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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Estrela pulsante dá luz a exoplaneta



Uma equipe de pesquisadores desenvolveu uma forma de medir as propriedades internas de estrelas – um método que oferece avaliações mais precisas dos planetas em órbita nelas. A pesquisa foi conduzida por uma equipe multinacional de cientistas, incluindo físicos da Universidade de Nova York, da Universidade de Princeton (ambas nos EUA) e do Instituto Max Planck (Alemanha).
Os pesquisadores examinaram a HD 52265, uma estrela de cerca de 92 anos-luz de distância e quase 20% mais massa do que o sol. Mais de uma década atrás, os cientistas identificaram um exoplaneta (um planeta fora do nosso sistema solar) na órbita da estrela. A HD 52265, então, serviu como modelo ideal para medir propriedades das estrelas e saber como essas propriedades podem lançar luz sobre sistemas planetários.

Anteriormente, os cientistas analisavam as propriedades das estrelas como raio, massa e idade considerando as observações de seu brilho e cor. Muitas vezes, as propriedades dessas estrelas não eram conhecidas com precisão suficiente para caracterizar ainda mais os planetas próximos a elas.
No novo estudo, os cientistas adotaram uma abordagem diferente para caracterizar os sistemas planetários em volta de estrelas: sismologia, que identifica as propriedades internas de estrelas medindo suas oscilações de superfície. Alguns compararam essa abordagem com o uso dos sismólogos de oscilações sísmicas para examinar o interior da Terra.

Eles foram capazes de fazer várias avaliações de traços da estrela, incluindo a sua massa, raio, idade e – pela primeira vez – a rotação interna. Os pesquisadores usaram o telescópio espacial CoRoT, parte de uma missão espacial liderada pela Agência Espacial Francesa em conjunto com a Agência Espacial Europeia para detectar pequenas variações na intensidade da luz das estrelas. Assim, confirmaram a validade dos resultados sísmicos, comparando-os com medições independentes de fenômenos relacionados. Estes incluíram o movimento de manchas escuras na superfície da estrela e sua velocidade de rotação espectroscópica.
Ao contrário de outros métodos, a técnica de sismologia retorna tanto o período de rotação da estrela quanto a inclinação do eixo de rotação para a linha de visão.

Os cientistas puderam, então, usar essas conclusões para tomar uma decisão mais definitiva sobre um exoplaneta em órbita na estrela. Embora ele já havia sido identificado como exoplaneta por outros cientistas, algumas dúvidas foram levantadas sobre esta conclusão, indicando que o planeta poderia ser na verdade uma anã marrom – um objeto muito pequeno para ser uma estrela e muito grande para ser um planeta.

Mas, armados com os cálculos precisos que vieram com o estudo da sismologia, os pesquisadores foram capazes de aumentar a segurança da conclusão anterior. Especificamente, devido à inclinação do eixo de rotação da HD 52265 e a massa mínima exoplanetária vizinha, os pesquisadores conseguiram deduzir a verdadeira massa do último – cerca de duas vezes maior que o planeta Júpiter e, por conseguinte, demasiado pequeno para ser uma anã marrom.

O número sem dimensão que diz que nada no mundo é sólido

This number proves that nothing in the world is solid

Reologia é um ramo da ciência que estuda a maneira como os materiais se deformam quando sofrem ação de uma tensão. Ela possui um lema: “Tudo flui”.
Agora, cientistas desse ramo inventaram um número adimensional, chamado de número de Deborah, para quantificar esse lema.
Segundo a reologia, campo criado em 1928 com a colaboração de um engenheiro, um químico e um professor de línguas clássicas, tudo no mundo tem propriedades líquidas, inclusive montanhas.

