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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Cientistas criam a maior e mais precisa representação virtual do Universo

 



Toda a evolução cósmica — do Big Bang aos dias atuais — foi retratada por cientistas na maior e mais precisa representação virtual do Universo feita até hoje. Os especialistas registraram o feito em um estudo nesta terça-feira (8) disponível no jornal Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Para produzir a representação, os pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, e da Universidade de Durham, no Reino Unido, utilizaram milhares de computadores trabalhando em conjunto por várias semanas para produzir um grande volume de dados.

A simulação, chamada Sibelius-Dark, cobre uma quantidade de informações que abrange uma distância de até 600 milhões de anos-luz da Terra, o que equivale a mais de 130 bilhões de partes simuladas. O resultado faz parte do projeto Simulations Beyond the Local Universe (Sibelius, ou “simulações além do universo local”).

Os cientistas usaram um sistema chamado DiRAC Coamology Machine (COSMA), operado pelo Instituto de Cosmologia Computacional da Universidade de Durham. As simulações utilizaram equações físicas para descrever como a matéria escura e o gás cósmico evoluem ao longo da vida do Universo.

Cientistas criaram a representação mais completa e acurada do Universo até hoje  (Foto: Stuart McAlpine et.al)

Cientistas criaram a representação mais completa e acurada do Universo até hoje (Foto: Stuart McAlpine et.al)

Ao simularem o cosmos, a maioria dos cosmólogos segue uma mancha típica ou aleatória, estatisticamente parecida com a do universo observado. Mas o novo estudo foi diferente: os especialistas usaram algoritmos generativos para reproduzirem nossa parte específica do universo com estruturas próximas à Via Láctea.

A equipe comparou o resultado com pesquisas observacionais e conseguiu simular os aglomerados de galáxias Virgem, Coma e Perseu, o filamento galáctico CfA2 e o Vazio Local – nosso habitat cósmico. No centro da representação, há ainda a Via Láctea e nossa vizinha, a galáxia de Andrômeda.

Para Carlos Frenk, professor de física e coautor do estudo, é “imensamente emocionante” ver as estruturas familiares graças ao cálculo computacional. “As simulações simplesmente revelam as consequências das leis da física agindo sobre a matéria escura e o gás cósmico ao longo dos 13,7 bilhões de anos em que nosso universo existiu”, conta em comunicado.


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