Por que será que o núcleo do nosso planeta é tão quente? Segundo os cientistas, metade do calor elevadíssimo do centro da Terra, que muitas vezes irrompe em uma superfície vulcânica pelos continentes, se deve à radioatividade.
Esta nova descoberta mostra que o planeta ainda mantém uma extraordinária quantidade de calor que tinha desde seus primórdios.
Para entender melhor as fontes de calor da Terra, os cientistas estudaram antineutrinos, partículas que muito raramente interagem com a matéria normal. Usando um detector desses pequeninos corpos localizado sob uma montanha no Japão, eles analisaram geoneutrinos – partículas emitidas por materiais radioativos em decomposição no interior da Terra – ao longo de mais de sete anos.
A energia produzida por uma quantidade de antineutrinos, nas raras ocasiões em que colidem com a matéria normal, pôde dizer aos cientistas qual material é emitido – por exemplo, material radioativo do centro da Terra. Pôde-se também estimar quantos antineutrinos estão sendo gerados e o quanto de energia eles estão carregando.
Os pesquisadores descobriram que a queda dos isótopos radioativos de urânio e tório, juntos, contribuem com 20 trilhões de watts de calor que a Terra irradia para o espaço, energia seis vezes maior da que é consumida nos Estados Unidos, por exemplo.
Mesmo esse valor sendo astronômico, ele representa apenas metade do calor liberado pelo planeta. Os pesquisadores acreditam que o restante do calor vem do resfriamento da Terra desde o seu nascimento.
Para os cientistas, saber quais são as fontes de calor da Terra é uma questão muito importante para a geofísica, já que define de onde vem o aquecimento essencial do planeta e de onde vem o calor que é distribuído nas camadas da crosta e do manto da Terra, que influencia no movimento das placas tectônicas
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