segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Como sabemos que o universo está se expandindo?
O Prêmio Nobel de Física de 2011 foi atribuído conjuntamente a três cientistas que descobriram que a expansão do universo está acontecendo de maneira acelerada. Esse fenômeno é atribuído a uma força misteriosa chamada de energia escura. E como é que os cientistas descobriram isso?
Desde os anos 90, os vencedores do Nobel, os físicos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, estudam as supernovas do tipo Ia – as violentas explosões resultantes da morte de estrelas anãs brancas.
Quando uma estrela de pequena massa (como o nosso sol) funde todo seu hidrogênio em hélio, ela se expande em uma gigante vermelha e começa a fundir o hélio em carbono e oxigênio. Então, a estrela lança suas camadas exteriores formando uma nebulosa planetária, deixando para trás o denso núcleo de carbono e oxigênio. Este núcleo morto é chamado de anã branca, que normalmente tem o tamanho da Terra com a mesma massa do nosso sol.
Se uma anã branca tem uma companheira estelar, ela pode sugar material de seu vizinho. Com o acréscimo de matéria na anã branca, a pressão e a densidade também aumentam e a temperatura fica maior. Quando a anã branca acresce muito material a si mesma, a temperatura aumenta dramaticamente até acontecer uma violenta explosão estelar, conhecida como supernova.
Supernovas do tipo Ia são úteis para os astrônomos por causa das semelhanças em suas curvas de luz, que são gráficos da intensidade de uma certa onda eletromagnética de um objeto celeste em função do tempo. As supernovas do tipo Ia são tão parecidas que os astrônomos usam essas explosões como uma “vela padrão” para medir as distâncias de objetos no universo.
Os vencedores do Nobel de Física mediram a maneira como a luz de supernovas Ia se distorciam para ver a rapidez com que as galáxias estão se afastando umas das outras. Em outras palavras, o quão rápido o universo está se expandindo.
A partir da análise da cor luminosa, em que foi observado que a luz percorria uma distância maior por um maior período de tempo, foi concluído que todas as estrelas, galáxias e aglomerados de galáxias estão se movendo cada vez mais rápido.
Ao contrário do que pode se induzir, a expansão do universo não está se abrandando devido à gravidade. Os astrônomos acreditam que há outra força misteriosa por trás do comportamento inesperado do universo: o que eles chamam de energia escur
A relatividade de Einstein será testada no espaço
Einstein morreu há 55 anos e, depois desse período, cientistas irão testar uma de suas principais teorias – a da relatividade. Três naves espaciais irão estar a uma distância de cinco milhões de quilômetros uma das outras e, quando chegarem a essa marca, elas irão disparar lasers na direção de suas “companheiras”.
A operação da Nasa e da Agência Espacial Européia até parece um desperdício total de dinheiro, mas irá verificar se ondas gravitacionais realmente existem. Os raios laser não irão danificar as naves, mas serão usados para medir mudanças.
Dizem por aí que esse será o maior experimento científico realizado pela humanidade – e, aparentemente, um dos mais caros também.
Ondas gravitacionais seriam produzidas quando objetos massivos (como buracos negros ou estrelas que sofrem colisões) aceleram através do espaço.
As ondas gravitacionais são a última parte da teoria da relatividade de Einstein a ser testada. O experimento não havia sido feito antes pela dificuldade óbvia que teríamos em detectar ondas gravitacionais.
Segundo especialistas, entendendo completamente a teoria de Einstein, também entenderíamos melhor o funcionamento do espaço.
Foto: Anel de Einstein
Usar este anel não te dará as propriedades intelectuais de um super-físico. Na realidade você não poderá usá-lo de maneira nenhuma. O Anel de Einstein é uma miragem cósmica de uma lente gravitacional.
Na foto acima, a gravidade de uma galáxia vermelha luminosa (LRG) distorceu gravitacionalmente a luz de uma distante galáxia azul. Normalmente, essa distorção da luz resulta em duas imagens distinguíveis da galáxia mais distante, mas aqui o alinhamento das lentes é tão preciso que a galáxia de fundo é distorcida em forma de uma ferradura – quase um anel completo no meio do espaço.
Esse efeito de lentes gravitacionais foi previsto com detalhes por Albert Einstein há mais de 70 anos, e são conhecidos como Aneis de Einstein.
Embora a LRG 3-757 tenha sido descoberta em 2007 a partir de dados do Sloan Digital Sky Survey (SDSS), a imagem acima foi feita com a Câmera de Campo Amplo 3 do Telescópio Espacial Hubble.
