Os menores buracos negros que conhecemos tem 3,4 massas solares, mas são muito raros. Eles são reconhecidos como sendo buracos negros, de verdade, com 5 massas solares.
Então vamos dizer que uma estrela de 5 massas solares orbite um centro de massa comum, com um buraco negro de mesma massa.
A atração gravitacional de uma estrela dessas, na sua superfície, é muito menor que a de um buraco negro de mesma massa, na superfície dele.
Isso ocorre, porque a atração gravitacional depende da massa do corpo celeste e da distância ao centro dele.
Quanto maior é a distância, menor é a atração.
Essa estrela tem aproximadamente 7 milhões de Km de diâmetro, ou seja, 3,5 milhões de Km de raio, ou distância da superfície ao centro. E o buraco negro tem algumas dezenas de Km de diâmetro e metade disso de distância ao centro. E por isso buraco negro tem altíssima altíssima atração gravitacional na sua superfície.
E provavelmente tem uma rotação, ou spin, também elevado, porque veio de um corpo celeste de muito maior diâmetro. É como uma bailarina ou patinadora, que roda de braços abertos e aumenta sua velocidade, quando fecha os braços.
Pois bem, com altíssima atração gravitacional e com spin alto, é como se o buraco negro “engolisse” o espaço-tempo entre ele e a estrela. (Na verdade ele dobra o espaço-tempo nas suas cercanias). Comendo o espaço, os dois vão se aproximando. E o buraco negro, com muito mais atração gravitacional, vai sugando matéria da estrela. E esse matéria vai espaguetizando, formando um fio de matéria comprido, indo da estrela para o buraco negro.
No final do jantar, o buraco negro terá o dobro da sua massa e a estrela se acabou.
Essa matéria que vai caindo no buraco negro é acelerada a velocidades relativísticas (próximas à da luz). E então emite uma coleção de radiações eletromagnéticas, desde raios gama, até microondas. E esse fenômeno pode ser acompanhado pelos telescópios que temos, nos vários comprimentos de onda.
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