Você pode até se perguntar como sabemos que um satélite remoto é fedorento se não estivemos lá. Mas um novo estudo sobre Io revelou detalhes impressionantes sobre sua atmosfera.
Astrônomos usaram telescópios localizados no Havaí para procurar por assinaturas de químicos que estariam presentes na lua – incluindo monóxido de enxofre, dióxido de enxofre e clorito de sódio (quem sabe um pouco de química sabe que tudo o que envolve enxofre não é muito cheiroso). Esses gases, segundo as descobertas, estão concentrados na face de Io que fica mais afastada de Júpiter.
Os gases estão perto dos centros com maior atividade vulcânica, o que sugere que é a quantidade de vulcões de Io que faz com que o ambiente seja fedorento. Mesmo assim é surpreendente que a lua consiga reter esses gases. Por seu tamanho diminuto, ela não deveria ter atmosfera.
Cientistas acreditam que isso se deve à proximidade de Io com Júpiter (eles estão separados apenas por 420 mil quilômetros). A proximidade de Júpiter cria uma espécie de “maré”, similar a que a Lua exerce na Terra – mas com as camadas inferiores do satélite, que seriam deslocadas, gerando, assim a enorme atividade vulcânica e os consequentes gases.
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