As galáxias crescem fundindo-se e absorvendo outras. Agora, os pesquisadores descobriram evidências de uma dessas fusões no maior satélite da Via Láctea.
As galáxias crescem atraindo e absorvendo galáxias menores, reforçando sua massa ao longo do caminho. Temos amplas evidências de que nossa Via Láctea fez exatamente isso, bem como um roteiro de como nossa galáxia continuará a aumentar no futuro. Já sabemos que a Via Láctea está cercada por uma infinidade de galáxias satélites menores que acabará por devorar.
A maior delas é a Grande Nuvem de Magalhães (LMC). Mas agora, os pesquisadores mostraram que a cadeia alimentar galáctica se estende ainda mais: eles encontraram evidências de que a LMC também engoliu sua própria parcela de pequenas galáxias em seu passado, permitindo que ela se tornasse o satélite considerável que vemos hoje.
A evidência vem de um dos aglomerados globulares da LMC. Estes são grupos antigos e compactos de estrelas que, por serem tão longevos, podem fornecer pistas sobre a história de uma galáxia. Neste caso, os pesquisadores estudaram 11 aglomerados globulares na LMC, comparando a mistura de elementos dentro de suas estrelas. Um deles se destacou: o aglomerado NGC 2005, que tem menos elementos como cobre, cálcio, silício e zinco do que seus irmãos.
Essa diferença elementar levou os pesquisadores a supor que a NGC 2005 não tem a mesma história de origem que os outros aglomerados. Em vez disso, é provável que seja tudo o que resta de uma pequena galáxia que a LMC engoliu bilhões de anos atrás. A maior parte da galáxia azarada foi totalmente absorvida pela LMC, tornando-a indistinguível das próprias estrelas da LMC.
Mas a região central do lanche galáctico sobreviveu na forma de um aglomerado globular. A descoberta, diz a equipe, mostra de forma convincente que mesmo pequenas galáxias podem atacar umas às outras para crescer, completando mais completamente nossa imagem da evolução hierárquica das galáxias.
Fonte : Astronomy.com
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