Naves espaciais têm mostrado que a Terra não é o único planeta onde ocorrem relâmpagos. Em 1979 a nave Voyager 2 observou relâmpagos em Júpiter e em 2004 a nave Cassini observou relâmpagos em Saturno. Em ambos os casos, os relâmpagos parecem ser bem mais intensos do que aqueles na Terra. Há evidências de que existam relâmpagos em Urano e Netuno.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aparentemente, duas condições devem ser satisfeitas para que ocorram relâmpagos em outras atmosferas planetárias: a existência de partículas de diferentes tipos ou com diferentes propriedades (como temperatura), de modo que cargas opostas possam ser acumuladas em diferentes partículas; e significante separação espacial entre estas partículas carregadas.
Outros locais no sistema solar podem conter relâmpagos, tais como Vênus e os satélites Io (o mais interno de Júpiter) e Tritão (o maior satélite de Saturno), embora ainda não existam evidências conclusivas. Como mostra o Inpe, especula-se também que possam ter ocorrido relâmpagos no passado remoto de Marte, associado às erupções vulcânicas. O instituto explica que estudar dos relâmpagos em atmosferas radicalmente diferentes, como destes planetas, pode nos ajudar a compreender melhor as consequências de sua existência na Terra.
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