Nosso universo começou pequeno para a ciência: nós só podíamos ver as estrelas próximas, e uma ou outra supernova. Mais adiante, conseguimos ver nebulosas, e descobrimos as galáxias.
Mas a visão direta das galáxias no universo estava bloqueada para nós: a poeira da nossa galáxia nos atrapalhava. Mesmo as estrelas próximas impediam uma visão desobstruída.
Finalmente, os telescópios-satélites abriram uma janela para enxergarmos locais distantes. Só que o céu parecia ter regiões escuras, sem absolutamente nada.
Uma destas regiões foi examinada atentamente pelo Hubble durante 11 dias. Onde não parecia haver absolutamente nada, cerca de 10.000 galáxias foram registradas no Hubble Deep Field (HDF), uma imagem fantástica do nosso universo.
E existem mais galáxias escondidas no HDF, galáxias que estão tão longe que sua luz está tão desviada para o vermelho (redshift) que o Hubble não é capaz de percebê-las.
Se a região do HDF corresponde a 1/24.000.000 do céu, e se existe a mesma quantidade de galáxias em todas as direções que se possa apontar o telescópio, isto significa que há, no universo, pelo menos 100 bilhões de galáxias.
Recentemente os astrônomos combinaram anos de observação de uma única região, um pedacinho do HDF, e criaram o Hubble Extra Deep Field (XDF), que tem cerca de 75% mais galáxias que o HDF.
Refazendo as contas, a estimativa obtida multiplicando o número de galáxias naquele trecho (5.500) pelo número de vezes que é preciso repeti-lo para cobrir o céu (32 milhões), chegamos ao número aceito cientificamente como a provável quantidade de galáxias que existem no universo visível: no mínimo 175 bilhões de galáxias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário