Para imaginarmos este cenário, vamos presumir que alguém no Grande Acelerador de Hádrons tenha apertado o botão errado sem consultar o manual, e a Lua e Júpiter tenham, acidentalmente, trocado de lugares… Ou algo assim.
A primeira coisa que as pessoas notariam, embasbacadas, seria o exótico cenário que veriam nos céus:
O gigante gasoso que agora é orbitado por nosso planeta sobe monstruosamente pelo céu, ocupando vinte e um graus de nosso campo de visão. É um objeto extremamente brilhante, com magnitude visual de -21,9 - quatro mil e setecentas vezes mais brilhante do que a Lua cheia -, causando uma iluminação ambiente de 1.169 lux. Isto equivale à luz que recebemos dos céus em um dia nublado.
Com a Terra sendo exposta ao plasma da magnetosfera de Júpiter, lindíssimas auroras surgiriam nos céus de todo o planeta. Poucas horas depois, as marés colossais começam a causar estragos ao longo de muitas costas; as pessoas fazem as malas e fogem em massa. E como se isso não bastasse, a lua Io de Júpiter aparece no lado oposto do céu, realizando um encontro próximo que acaba desestabilizando sua órbita. Isto aumenta as chances de uma colisão com a Terra mais adiante…
Nas semanas seguintes, vulcões que se acreditava estarem extintos entram em erupção com força total, muitos novos vulcões se formam e terremotos matam centenas de milhares de pessoas. O campo gravitacional de Júpiter está esticando a Terra com 17.700 vezes mais força de maré do que antes, quando só tínhamos a Lua ali. A Terra está se transformando em um planeta infernal.
Um belo dia Io aparece no céu novamente, desta vez quase na frente de Júpiter, ficando cada vez maior.
E maior.
Não há escapatória.
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