Lentes gravitacionais como LRG 3-757 são mais do que esquisitices espaciais: suas propriedades múltiplas permitem aos astrônomos determinar a massa e o conteúdo de matéria escura de galáxias.
Anel colossal é encontrado ao redor de Saturno
Novo anel de Saturno: A ilustração mostra o novo anel nunca antes avistado
O telescópio Spitzer, da agência espacial estadunidense, a Nasa, descobriu um novo anel em volta de Saturno, maior que todos os outros conhecidos que circulam o planeta. O fino aglomerado de gelo e partículas de poeira cósmica fica a 27 graus de inclinação em relação ao planeta. Apesar de ser famosa por seus sete anéis, Saturno também tem muitos outros anéis pequenos e incompletos.
O novo anel começa a quase 6 milhões de quilômetros do planeta, e se estende por 7,4 milhões de quilômetros. De acordo com o laboratório da Nasa que realizou os exames sobre a descoberta, seriam necessárias 1 bilhão de planetas do tamanho da Terra para preencher o anel.
Whitney Clavin, porta-voz do laboratório, afirma que o anel é muito difuso e não reflete muita luz, por isso só foi descoberto agora, com o Spitzer. Apesar de ser extremamente frio, chegando a temperaturas de quase 200 graus negativos, o anel libera radiações térmicas.
Os cientistas que realizaram a descoberta acreditam que o material que forma o anel vem de uma das luas do planeta, chamada de Febe.
A descoberta do novo anel pode também responder a antigas questões sobre outro satélite de Saturno, a lua Jápeto, que tem um lado coberto por um material escuro. O anel recém-descoberto orbita na mesma direção de Febe, enquanto Jápeto, os outros anéis e grande parte das outras luas do planeta giram para o lado oposto.
Os cientistas afirmam que o material que vem do anel exterior colide com Jápeto. “Há muito tempo os astrônomos suspeitam que existe uma conexão entre Febe e o material escuro em Jápeto”, afirma Douglas Hamilton, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, que participou da pesquisa.
Símbolo do infinito encontrado no centro da Via Láctea
Um curioso anel gasoso que se estende por mais de 600 anos-luz foi encontrado no coração da Via Láctea.
Com o uso do poderoso telescópio espacial Herschel, os astrônomos detectaram o anel, que tem uma torção ao centro. A estrutura foi comprimida no meio e parece ter dois lóbulos nas extremidades. Essa característica intrigante faz o anel se assemelhar com o símbolo do infinito.
Ainda é um mistério o motivo do anel recém-observado ser torcido. De maneira geral, pouco se sabe sobre essas estruturas gasosas que se formam em galáxias em espiral. E há ainda outro mistério: uma das partes do novo anel parece ser um pouco deslocada do centro da galáxia, onde reside um buraco negro.
A estrutura é um berçário que dá à luz (literalmente) a novas estrelas. Partes do anel gasoso já eram conhecidas dos cientistas, mas as novas imagens do telescópio Herschel fizeram uma observação mais completa, sem precedentes.
A nave espacial Herschel é especialmente adequada para investigar o centro da Via Láctea, pois detecta luz infravermelha e penetra através da poeira que paira na galáxia.
Os astrônomos estão animados com a descoberta. “Nós temos um novo e emocionante mistério em nossas mãos, bem no centro da nossa própria galáxia”, diz Sergio Molinari, do Instituto de Física Espacial em Roma.
Cientistas encontram duas bolhas gigantes no centro da Via Láctea
Cientistas detectaram duas bolhas gigantes de radiação de alta energia no centro da Via Láctea, que podem ter surgido de um buraco negro supermassivo. As estruturas recentemente descobertas são um enigma.
Os astrônomos estavam processando dados de um telescópio de alta resolução, o maior detector de raios gama já lançado. Ao filtrar o nevoeiro de raios gama permeando o céu, encontraram as bolhas enormes. Os cientistas não estavam “voando às cegas”; estudos anteriores já haviam mostrado indícios intrigantes de que uma estrutura enorme, até então desconhecida, poderia estar à espreita perto do coração da Via Láctea.
As duas bolhas são simplesmente enormes. Cada uma delas tem cerca de 25.000 anos-luz de diâmetro, o que significa que a largura combinada das bolhas é de 50.000 anos-luz, cerca de metade do diâmetro da Via Láctea inteira – juntas, elas cobrem mais de metade da área visível do céu.
