A compreensão da evolução do universo ao que conhecemos hoje está sendo ampliada cada vez mais. Isso graças à tecnologias que permitem avanços na astronomia e que estão revolucionando a visão humana da história cósmica.
Só na última década, grandes pesquisas astronômicas forneceram amostras de centenas de milhares ou até mesmo milhões de corpos celestes. Isso permitiu análises de interconexões detalhadas entre as galáxias. Esses estudos são possíveis pela rápida aceleração tecnológica dos computadores, que podem armazenar e analisar uma enorme quantidade de dados, algo inimaginável no passado.
O Sloan Digital Sky Survey (SDSS), por exemplo, é um ambicioso projeto que está nos fornecendo várias respostas sobre as galáxias. Ele abasteceu os cientistas com importantes informações e detalhes de aproximadamente um milhão delas, já que permitiu que eles explorassem a idade das galáxias a partir da massa e formato. Esses dados esclareceram que as galáxias mais maciças são as mais antigas e também deu respostas sobre como se dá a formação de novas estrelas em cada uma delas.
Nos últimos 20 anos também tem se visto uma explosão de novos e avançados telescópios, que permitem lançar um olhar cada vez mais distante sobre o universo. Observando luzes distantes da Terra, é possível desvendar segredos do passado das galáxias e do nosso próprio surgimento.
Entre as muitas descobertas recentes, uma das mais surpreendentes é a de que cerca de metade das estrelas já estavam presentes nas galáxias há 500 milhões de anos (o cosmos teria cerca de 13,7 bilhões de anos desde o Big Bang).
Mesmo que os cientistas estejam aprendendo muito sobre a origem e evolução das galáxias, muitos outros enigmas permanecem. Uma grande questão é a de como e quando surgiram as primeiras galáxias. Isso seria tão crucial para os astrônomos quanto o esforço dos paleontólogos para encontrar a primeira forma de vida na Terra.
Outro tema intrigante é como os buracos negros influenciam nas propriedades das galáxias. Embora os cientistas saibam que eles são fontes de energia extremamente poderosas, o modo como eles alteram uma galáxia ainda é obscuro.
Uma maneira de responder esses e muitos outros mistérios seria a partir da análise das primeiras estrelas, galáxias e buracos negros. Uma ferramenta que poderia ser a chave para observar o princípio do universo é o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, que está em fase de desenvolvimento – mas o projeto pode ser cancelado devido ao seu alto valor de investimento.
Caso isso ocorra, seria uma grande perda para a astronomia, pois o telescópio pode responder importantes questões sobre como chegamos aqui e dar respostas científicas reais sobre algumas das maiores questões de todos os tempos.
Embora o Telescópio Espacial James Webb esteja em perigo, os cientistas ainda podem desvendar o universo de maneira avançada com outra tecnologia, Atacama Large Millimeter Array, o ALMA. O James Webb, entretanto, poderia observar estrelas e galáxias antigas de maneira mais clara e sofisticada, sem as mesmas distorções presentes no ALM
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