Ela estuda, entre outras coisas, o comportamento de fluidos de diferentes viscosidades, bem como os fluidos não newtonianos – como ketchup e veneno de cobra – que fluem livremente apenas quando colocados sob certas tensões mecânicas.
O objetivo maior da reologia, no entanto, é muito mais ambicioso. Para definir o escopo da ciência, seus criadores foram por um caminho que nem sempre leva aos melhores resultados: a Bíblia.
Em “Juízes”, a profetisa Débora (Deborah) diz “As montanhas fluíram diante do Senhor”. Segundo os cientistas, as montanhas podem fluir porque mesmo material sólido, quando colocado sob estresse, muda de forma e de “fluxo”. O problema é que a montanha só fluiu diante do Senhor porque o Senhor tem o tempo em suas mãos.
Com tempo suficiente, sólidos podem fluir como líquidos – assim obtemos o número de Deborah, originalmente proposto por Marcus Reiner, professor do Instituto de Tecnologia de Israel e atualmente professor visitante no Instituto Politécnico do Brooklyn (EUA).
É um número sem dimensão, definido pelo tempo de “relaxamento” da substância dividido pelo tempo de observação. Quanto maior o número de Deborah, mais sólido é o material, e mais tempo leva para vê-lo fluir. Alguns números de Deborah devem ser bastante elevados, mas o que os cientistas sugerem é que tudo no mundo tem um.
De acordo com Reiner, o número de Deborah está destinado a se tornar fundamental na reologia, colocando sólidos e fluidos sobre um conceito comum.

A probabilidade do planeta virar um inferno nas próximas décadas

The actual probability of Earth going to hell in the next few decades

Sabemos que a mudança climática já está alterando o clima da Terra, mas parece que ninguém sabe exatamente em que nível isso será prejudicial para nossa vida no futuro. Desculpem-nos os esperançosos, mas temos uma má notícia: cientistas tem uma boa noção das probabilidades da Terra virar um inferno nas próximas décadas, e elas são altas.
Pelo menos é essa a ideia de alguns cientistas como Felix Pharand Deschene, que coordenou a produção do vídeo abaixo (em inglês), baseado em informações recentes fornecidas pelo IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), estabelecido em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial.

A emissão de dióxido de carbono está acelerando, assim como outros gases do efeito estufa, que estão chegando a níveis nunca antes observados na história da humanidade. O sistema climático está se alterando rapidamente.
De acordo com o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, é extremamente provável que os humanos sejam a causa dominante do aquecimento global observado nos últimos 60 anos.

Sem cortes nas emissões de gases do efeito estufa, é provável que a Terra tenha o aumento de 2 graus Celsius em relação ao período pré-industrial. De acordo com o relatório, o aumento pode acontecer até o ano 2050. Acredita-se que em 2100, ondas de calor virão com mais frequência, e é muito provável que o nível do mar aumente bruscamente, com o derretimento das geleiras. Cidades e zonas costeiras podem se tornar completamente vulneráveis.

As sociedades do futuro muito provavelmente terão que se adaptar às mudanças climáticas. Para não tornar nosso planeta praticamente inabitável, dependemos das decisões tomadas agora. Ainda é possível permanecer com o clima atual, sem o aumento de 2 graus. Para nos mantermos neste nível climático, a humanidade poderia emitir apenas mais 250 bilhões de toneladas de carbono – nós queimamos cerca de 10 bilhões de toneladas de carbono por ano. Isso quer dizer que, no ritmo atual, vamos atingir o limite máximo cotado em apenas 25 anos – a não ser que as lideranças mundiais resolvam se unir para tentar reverter este quadro.

Vídeo : 37 mil observações científicas em um minuto

Telescópio Herschel | Notícias | The History Channel

A Agência Espacial Europeia (ESA) produziu um vídeo impressionante que mostra mais de 37 mil observações científicas realizadas pelo telescópio espacial Herschel, durante seus quatro anos de atividade. Maior instrumento do tipo já enviado ao espaço, ele registrou imagens desde 14 de maio de 2009 até 29 de abril de 2013. Todo este material está ordenado cronologicamente e condensado em um minuto de pura magia espacial. Uma das características de Herschel que o ajudou a contar essa grande história está em sua lente principal de 3,5 metros de diâmetro, o que o tornou o mais poderoso telescópio infravermelho no espaço.  