Elas estão emitindo raios gama, o comprimento de onda de luz mais energético. As bolhas estão emitindo a mesma quantidade de energia de 100.000 estrelas que explodem, ou supernovas. As estruturas se estendem até a distância entre nosso sistema solar e o núcleo da galáxia (elas não envolvem a Terra, se espalham em um plano diferente).
Os investigadores ainda não sabem ao certo o que criou as bolhas. Mas as estruturas parecem ter bordas nítidas e bem definidas, sugerindo que elas foram formadas por uma grande liberação, rápida e relativamente recente, de energia. Por enquanto, os cientistas não entendem completamente a sua natureza ou origem.
Porém, as características apresentadas pelas bolhas levam a duas principais teorias: elas podem ter vindo de uma explosão de formação estelar alguns milhões de anos atrás, ou podem ter sido produzidas quando um buraco negro supermassivo (tão massivo quanto quatro milhões de sóis) engoliu um monte de gás e poeira no centro da galáxia e teve uma explosão de atividade.
Os astrônomos já observaram poderosos jatos explodindo de buracos negros supermassivos em outras galáxias. Estes jatos são “abastecidos” pela matéria que cai dentro do buraco negro, e quando eles são alimentados, podem produzir explosões muito poderosas.
Embora não haja evidências de que o buraco negro da Via Láctea tem tais jatos hoje, os cientistas disseram que pode ter tido, no passado. Esta pode ser a primeira evidência de uma explosão de atividade de buraco negro no centro da galáxia.
Agora, os cientistas estão conduzindo análises para obter um melhor controle sobre o que impulsiona as bolhas recém-descobertas, e para ver o que elas podem revelar sobre a natureza da Via Láctea e do universo. Segundo os pesquisadores, qualquer que seja a fonte de energia por trás dessas bolhas enormes, está ligada a muitas questões da astrofísica.
Cientistas engraçadinhos – conheça duas pegadinhas feitas por pesquisadores famosos
E quem disse que nerds não sabem se divertir? Confira duas pegadinhas praticadas por cientistas famosos:
Dizem que o físico Robert W. Wood estava em Paris quando ele descobriu que sua vizinha do apartamento de baixo tinha uma tartaruga de estimação. Vendo aquilo, ele logo pensou em uma brincadeira. Ele foi em uma loja de animais e comprou várias tartarugas, cada uma em tamanhos diferentes. No primeiro dia ele pegou uma vassoura, recolheu a tartaruga original da mulher e a substituiu por uma levemente maior.
Todo dia ele repetia o processo, substituindo a tartaruga por uma maior até que a mulher, escandalizada pelo crescimento anormal do réptil, foi atrás do próprio Wood para que ele a aconselhasse. O conselho do engraçadinho? Que ela procurasse a imprensa para falar do caso.
Logo jornalistas visitavam o apartamento da mulher todos os dias, com fitas métricas na mão, fornecendo registros diários do tamanho da criatura para a população.
Como tudo terminou? Wood, quando ‘gastou’ a maior de suas tartarugas fez o processo inverso – substitui cada uma novamente pela ‘versão’ menor a cada dia.
Outra pegadinha que aconteceu na França foi do físico Jean Perrin, que ganhou o Nobel pelo seu trabalho sobre o movimento térmico das moléculas. Ele resolveu colocar um giroscópio de avião em uma mala e “esquecer” a mala com o giroscópio girando em uma estação de trens. Caso você não saiba, um giroscópio é uma roda livre (ou várias rodas) que giram muito rápido criando um efeito que as ficarem fixas apontando sempre para a mesma direção na qual são colocadas no momento que começam a rodopiar (por isso elas são usadas em aviões em pilotos automáticos, pois assim o avião não muda de direção).
Então quando o segurança da estação tentou levar a mala para o achados e perdidos ela se recusou a fazer as curvas pelo caminho e torceu o pulso do infeliz que saiu correndo gritando que a mala “estava possuída pelo próprio demônio”
Por que “caímos” nas pegadinhas das ilusões de óptica?
O que você vê na figura acima? Um grande crânio? Duas pessoinhas inocentes namorando enquanto fazem um lanche?As duas respostas estão certas. Como você pode perceber, duas coisas diferentes podem ser vistas nessa foto, mas não ao mesmo tempo.
Então o que nos faz poder trocar de percepção? Cientistas descobriram que algo acontece no cérebro quando trocamos a perspectiva da imagem.
Os cientistas já suspeitavam da existência de um mecanismo responsável por isso no nosso cérebro, mas nada havia sido comprovado. Segundo Ryota Kanai, da Universidade de Londres, o que acontece é que precisamos “checar a realidade” constantemente, e o nosso cérebro faz isso de modo automático, para que não fiquemos presos em um pensamento incorreto.
