso a fosfina fosse produzida em pequenas quantidades, já seria o suficiente para ser detectado o fato, no Telescópio Espacial James Webb. Contudo, o planeta precisaria estar no máximo, a 16 anos-luz do nosso mundo. Além disso, a quantidade de fosfina do planeta precisaria ser igual a que temos de metano, em nossa atmosfera. 

Mais do que estabelecer a fosfina como um marcador biológico possível, o pesquisadores estão animados com a possibilidade de qualquer um dos 16.000 planetas possa abrigar alienígenas.

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