Ilustração mostra planeta orbitando estrela anã marrom
Observando uma estrela com massa pequena -entre 6% e 8% da da massa do Sol-, os pesquisadores detectaram ao redor dela a presença de um planeta apenas três vezes mais maciço que a Terra. O único planeta menor já visto fora do Sistema Solar orbita uma estrela de nêutrons -que não é uma estrela "viva", e sim aquilo que sobra de uma explosão estelar.
A estrela na qual o novo planeta orbita é mais parecida com o Sol, mas é do tipo que os astrônomos chamam de "anã marrom": pequena e com gravidade fraca demais para produzir energia por fusão nuclear. Como sua massa não foi determinada com precisão, porém, há chance de que ela seja uma "anã vermelha": já capaz de fundir átomos em seu núcleo.
"Nossa descoberta indica que mesmo as estrelas com as menores massas podem abrigar planetas", afirmou David Bennett, astrônomo da Universidade de Notre Dame (EUA), líder do estudo. O trabalho foi divulgado ontem St. Louis (EUA), no encontro anual da Sociedade Astronômica Americana.
Bennett e seus colegas conseguiram encontrar o pequeno planeta porque o telescópio que usaram -o MOA-2, na beira do lago Tekapo, na Nova Zelândia- é sensível o suficiente para detectar o desvio que seu tênue campo gravitacional causa na luz de sua estrela-mãe.
Registrado com a sigla MOA-2007-BLG-192Lb, o novo planeta deve ser mais frio que Plutão. Apesar de estar relativamente perto de sua estrela, a luz e a radiação que esta produz são muito poucas. Ele só tem chance de ser um pouco mais quente -e de abrigar vida- se elementos radioativos produzirem calor dentro dele próprio.
O estudo de Bennet sobre o planeta sai em setembro na revista "Astrophysical Journal".
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