Quando nos deparamos com uma imagem como a do começo do artigo, em que duas realidades se confundem mas são igualmente reais, o nosso cérebro permanece checando a realidade, se alternando. Então não sabemos se estamos vendo pessoas tomando um lanche ou um crânio mas, com certeza, não estamos vendo os dois ao mesmo tempo.
Para descobrir qual parte do cérebro poderia estar envolvida com essas atividades Kanai e outros cientistas pediram para que 52 voluntários assistissem o vídeo abaixo:
Eles deveriam apertar um botão cada vez que achassem que a esfera estava mudando de direção. A verdade é que a esfera não muda de direção, como ela seria “transparente”, ela pode ser vista rodando em duas direções diferentes – só que uma de cada vez, como no caso da figura do início do artigo.
Enquanto os voluntários assistiam o vídeo, os cientistas realizaram exames de ressonância magnética – os exames mostraram que os lóbulos parietais superiores, áreas do nosso cérebro que controlam a atenção e processam as imagens tridimensionais ficaram mais ativas nas pessoas que apertavam o botão com mais freqüência.
Apesar do trabalho ser esclarecedor os cientistas ainda afirmam que mais pesquisas são necessárias para comprovar os resultados.
Quer se maravilhar com outras ilusões de óptica? Confira esse artigo e essa lista, publicadas anteriormente
‘Vidência’ humana explica ilusões de ótica
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Esta mesma habilidade vidente pode explicar uma grande quantidade de ilusões de ótica. “Ilusões ocorrem quando nossos cérebros tentam perceber o futuro e estas percepções não se encaixam com a realidade”, disse Mark.
Aqui é como a teoria da previsão pode explicar as ilusões óticas mais comuns — ilusões geométricas que envolvem formas: Uma delas chamada ilusão de Hering, por exemplo, tenta nos enganar para pensarmos que estamos nos movendo para frente e dessa forma liga a nossa habilidade de visão futura. Como nós não estamos realmente nos movendo e a imagem é estática, nós percebemos erroneamente as linhas retas como se fossem curvas.
“A evolução fez com que desenhos geométricos extraiam nos nós as premonições do futuro próximo”, disse Mark. “As linhas convergentes em um centro comum (os aros) são pistas que enganam nossos cérebros a pensar que estamos no movendo para frente, assim como faríamos no mundo real, onde o caixilho da porta (um par de linhas verticais) parece se curvar à medida que nos movemos através dele — e nós tentamos perceber o como aquele mundo irá se parecer no instante seguinte.”
Na vida real, quando nos movemos para frente, não é apenas a forma dos objetos que muda, ele explicou. Outras variáveis, como o tamanho angular (o quanto de nosso campo visual o objeto toma), velocidade e contraste entre o objeto e o fundo, também irá mudar.
Por exemplo, se dois objetos estão à aproximadamente a mesma distância na sua frente, e você se move em direção a um deles, aquele objeto ficará mais rápido no instante seguinte, aparentará ser maior, terá um contraste menor (porque algo que está se movendo mais rápido fica mais embaçado), e literalmente fica mais próximo de você comparado com o outro objeto.
Mark percebeu que este mesmo processo de visão futura poderia explicar diversos outros tipos de ilusões. No que ele se refere como “grande teoria unificada” pode prever como certas variedades de ilusões como proximidade ao ponto central ou tamanho serão percebidos.
Ele disse que descobriu que a teoria funciona para tantas classes diferentes de ilusões que é “o sonho de qualquer teorista”.
Ele disse que descobriu que a teoria funciona para tantas classes diferentes de ilusões que é “o sonho de qualquer teorista”.
A maior parte das outras idéias criadas para explicar as ilusões explicam apenas uma ou apenas algumas ilusões, ele disse. A nova teoria é “um forte competidor no debate sobre a origem das ilusões”
Ilusão de óptica faz viga parecer estar balançando
Ilusões de óptica são sempre incríveis, mas geralmente possuem imagens estranhas.
A da vez é um vídeo, produzido por Greg Ross, no qual podemos perceber como nosso cérebro é facilmente enganado.
Quando as linhas em diagonais estão presentes, temos a impressão de que a viga está balançando. Mas quando essas são “apagadas”, percebemos que ela estava reta desde o começo.
De acordo com o autor, o efeito acontece por causa das linhas diagonais, mas aquele triângulo no canto também ajuda a aumentar a ilusão.
