As florestas são derrubadas paralelamente ao desenvolvimento da civilização. Mas, no processo de industrialização, este processo ganhou uma envergadura de fato ameaçadora. Mesmo quando no fim do século passado ecologistas e científicos deram o alerta, não foi possível reverter a situação.
Os números são simples. Nos últimos doze anos, foram desmatados 1,5 dos 87 milhões de quilômetros quadrados das florestas. Se estes ritmos continuarem, dentro de sete séculos não haverá na Terra quaisquer árvores. Mas a humanidade poderá simplesmente não se dar conta disso. A redução das florestas levará à diminuição de oxigênio na atmosfera e ao aumento de gás carbônico, será mais difícil respirar e o clima irá tornar-se diferente. Provavelmente, a população do planeta não conseguirá adaptar-se a tais mudanças.
Hoje, praticamente por toda a parte há programas de recuperação e de preservação de florestas, que funcionam bastante eficazmente em alguns locais. Por exemplo, o Brasil lidera pelos ritmos de controle das perdas florestais: enquanto em 2003, no país foram cortados 40 mil quilômetros quadrados de florestas, esta quantidade diminuiu para metade em 2010.
Ao mesmo tempo, ao lado, no Paraguai, assim como na Malásia e Camboja são registrados os mais altos ritmos de desflorestação.
A Indonésia ocupa o primeiro lugar pelos derrubes florestais. Na Europa, assiste-se a um crescimento da área florestal.
A China enfrenta uma situação bastante grave. Mas, ultimamente, Pequim está gastando dezenas de bilhões de dólares para recuperar as florestas.
Enormes áreas florestais continuam a ser extintas na Rússia. Mas a situação não é tão ruim como os ecologistas tentam apresentar, afirma Vladimir Petrov, perito da Universidade Florestal de Estado Kirov:
"Se a área de desmatamento na Rússia for equiparada hoje às zonas de recuperação florestal, estaremos em boa situação. Em outras palavras, a superfície de recuperação na Rússia ultrapassa a área dos derrubes. Pergunte-se, porém: será que a qualidade da recuperação corresponde ao nível desejado? Infelizmente, nem sempre é assim."
O problema consiste em que, economicamente, as florestas de coníferas são mais vantajosas. Ao mesmo tempo, os abetos e pinhos crescem mais lentamente do que árvores foliáceas. Por outro lado, enquanto as árvores coníferas são ainda são pequenas, as foliáceas esmagam-nas literalmente. Este fenómeno é sobretudo evidente durante a recuperação natural de florestas, aponta o diretor do Instituto de Investigação Científica de Silvicultura e de Mecanização da Economia Florestal, Anatoli Petrov:
"Destaque-se que sempre há floresta no local de derrube. Queremos contudo que cresça uma floresta conífera e, em vez dela, cresce a foliácea. No entanto, podem acreditar, dentro de 60 anos a floresta foliácea será substituída naturalmente pela conífera. Este é um processo normal. Simplesmente, a economia russa está interessada em florestas coníferas. Mas, para a ecologia, a melhor floresta é a foliácea, que absorve gás carbônico e liberta oxigênio melhor em comparação com as florestas coníferas."
Diferentemente dos cortes industriais, que podem ser regulados, as calamidades naturais, incêndios e ataques de pragas são mal controlados e causam prejuízos à natureza não inferiores à atividade humana. Ao mesmo tempo, os respetivos dados nem sempre se refletem plenamente em relatórios oficiais. Não se expõem também os dados sobre cortes de madeira ilegais.
O primeiro mapa interativo global das florestas, criada por cientistas americanos, ajudará a controlar o estado da camada verde no planeta. Através de centenas de fotografias, tiradas a partir de satélites entre os anos 2000 e 2012, é possível registar a alteração do estado das florestas no planeta. Além disso, o mapa permite descobrir cortes ilegais de grande envergadura, o que é importante para muitas regiões, inclusive para a Rússia.
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