O autor da animação é Pedro Gómez Álvarez, membro do Grupo de Apoio à Comunidade do Centro de Ciência Herschel, que apresentou o trabalho publicamente no simpósio "O Universo Explorado por Herschel".

Esta grande obra espacial da ESA registrou mais de 25 mil horas de dados e ajudou na pesquisa do nascimento de estrelas e formação de galáxias, focando, principalmente, no Plano Galáctico, região em que se concentra a maior parte da massa da Via Láctea. Encerrada sua missão, os dados coletados ficaram à disposição da comunidade astronômica internacional a partir de 29 de outubro.   


Aprendendo a criar vida artificial



Químicos deram um passo importante na criação de formas de vida artificial a partir do zero. Usando uma reação química, eles criaram membranas celulares de automontagem, envelopes que contêm estruturas e apoio para as reações necessárias para a vida.
“Uma das nossas metas mais ambiciosas a longo prazo é tentar fazer uma célula artificial, uma unidade que viva sinteticamente, um organismo vivo a partir de moléculas sem vida que nunca entraram em contato com algum organismo vivo”, explicou Neal Devaraj, professor de química na Universidade da Califórnia, EUA. “Presumivelmente, isso ocorreu em algum momento no passado. Caso contrário, a vida não existiria”.

Montando a membrana celular, componente essencial da vida na Terra, sem nenhum precursor biológico, os pesquisadores esperam iluminar a origem da vida. “Nós ainda não entendemos este passo fundamental em nossa existência, que é como a matéria não viva se transformou em matéria viva”, disse Devaraj.

Moléculas que compõem as membranas celulares têm cabeças que se misturam facilmente com água e caudas que a repelem. Na água, elas formam uma dupla camada com as cabeças para fora e caudas para dentro, uma barreira que retém o conteúdo da célula.

Devaraj e o estudante Itay Budin, da Universidade Harvard, criaram moléculas similares com uma reação que une duas cadeias de lipídios. A natureza utiliza enzimas complexas que são incorporadas em membranas para unir os lipídios, tornando difícil entender como as primeiras membranas surgiram.
“No nosso sistema, nós usamos uma espécie de catalisador primitivo, um íon de metal muito simples”, disse Devaraj. “A reação em si é completamente artificial. Não há equivalente biológico desta reação química. E assim que você poderia ter uma formação de membranas”.
Eles criaram as membranas sintéticas a partir de uma emulsão aquosa de um óleo e um detergente. Sozinhas, elas são estáveis. Eles adicionaram íons de cobre, vesículas resistentes e túbulos começaram a brotar as gotículas de óleo. Após 24 horas, as gotículas de óleo se foram, “consumidas” pelas membranas celulares de automontagem.

Embora outros cientistas tenham anunciado recentemente a criação de uma “célula sintética”, só foi feito o seu genoma artificial. Para a vida artificial plena, é necessário a união de ambos os genomas de um portador de informação e uma estrutura tridimensional para abrigá-lo.
O valor real desta descoberta pode residir em sua simplicidade. A partir de precursores disponíveis comercialmente, os cientistas precisam apenas de um passo para a criação de cada cadeia lipídica.

Atividade Estranha do Sol

Cansaço do Sol | Notícias | The History Channel

A comunidade científica está mostrando uma certa preocupação com a atividade "estranha e sonolenta" do Sol. Eles estão se perguntando como que esta atual fase do nosso astro, a mais fraca em termos de atividade registrada ao longo de um século e meio, poderia afetar a Terra.   Durante muito tempo, as manchas solares foram uma constante durante o ciclo solar, que dura, aproximadamente 11 anos.

