Para medir a matéria escura no Sistema Solar, no entanto, bastaria uma distância de 100 UA, de acordo com os autores do estudo. Isso está ao alcance de uma espaçonave, com certa “tranquilidade” (e, claro, paciência). A sonda New Horizons, por exemplo, foi lançada em 2006 e já ultrapassou metade dessa distância.
Para ir tão longe, a espaçonave deve ser equipada com energia de radioisótopos, segundo o estudo. Essa é a mesma tecnologia que permitiu as Pioneer 10 e 11, New Horizons e as Voyager voassem muito longe do Sol. Além disso, ela carregaria bola refletiva para soltá-la a uma distância apropriada.
Se distante o suficiente, a bola receberia apenas influências gravitacionais galácticas, enquanto a espaçonave experimentaria uma força térmica do elemento radioativo em decomposição em seu sistema de energia, além das forças galácticas. Subtraindo a força térmica, os pesquisadores poderiam então observar como a força galáctica se relaciona com os desvios nas trajetórias da bola e da espaçonave.
Os autores propõem que um conceito desse tipo de abordagem possa ser executado na missão Interstellar Probe, que visa ir até 500 UA, 10 dez vezes mais longe que as Voyager. Se a influência da matéria escura no Sistema Solar for corretamente medida, os cientistas poderão calcular futuras missões com ainda mais precisão. Talvez isso ajude até mesmo a determinar a posição do suposto Planeta 9.
A pesquisa foi publicada na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Fonte: NASA
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