Confira o melhor truque de Ilusão de óptica do ano
O sexto Concurso Anual de Ilusões de Ótica conheceu seus vencedores no último dia 10, em Naples, na Flórida (EUA). Trata-se de um concurso que premia os mais criativos truques que enganam o olhar.
Neste ano, o primeiro prêmio foi para um estudante japonês da Universidade de Meiji. Seu truque pode ser conferido no vídeo:
Ele construiu uma estrutura em 3D com 4 pistas que parecem se estender para baixo, partindo de um centro comum. Na imagem, ele solta bolinhas da ponta de cada uma das pistas, e elas parecem subir a rampa e se instalar no topo, como se ignorassem a gravidade. Newton estaria se revirando no túmulo se assistisse ao vídeo.
O segredo são as colunas de sustentação da rampa. Observe: à primeira vista, todas parecem verticais, e a coluna central parece mais alta que as demais. Quando o nosso olho vê a maquete por um outro ângulo, descobre a verdade: as rampas estão na verdade se projetando para baixo, e o ponto central não é mais alto que os demais.
Esta ilusão de óptica me deixou com náusea
Olhei esta ilusão de óptica bizarra por cerca de um minuto e meu estômago começou a revirar como se eu estivesse em um bote inflável, no mar, durante uma tormenta. Minha cabeça ainda está meio zureta enquanto escrevo estas palavras. Seria uma excelente ferramenta de tortura.
O mais estranho é que mostrei para um guri de cinco anos e ele não percebeu a imagem se movendo. Outra criança de quatro anos disse que estava se mexendo já de cara.
A imagem não é uma gif animada, pode clicar para conferir. Caso não tenha virado suas entranhas do avesso compartilhe no Facebook e pergunte o que seus amigos sentiram.
Destruição de matéria escura é detectada
Quando a matéria escura é destruída, ela deixa no caminho um rastro de partículas exóticas, de acordo com uma teoria. Agora os cientistas encontraram um possível sinal desses “restos”. A descoberta pode, finalmente, provar a existência da matéria escura e, além disso, fornecer pistas sobre sua composição.
Ninguém sabe, ao certo, o que é a matéria escura. Cientistas desconfiam de sua existência porque não há gravidade suficiente, vinda de matéria visível, que explique a rotação das galáxias.
Um satélite italiano, chamado PAMELA, lançado para medir a radiação no espaço, descobriu que havia abundância de uma partícula chamada pósitrons, a “anti-matéria”, o inverso, dos elétrons (matéria e anti-matéria anulam uma a outra).
O sinal de pósitrons pode ter várias causas, mas a candidata principal ao cargo de “verdadeiro motivo” é a matéria escura, o intangível, que, de acordo com especialistas, forma 98% do universo. Quando duas partículas de matéria escura colidem elas, teoricamente, poderiam se destruir e liberar uma enorme quantidade de energia, formada por pósitrons, além de outras partículas.
“PAMELA encontrou um número de pósitrons muito maior do que o esperado” declarou Piergiorgio Picozza, cientista que está investigando o caso.
De acordo com Gordon Kane, astrofísico da Universidade de Michigan, há uma boa chance de que essa seja a mais importante descoberta para a física em décadas.
Pósitrons, normalmente, são criados quando raios cósmicos interagem com o gás e a poeira que ficam entre as estrelas. No entanto, esse “método” não consegue produzir tantos pósitrons quanto os encontrados por PAMELA. Logo, cabe a explicação de que estes teriam sido produzidos pelo choque de partículas de matéria escura.
“Esperamos ter, finalmente, detectado a matéria escura. No entanto, ainda precisamos fazer mais experimentos para comprovar essa teoria” explica Picozza
Galáxia minúscula e invisível deve ser feita totalmente de matéria escura
Os astrônomos descobriram o que parece ser uma pequena galáxia invisível para os telescópios, completamente composta de matéria escura, que não reflete luz.
Os cientistas acreditam que a matéria escura, que pode ser feita de uma partícula exótica, não reflete luz e representa cerca de 98% de toda a matéria no universo. No entanto, ela nunca foi detectada – será que existe mesmo?
Descobrir objetos escuros como esta galáxia poderia ajudar os pesquisadores a entender melhor o que é a matéria escura e como ela afeta a matéria normal em torno dela.
A galáxia recém-descoberta é incrivelmente distante e extremamente pequena. Ela orbita uma galáxia maior, da mesma forma que um satélite.
Embora os telescópios não possam identificar a galáxia anã, os cientistas detectaram a sua presença através das distorções minúsculas em sua gravidade quando luz passa por ela.