Atualmente, estas manchas e também as labaredas solares têm passado por um declínio acentuado em sua ocorrência. Desde o início do último ciclo solar, em dezembro de 2008, o número de manchas solares observadas está bem abaixo da média dos últimos 250 anos. Na verdade, de acordo com cientistas da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, este é o mais fraco ciclo de atividade do Sol nos últimos 50 anos.   Além disso, o Sol também está apresentando anomalias na mudança de polaridade dos seus campos magnéticos. Normalmente, os polos sul e norte invertem simultaneamente a sua polaridade durante cada ciclo.

Este é um processo em que os campos magnéticos são enfraquecidos quase ao ponto de desaparecerem para, então, ressurgirem com a sua polaridade invertida. No entanto, durante o ciclo atual, os polos parecem estar fora de sincronia: apenas o polo norte inverteu sua polaridade, que agora é a mesma do polo sul.   Alguns especialistas concordam que este fenômeno é resultado do início de uma longa e baixa atividade solar, como a que ocorreu entre 1650 e 1715, quando foram observadas poucas manchas solares. Esse período, conhecido como o "Mínimo de Maunder", ocasionou um resfriamento em algumas regiões do Terra, época chamada de "Pequena Idade do Gelo" na América do Norte e na Europa. Ou seja, estas áreas estariam sujeitas a invernos mais rigorosos do que o normal. 

Hubble vê um aglomerado globular antigo e misterioso



O Telescópio Espacial Hubble mostra-nos a melhor imagem do denso aglomerado globular Messier 15, um grupo de estrelas bastante antigas que orbita o centro da Via Láctea.
Este aglomerado contém mais de 100 mil estrelas e encontra-se a cerca de 35.000 anos-luz de distância da Terra.
A sua idade é de cerca 12 bilhões de anos.

No seu centro encontra-se algo escuro e misterioso: ou é um grupo de estrelas escuras de neutrões ou então será um buraco negro de massa intermédia (fruto da colisão de dois ou mais buracos negros estelares).

A Bioética e a sua importância para as Ciências



Bioética (em grego: Βιοηθική = bios "vida" + ethos "ética") é um conjunto de conhecimentos teóricos que visam analisar a conduta humana a partir de um ponto de vista racional. Envolve aspectos éticos e legais que estejam ligados ao manejo da vida em geral, seja humana ou animal, incluindo também questões ambientais. É útil como norteadora para pesquisas em áreas relacionadas às Ciências Biológicas e da Saúde (como a ética médica e em outras profissões), bem como em atividades relacionadas com o exercício do Direito.

A Ética, enquanto ramo da Filosofia, se ocupa das questões pautadas no comportamento humano e nas ações identificadas com o bem. Busca entender tais valores com base exclusivamente na razão. Costuma ser confundida com a moral, que por sua vez envolve aspectos culturais e sociais, variando de acordo com os valores normativos que são aceitos em determinado grupo ou contexto.

Com o passar do tempo, os estudos científicos se aprofundaram, de forma que a Ética começasse a ser vista enquanto disciplina de aplicação científica, justamente por conta das implicações que esta possui e da maneira que se integra dentro das ciências.

- Princípios nos quais a Bioética se consolida -

1. Não-Maleficência: Baseia-se em ações que visem não causar danos a outro indivíduo intencionalmente.

2. Beneficência: Fundamentada em atos que visem beneficiar ou preservar a integridade do outro.

3. Respeito à Autonomia: Significa preservar a liberdade do outro, principalmente no que tange às decisões e escolhas individuais.

4. Justiça: Inclui o tratamento igualitário destinado a todos, sem distinções.

Podemos citar elementos considerados de suma importância para a delimitação dos objetivos da bioética: Diálogo (diplomacia entre os indivíduos), Argumentação (construção e organização das ideias), Racionalidade (o uso da razão como base), Coerência (o uso da lógica como parâmetro), Consenso (o acordo mútuo entre duas ou mais partes) e Decisão (a conclusão obtida por meio de escolhas conscientes).

