Astrônomos encontraram o buraco negro mais antigo já observado, quase tão antigo quanto o próprio Universo, e descobriram que ele está engolindo sua galáxia hospedeira, devendo levá-la à extinção.
O buraco negro está localizado na galáxia GN-z11, cerca de 100 vezes menor do que a Via Láctea. [Imagem: NASA/ESA/P. Oesch/Yale University]
As imagens do telescópio espacial Webb mostram que o buraco negro existia apenas 400 milhões de anos após o Big Bang, o que coloca esta observação em linha com várias outras que estão questionando o próprio modelo cosmológico padrão, já que fica difícil explicar como um buraco negro poderia ter surgido tão precocemente na história do Universo.Os astrônomos acreditam que os buracos negros supermassivos, encontrados no centro de galáxias como a Via Láctea, precisam de bilhões de anos para atingir seu tamanho característico. Para acomodar o tamanho deste buraco negro recém-descoberto na teoria, contudo, é preciso supor que, ou os buracos negros podem "nascer grandes", por algum mecanismo ainda não imaginado, ou que eles podem engolir matéria a uma taxa cinco vezes superior à que a teoria diz ser possível.
De acordo com o modelo cosmológico padrão, os buracos negros supermassivos formam-se a partir de restos de estrelas mortas, que entram em colapso e podem formar um buraco negro com cerca de 100 vezes a massa do Sol. Se crescesse da forma esperada, este buraco negro recém-detectado levaria cerca de um bilhão de anos para atingir o tamanho observado. No entanto, o Universo ainda não tinha nem metade disso quando este buraco negro já existia.
"É muito cedo no Universo para ver um buraco negro desta massa, por isso temos de considerar outros modos de formação," disse Roberto Maiolino, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Fonte: Inovação tecnológica
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