A nova galáxia anã está a cerca de 7 bilhões de anos-luz de distância, ou seja, sua luz leva 7 bilhões de anos para chegar até a Terra. Ela pesa cerca de 190 milhões de vezes a massa do sol – uma soma aparentemente enorme, apesar de galáxias típicas terem massa de dezenas de bilhões de sóis.
“Esta é a galáxia de menor massa que pudemos observar a esta distância”, disse o coautor do estudo, Matthew Auger, da Universidade da Califórnia.
Mesmo mais longe, a cerca de 10 bilhões de anos-luz, há uma outra galáxia cuja luz passa por essa galáxia anã e sua hospedeira em seu caminho para a Terra.
Por estar tão distante e ser tão difícil de se ver, os astrônomos não tem certeza se a galáxia recentemente descoberta realmente é feita quase que exclusivamente de matéria escura, ou se apenas contém estrelas que são muito fracas para serem visíveis a esta distância.
Mas, segundo os pesquisadores, há alguma razão para pensar que galáxias de matéria escura de muito pouca massa existam, independente de qualquer matéria visível.
O pequeno grupo de matéria escura pode ter originalmente contido gás, que formou estrelas que, quando morreram e explodiram em supernovas, podem ter expelido todo o gás restante para o espaço, deixando o aglomerado de matéria escura, sem nenhum material para formar novas estrelas.
No entanto, os modelos teóricos não são claros sobre esta questão, e os astrônomos gostariam de saber mais sobre aglomerados de matéria escura sem estrelas.
Galáxias anãs não são uma raridade no cosmos. Na verdade, a galáxia recém-descoberta tem aproximadamente o mesmo tamanho que nossa própria galáxia satélite da Via Láctea, a anã de Sagitário.
“Pela primeira vez estamos recebendo informações sobre algo que tem uma massa que é comparável a alguns dos mais pequenos satélites da Via Láctea (como os anões Fornax e Sagitário), mas fora do nosso universo local”, disse o coautor da pesquisa, David Lagattuta.
Satélites da Via Láctea também são pouco compreendidos – eles são difíceis de observar, e a teoria prediz que muitos mais deles devem ser descobertos.
Os cientistas esperam que encontrar mais galáxias anãs em torno de galáxias hospedeiras distantes pode ajudar a lançar luz sobre o problema.
Há muita matéria escura ao redor do sol segundo modelo computacional
Ela não pode ser vista nem tocada. Como praticamente não interage com a matéria que conhecemos, não pode ser medida (por enquanto) e supostamente representa grande parte da massa do universo: é a chamada “matéria escura”, um dos grandes mistérios da física.
No começo deste ano, para investigar a existência de matéria escura em nossa galáxia, um grupo de pesquisadores mapeou uma área de 13 mil anos-luz ao redor do sol, prevendo que encontrariam massa que não fosse proveniente de “matéria comum”. “A quantidade de massa que encontramos é condizente com o que vimos – estrelas, poeira e gás – na região em torno do sol”, diz o pesquisador Christian Moni Bidin, do Departamento de Astronomia da Universidade de Concepción (Chile). “Mas isso não dá espaço para o material extra – matéria escura – que estávamos esperando. Nossos cálculos mostraram que deveria estar lá, mas não estava”, explica.
O que houve? Recentemente, outra equipe de cientistas questionou os cálculos e a simulação computacional deste estudo, dizendo que estavam “enviesados”. Assim, propuseram outra técnica e conseguiram um resultado diferente. “Temos 99% de certeza de que há matéria escura em torno do sol”, afirma Silvia Garbari, do Instituto de Física Teórica da Universidade de Zurique (Suíça). Além disso, de acordo com esse novo modelo, há apenas 10% de chances de que a quantidade de matéria escura “encontrada” seja uma falha estatística.
“Essa pode ser a primeira evidência de um ‘disco’ de matéria escura em nossa galáxia, como previsto recentemente por simulações teóricas e numéricas de formação de galáxias”, explica Garbari. Se a nova simulação estiver correta, terá sido um passo importante no estudo da misteriosa matéria escura
Matéria escura no Sol pode estar sustentando a vida na Terra
Segundo cientista, talvez a presença de matéria escura no Sol seja o que mantém a vida em nosso planeta.
A composição exata do Sol sempre foi um mistério para os cientistas. O astro parece ter muita facilidade em transportar energia para sua superfície do que seria previsto se ele fosse formado como modelos tradicionais apontam. Enquanto os motivos para que isso aconteça ainda são incertos, podemos afirmar que esse fenômeno afeta a radiação que recebemos em nosso planeta e, por conseqüência, nossas vidas.