Quais são as partículas que se soltam durante o lançamento de um foguete ?



A maior parte das partículas que caem do foguete durante o lançamento são de gelo, formadas nos tanques não isolados de oxigênio líquido. O combustível dentro do tanque de hidrogênio líquido é mantido a -251ºC e precisa de isolamento devido à rapidez com que as trocas de calor são realizadas. O isolamento também previne a formação de gelo.

O oxigênio líquido também é mantido a temperaturas baixas, cerca de -172ºC, mas não é isolado para não acrescentar peso demais ao foguete.

O gelo formado no lado de fora é parte do vapor de água contido na atmosfera, que em contato com a superfície fria e não isolada do oxigênio líquido acaba congelando.

A região R Coronae Australis fotografada pelo Wide Field Imager em La Silla



A região de formação estelar próxima de nós, situada em torno da estrela R Coronae Australis, fotografada pelo Wide Field Imager (WFI), instrumento montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, no Observatório de La Silla, no Chile. 

Esta fotografia, que cobre um campo de 33,7 X 31,9 minutos de arco (cerca do tamanho da Lua cheia), é a combinação de doze imagens CCD, com 67 milhões de pixeis cada uma, obtidas através dos filtros B, V e R, com quatro exposições de cinco minutos cada.

Imagem VST do enxame globular gigante Omega Centauri



Essa imagem pode muito bem ser a melhor fotografia obtida até agora do enxame globular Omega Centauri. 

Omega Centauri, situado na constelação do Centauro, é o maior enxame globular no céu, no entanto o enorme campo de visão do VST (VLT Survey Telescope) e a sua poderosa câmera OmegaCAM conseguem apanhar até as regiões exteriores mais ténues deste objeto espetacular.

Esta imagem inclui cerca de 300,000 estrelas.

Os dados foram processados com o auxílio do sistema VST-Tube desenvolvido por A. Grado e colaboradores do INAF-Observatório de Capodimonte.

O famoso... EFEITO BORBOLETA



Todo mundo já ouviu falar da Teoria do Caos, correto? Onde uma mudança de um fenômeno qualquer pode gerar consequências no futuro. O efeito borboleta se encaixa nesta teoria. Este fenômeno foi analisado pela primeira vez pelo meteorologista estadunidense Edward Lorenz, enquanto fazia estudos da evolução do clima.

O efeito borboleta nada mais é que, se uma borboleta bate as asas no Brasil, talvez esta ação poderá desencadear um tufão do outro lado do mundo, ou seja, Pequim por exemplo. Porém esta teoria não só encaixa-se com "borboletas". Ela na verdade (a teoria do caos) diz a respeito que uma atividade qualquer, por menor que seja, pode criar alguma consequência ou efeito no futuro.

Água Líquida em Marte pode ter sido Resultado do Efeito Estufa Causado pelo Hidrogênio.



Artigo publicado na Nature simula modelo climático que combina hidrogênio, dióxido de carbono e água em Marte primitivo. Assim, poderia haver um efeito de aumento de temperatura (efeito estufa) no qual poderia permitir a existência de água líquida.

Talvez o diferencial desse trabalho seja mostrar uma combinação qualitativa e quantitativa de um modelo possível existente nessa época, além de estar em concordância com as evidências geológicas.

A Nebulosa Carina obtida pelo VST Survey Telescope



A Nebulosa Carina, uma espectacular região de formação estelar, foi capturada em grande detalhe pelo VLT Survey Telescope, situado no Observatório do Paranal do ESO. 

Esta imagem foi obtida com a ajuda de Sebastián Piñera, Presidente do Chile, quando visitou o observatório em 5 de junho de 2012 e divulgada por ocasião da inauguração do novo telescópio em Nápoles, em 6 de dezembro de 2012. 

Meteorito é um Pedaço da Antiga Crosta Marciana.



