De todos os buracos negros que nós observamos no universo, somente uma pequena quantidade deles caem na classificação de buracos negros com massa intermediária. Esses são as antíteses dos buracos negros: muito massivos para nascerem da morte de uma única estrela, mas muito pequenos para serem monstros supermassivos vagando pelos centros das galáxias, os buracos negros de massa intermediária, ou IMBHs, são “simplesmente errados. A maior parte dos candidatos a IMBHs são duvidosos. Eles podem ser buracos negros menores, ou até mesmo estrelas de nêutrons, que estão se alimentando rapidamente, fazendo com que eles pareçam mais brilhantes, e assim, mais massivos, do que eles realmente são.
Uma maneira de potencialmente contar as pepitas de outro é usar o que são chamados de oscilações quase periódicas, ou QPOs, oscilações cíclicas nos sinais de raios-X dos buracos negros. Os astrônomos pensam que essas variações podem ser causadas por algum tipo de ponto quente profundo no disco de gás que alimenta o buraco negro. Se assim for, então uma frequência cíclica do QPO é o tempo que leva para essa fonte orbitar o buraco negro, e isso depende da massa do buraco negro. Para buracos negros com massas estelares, os QPOs, as vezes aparecem em pares, com uma frequência de razão 3:2.
Essas frequências integradas são também relacionadas com a massa do buraco negro, assim, os astrônomos podem usá-las para estimar o tamanho dos buracos negros. No ano passado, Dheeraj Pasham (do Goddard da NASA) e seus colegas usaram essa relação de QPO para estimar a massa do objeto que está produzindo sinais de raios-X na galáxia M82. Assim, eles calcularam a massa de aproximadamente 400 massas solares. Agora, a equipe tem observado outro sinal de raios-X ligado a um QPO, dessa vez, na galáxia NGC 1313. Eles estimaram que o objeto tem uma massa entre 3700 e 6300 Sóis.
Facilmente poderia se colocar ele na família dos IMBHs, cujos membros, devem ter uma massa estimada de centenas a centenas de milhares de vezes a massa do Sol. Se o resultado se manter, ele adiciona uma evidência crescente de que os buracos negros existem em todas as escalas. Mas é importante lembrar que a massa da fonte de raios-X da NGC 1313 é uma extrapolação de um sinal cuja natureza nós não entendemos totalmente. Você pode ler mais sobre o estudo no press release da Universidade de Maryland, ou no artigo da equipe, que foi publicado na edição de 20 de Setembro de 2015 do Astrophysical Journal Letters.
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