As galáxias espirais são bem comuns ao redor da Via Láctea, mas as vermelhas são raras e há apenas 2% no universo local
Imagem: Galáxia em espiral vermelha. Créditos: Artsiom P/Shutterstock
A atividade do Telescópio Espacial James Webb (JWST) não para de surpreender os cientistas. Dessa vez, o aparelho foi capaz de detectar várias galáxias raras e vermelhas em espiral que provavelmente compõem uma nova visão do Universo primitivo. Ao realizar a análise das primeiras imagens, os astrônomos identificaram que elas faziam parte do aglomerado de galáxias SMACS J0723.3–7327, que contém as galáxias em espiral mais distantes já vistas.
O Telescópio Espacial Spitzer da NASA já havia fotografado galáxias como essas no passado, mas o antigo instrumento não conseguiu captar detalhes da forma dessas galáxias, característica que o poderoso JWST conseguiu. Conhecer a forma -ou morfologia – dessas galáxias é muito importante para determinar a história de sua evolução, e melhorar a compreensão do que é o Universo primitivo.
Na imagem de Webb, os astrônomos avistaram uma galáxia espiral vermelha no início do Universo que é “passiva”, ou seja, não forma estrelas. Essa descoberta vai de encontro com a crença dos astrônomos sobre esses objetos no Universo primitivo. Para eles, as estrelas continuavam a ser produzidas ativamente.
As galáxias espirais são bem comuns ao redor da Via Láctea, mas as vermelhas são raras e há apenas 2% no universo local, ou seja, elas abrangem uma fração relativamente insignificante do Espaço. Curiosamente, esse não era o cenário no Universo primitivo, época na qual elas eram muito comuns.
Galáxias mais antigas conhecidas
Os astrônomos observaram as galáxias vermelhas, a RS13 e a RS14, que aparecem como eram entre 8 bilhões e 10 bilhões de anos atrás. Essas duas galáxias são também as mais distantes e mais antigas conhecidas até hoje.
A RS14 parou de formar estrelas, ou seja, tornou-se um elemento passivo. Essa informação só torna essa descoberta ainda mais intrigante porque sua existência sugere que galáxias não formadoras de estrelas poderiam ser mais comuns do que os astrônomos pensavam. Por ora, essas descobertas fazem parte de um estudo piloto. Somente com base em próximas pesquisas será possível ter informações mais robustas sobre esse assunto.
Fonte: Olhar Digital
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