Agora físicos da Universidade de Oxford criaram uma nova teoria que diz que o Sol age como um aspirador de pó, sugando a matéria escura ao seu redor. E essa matéria escura poderia ser a responsável pela facilidade de transferência de energia.
A matéria escura, pelo que se sabe, é feita de partículas massivas fracamente interativas, que seriam cerca de 100 vezes maiores do que um próton. Mas elas são muito difíceis de serem observadas, já que interagem apenas através de uma fraca força nuclear. Aliás, uma das teorias mais aceitas diz que, assim que uma partícula de matéria escura entra em contato com outra, elas se anulariam, deixando para trás partículas como neutrinos.
Os pesquisadores notaram que, se houvesse quantidades iguais de matéria e anti-matéria no Universo, elas também se anulariam. Como percebemos, pelo menos do lado da Terra, a superioridade da matéria, algo deve estar priorizando a presença dela em detrimento da anti-matéria. E é aí que o Sol entra.
Nossa estrela estaria sugando a matéria escura – e durante uns bons 5 bilhões de anos. Como a matéria escura facilitaria a transferência de energia para a superfície do Sol, os números se encaixariam perfeitamente.
Se essa teoria estiver certa, nossa vida existe graças aos efeitos solares na matéria escura.
Sem os vulcões talvez não existisse vida na Terra
Um experimento antigo, redescoberto depois de mais de 50 anos, pode demonstrar como os vulcões – e, eventualmente, reações químicas longe da Terra primitiva, no espaço – desempenharam um papel na criação dos primeiros aminoácidos, os “blocos de construção” da vida.
Em 1953, os químicos Harold Urey e Stanley Miller realizaram um experimento destinado a imitar as condições primordiais para a criação dos primeiros aminoácidos expondo uma mistura de gases a uma descarga elétrica, como um relâmpago.
Cinco anos depois, em 1958, Miller realizou outra variação deste experimento. Desta vez, ele acrescentou sulfeto de hidrogênio, um gás expelido por vulcões, à mistura.
Porém, por alguma razão, Miller nunca analisou os produtos da reação de sulfeto de hidrogênio. Cerca de meio século depois, o ex-estudante de Miller, Jeffrey Bada, agora um químico da Instituição de Oceanografia Scripps, na Califórnia, descobriu as velhas amostras em uma caixa de papelão empoeirada no laboratório de Miller, que Bada herdou – Miller faleceu em 2007.
Utilizando técnicas de análise modernas, Bada e sua equipe analisaram os produtos da reação e os alojaram em pequenos frascos. Eles encontraram uma abundância de moléculas promissoras: 23 aminoácidos e quatro aminas, outro tipo de molécula orgânica. A adição de sulfeto de hidrogênio também levou à criação de enxofre contendo aminoácidos, que são importantes para a química da vida – a metionina, um desses elementos, inicia a síntese de proteínas.
Os resultados do experimento – que expôs uma mistura de gases vulcânicos, incluindo o sulfeto de hidrogênio, metano, amônia e gás carbônico a uma descarga elétrica – fizeram os cientistas acreditarem que as erupções vulcânicas, coincidindo com a luz, podem ter desempenhado um papel importante na síntese de grandes quantidades e de uma variedade de moléculas cruciais na Terra primitiva.
“A mistura de gás utilizada por Miller nesse experimento não estava presente em toda a atmosfera da Terra primitiva, mas pode ter sido comum em uma escala mais local, onde havia atividade vulcânica pesada”, explica Eric Parker, um componente da equipe de cientistas.
Em comparação, o famoso experimento de Miller-Urey 1953 expôs hidrogênio, vapor, metano e amoníaco a uma descarga elétrica. Os resultados iniciais foram muito menos moléculas orgânicas – apenas cinco aminoácidos. No entanto, Bada e sua equipe analisaram novamente essas amostras antigas, juntamente com os resultados anteriores não-publicados com técnicas modernas, e chegaram a uma variedade muito maior de produtos biologicamente importantes.
Os resultados do experimento de 1958, no entanto, mostram que a adição de sulfeto de hidrogênio à reação enriquece a mistura de moléculas orgânicas produzidas, segundo o relatório de Bada.
A reação de 1958 – que também incorporou o dióxido de carbono, um gás não incluído no experimento anterior – criou uma mistura mais parecida com a qual geocientistas acreditam agora compunha a atmosfera da Terra primitiva.
