Com este objetivo em mente, a equipa de investigadores usou os dois catálogos PSZ1 e PSZ2 de enxames de galáxias detetados pelo satélite Planck usando os seus sinais de micro-ondas, o que fornece uma estimativa das massas dos enxames utilizando os sinais de micro-ondas. Além disso, as massas dinâmicas dos enxames foram estimadas através da medição das velocidades radiais das galáxias utilizando a espectroscopia. Estas observações foram feitas com o TNG (Telescopio Nazionale Galileo) e com o GTC (Gran Telescopio Canarias) no Observatório Roque de los Muchachos. "Fizemos um grande esforço de observação durante vários anos, explorando mais de 400 enxames de galáxias dos catálogos PSZ1 e PSZ2," comenta Rafael Barrena, astrofísico do IAC e membro da equipa de observação.
"Os resultados obtidos do catálogo PSZ1 do Planck mostram que as estimativas de massa utilizando os seus valores de produção de gás são cerca de 20% mais baixos do que aquelas baseadas na dinâmica das suas galáxias," explica Antonio Ferragamo, investigador do IAC que baseou a sua tese de doutoramento neste trabalho. "Estes resultados são confirmados para os enxames no catálogo PSZ2 do Planck e são compatíveis com medições de outros autores que aplicaram técnicas diferentes (raios-X, lentes gravitacionais, etc.)", acrescenta.
Alejandro Aguado, investigador do IAC que também baseou a sua tese de doutoramento nos resultados deste trabalho, salienta que "a importância do estudo é, por um lado, a alta precisão obtida através da medição dinâmica da massa, com um erro inferior a 10% que é um marco histórico nas medições desta quantidade e, por outro lado, a coerência com os valores estimados pelo consórcio Planck. Neste momento, muito poucas medições dão um erro estatístico tão baixo e isto deve-se ao grande número de enxames utilizados na amostra."
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