Oceano na Estrela da Morte
Saturno pode ter mais uma lua abrigando um oceano líquido abaixo de sua superfície gelada: Além do oceano já conhecido de Encélado, a pequena lua Mimas também pode conter água subterrânea, dizem astrofísicos.
Embora altamente improvável pelo aspecto externo, os cientistas acreditam que pode haver um oceano interno na lua Mimas, de Saturno, conhecida como a "Estrela da Morte do Sistema Solar". [Imagem: NASA/JPL-Caltech/SSI]
A conclusão é surpreendente porque Mimas, com apenas cerca de 400 km de diâmetro, parece um mundo árido e seco, com poucos ou nenhum sinal de camadas lisas de material congelado na superfície - Mimas é também conhecida por se parecer com a Estrela da Morte de Guerra nas Estrelas, graças a uma das maiores crateras de impacto conhecidas no Sistema Solar.
Contudo, a pequena lua também tem uma densidade muito baixa, de apenas 1,15 g/cm3, o que é compatível com uma grande quantidade de gelo de água.
Mas foi analisando a órbita de Mimas que Valéry Lainey e colegas do Observatório de Paris desconfiaram que pode haver água líquida abaixo de sua superfície gelada, uma espécie de oceano interno: A órbita da lua apresenta irregularidades que não podem ser explicadas apenas pelas interações de maré com Saturno.
Os dados coletados pela sonda espacial Cassini mostram que Mimas balança ligeiramente, o que produziu um deslocamento de 10 quilômetros de sua órbita em torno de Saturno ao longo de 13 anos.
Ao colocar esses dados em um simulador, a equipe descobriu que esse rebolar da lua pode ter duas explicações: Ou ela tem um núcleo interno com um formato de panqueca, o que é altamente improvável, ou há um oceano de água líquida em seu interior. Isso também parece improvável visualmente, devido à ausência de quaisquer marcas na superfície, mas esta foi a explicação escolhida pelos cientistas como a mais provável.
Se Mimas tem realmente um oceano interno, isso tem implicações significativas para a nossa compreensão do potencial de vida fora da Terra, sugerindo que mesmo luas pequenas e aparentemente inativas podem abrigar oceanos ocultos capazes de suportar condições essenciais à vida.
Fonte: Inovação Tecnológica
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