A comunidade científica está mostrando uma certa preocupação com a atividade "estranha e sonolenta" do Sol. Eles estão se perguntando como que esta atual fase do nosso astro, a mais fraca em termos de atividade registrada ao longo de um século e meio, poderia afetar a Terra. Durante muito tempo, as manchas solares foram uma constante durante o ciclo solar, que dura, aproximadamente 11 anos.
Atualmente, estas manchas e também as labaredas solares têm passado por um declínio acentuado em sua ocorrência. Desde o início do último ciclo solar, em dezembro de 2008, o número de manchas solares observadas está bem abaixo da média dos últimos 250 anos. Na verdade, de acordo com cientistas da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, este é o mais fraco ciclo de atividade do Sol nos últimos 50 anos. Além disso, o Sol também está apresentando anomalias na mudança de polaridade dos seus campos magnéticos. Normalmente, os polos sul e norte invertem simultaneamente a sua polaridade durante cada ciclo.
Este é um processo em que os campos magnéticos são enfraquecidos quase ao ponto de desaparecerem para, então, ressurgirem com a sua polaridade invertida. No entanto, durante o ciclo atual, os polos parecem estar fora de sincronia: apenas o polo norte inverteu sua polaridade, que agora é a mesma do polo sul. Alguns especialistas concordam que este fenômeno é resultado do início de uma longa e baixa atividade solar, como a que ocorreu entre 1650 e 1715, quando foram observadas poucas manchas solares. Esse período, conhecido como o "Mínimo de Maunder", ocasionou um resfriamento em algumas regiões do Terra, época chamada de "Pequena Idade do Gelo" na América do Norte e na Europa. Ou seja, estas áreas estariam sujeitas a invernos mais rigorosos do que o normal.
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