Os aminoácidos, que se combinam para formar proteínas, que por sua vez, formam estruturas celulares e controla as reações químicas nos seres vivos, não são exclusivos para a Terra. Eles foram encontrados em meteoritos, principalmente a partir de amostras adquiridas de asteróides e de um cometa, de acordo com Scott Sandford, cientista do Centro de Pesquisas da NASA, na Califórnia.
A equipe de Bada comparou os aminoácidos produzidos pelo experimento de 1958 com os contidos em um tipo de meteorito rico em carbono, conhecido como chrondite carbonácio. “Acreditamos que esses meteoritos tenham feito parte dos tipos de reações orgânicas que aconteceram no início do sistema solar”, afirma Bada.
”Há uma teoria de que a vida na Terra recebeu um ‘algo a mais’ a partir de moléculas orgânicas vindas do espaço”, diz Sandford. “Não há dúvida de que o espaço oferece muito mais dos blocos de construção moleculares para a vida terrestre, mas a questão é o papel desempenhado por essas moléculas no início da vida”, acrescenta.
Não é claro o motivo pelo qual Miller nunca analisou as amostras que ele produziu com o experimento de sulfeto de hidrogênio, mas Parker especula que pode ter tido algo a ver com o odor de ovo podre de sulfeto de hidrogênio.
“Quando eu estava trabalhando com eles na mão, podia sentir o cheiro”, conta Parker. “Não foi tão forte para ser insuportável, mas era o suficiente para me convencer a não enfiar o nariz na frente de novo”.
Odores desagradáveis ??à parte, a experiência foi inesquecível.
“É surreal segurar o frasco da amostra em suas mãos e olhar para caligrafia de Stanley Miller no rótulo”, orgulha-se Parker. “Foi uma oportunidade única de voltar no tempo e olhar o que ele fez e ser capaz de utilizar modernas técnicas de análise para analisar amostras produzidas mais de 50 anos e ver o que eles contêm ainda hoje”.
Formaldeído pode ter sido a base da vida na Terra
O formaldeído, substância que a ciência usa para duas funções básicas, na maioria: os taxidermistas o usam para embalsamar animais e empalhá-los, e biólogos o usam na conservação de alguns materiais e amostras. Aqueles que o utilizam sempre devem tomar cuidado, porque é notoriamente tóxico. Mas a natureza é irônica, e pesquisas recentes de uma instituição científica em Washington D.C (EUA) indicam que o formaldeído é base dos elementos básicos que formaram a Terra.
Composto de oxigênio, carbono e hidrogênio, o formaldeído é uma molécula encontrada por todo o sistema solar. É encontrado, inclusive, em meteoritos que penetram na atmosfera terrestre, e levam o nome de “formaldeído interestelar”. Foram matérias resultantes destes meteoritos os focos de estudo da pesquisa em questão.
Basicamente, os cientistas simularam, em laboratório, uma reação química a partir de formaldeído em moldes nos quais esta reação poderia ter acontecido naturalmente. O resultado disso foi uma “miniatura” do que se imagina que tenham sido os processos químicos que deram origem ao planeta, a partir de hidrogênio, oxigênio e carbono. Isso leva o cientistas a formular uma teoria na qual o formaldeído seria a base da matéria do sistema solar.
Vênus pode ter sido habitável
Em suas mais absurdas fantasias, cientistas espaciais podem pensar em formar colônias humanas na Lua ou em Marte, mas não cogitam Vênus. Hoje em dia o planeta é inóspito, devido à altíssima temperatura da superfície e sem ter praticamente nenhuma umidade. Mas não foi sempre assim.
Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) afirmam que Vênus pode já ter sido possuidor de largos oceanos e rios caudalosos, que permitiriam a vida de uma população tão variada quanto a que temos aqui na Terra.
A teoria é que a água foi se esvaindo devido à radiação ultravioleta do sol, que quebrava as moléculas de água (sim, separava o “H2” – Hidrogênio – do “O” – Oxigênio – e fazia os átomos evaporarem e se perderem no espaço), o que foi minando a água pouco a pouco, ao longo de milhões de anos. No entanto, isso é uma teoria, os cientistas afirmam que não se pode dizer, com certeza, que de fato havia oceanos.
De qualquer maneira, o planeta foi se modelando, e aquela superfície que supostamente continha água em abundância foi completamente derretida. Assim, o magma teria coberto totalmente essa estrutura, e hoje o plantes está dessa forma: mais quente e seco do que Brasília, e, ao contrário da capital federal, inabitável.
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