Usando dados do radiotelescópio ALMA, no Chile, uma equipe internacional de astrônomos acredita ter descoberto o primeiro caso de dois planetas que compartilham a mesma órbita.
A equipe detectou uma nuvem de detritos na órbita de um exoplaneta já conhecido, e essa nuvem pode ser formada pelos blocos constituintes de um novo planeta ou pelos restos de um planeta já formado.
Se for confirmada, esta descoberta será o primeiro caso de dois planetas que orbitam sua estrela no mesmo caminho, tornando-os planetas troianos, ou co-orbitais.
Os troianos, corpos rochosos na mesma órbita de um planeta, são comuns no nosso próprio Sistema Solar, sendo o exemplo mais famoso os asteroides troianos de Júpiter - mais de 12.000 corpos rochosos que se encontram na mesma órbita em torno do Sol que o gigante gasoso. Assim, não havia motivos para duvidar de que também pudessem existir planetas troianos, só que ninguém nunca havia conseguido observar um caso.
"Até agora, os exotroianos, planetas troianos exteriores ao nosso Sistema Solar, têm sido uma espécie de unicórnios, ou seja, apesar da teoria permitir que existam, nunca foram detectados," disse Jorge Lillo-Box, do Centro de Astrobiologia de Madrid, na Espanha.
O nome troianos surgiu quando da descoberta dos asteroides na órbita de Júpiter, que foram então batizados em homenagem aos heróis da guerra de Troia.
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