Encontrado uma amostra de rocha que pode ser a mais antiga vinda de Marte, datado de 4,4 bilhões de anos. Essa data é "apenas" 100 milhões de anos após a condensação da poeira estelar que formaria o sistema solar. Com o estudo de informação químicas do meteorito os pesquisadores foram capazes de calcular a espessura da crosta de Marte. O resultado encontrado está em concordância com as estimativas realizadas de maneira independente por sondas, e confirmam a tese que Marte não sofreu um impacto gigante capaz de ter derretido sua crosta em seu passado primordial.

A vida na Terra surgiu por acaso?

Chemists show life on Earth was not a fluke

A origem da vida na Terra ainda é um grande mistério. Os pesquisadores não sabem dizer como ocorreu seu surgimento a partir de conjuntos de produtos químicos inanimados. Isso porque é difícil saber quais produtos existiam há mais de três bilhões de anos – mas podemos estudar as biomoléculas que temos hoje para descobrirmos mais sobre o assunto.
Máquinas moleculares presentes nas células, misturadas com produtos químicos gordurosos, formam uma versão primitiva de membrana celulares – o estudo dessas máquinas, por exemplo, pode ser uma descoberta fantástica que irá explicar como a vida se formou na Terra e como pode se formar em outros planetas.

Em 1987, o Prêmio Nobel de Química foi dado a Donald J. Cram, que demonstrou como moléculas complexas podem executar funções muito precisas. Um dos comportamentos destas moléculas é chamado de auto-organização, pois vários produtos químicos diferentes se juntam graças às muitas forças que atuam sobre eles, formando assim uma máquina molecular que permite a execução de tarefas complexas.

Mais antiga forma de vida na Terra pode ter sido encontrada
Pasquale Stano e seus colegas da Universidade de Roma (Itália) estavam interessados em utilizar este conhecimento para investigar as origens da vida. Para tornar as coisas simples, eles escolheram um conjunto que produz proteínas. Este conjunto é constituído de 83 diferentes moléculas de DNA, programadas para a produção de uma proteína fluorescente verde, que pode ser observada com um microscópio confocal.
Este conjunto só produz proteínas quando as moléculas estão próximas o suficiente a ponto de reagir uma com a outra. Porém, quando o conjunto é diluído com água, elas não podem mais reagir. É este um dos motivos para o interior das células ser cheio.

Compostos orgânicos que criaram vida na Terra podem ter se formado ao redor do sol
Tentando recriar esta aglomeração molecular para entender a origem da vida, Stano adicionou um produto químico chamado POPC à solução diluída. Moléculas gordurosas, tais como a POPC, não se misturam com água, e quando colocadas no líquido, formam automaticamente os chamados lipossomas, que possuem uma estrutura parecida à das membranas de células vivas, por isso são bastante utilizados para o estudo da evolução das células.

Com o estudo, Stano relatou que cinco em cada mil lipossomas tinham todas as 83 moléculas necessárias para a produção da proteína. Estes lipossomas produziram uma grande quantidade da proteína GFP e brilharam verde sob um microscópio.

Cálculos computacionais revelam que, mesmo por acaso, cinco lipossomas em mil não poderiam ter juntado todas as 83 moléculas do conjunto – a probabilidade calculada é essencialmente zero, o que significa que algo bastante singular está acontecendo.
Stano e os outros pesquisadores da sua equipe ainda não entenderam por que isso aconteceu. Pode ainda ser um processo aleatório que um modelo estatístico possa explicar. É possível que estas moléculas particulares estejam adequadas para este tipo de automontagem por já estarem altamente evoluídas.

13 “golpes de sorte” que permitiram o surgimento da vida na Terra
Um próximo passo importante é descobrir se moléculas semelhantes, mas menos complexas, são capazes de repetir o mesmo efeito.
Independentemente das limitações, o experimento de Stano demonstrou pela primeira vez que a automontagem em células simples pode ser um processo físico inevitável. Descobrir exatamente como isso acontece significa dar um grande passo para a compreensão de como a vida no planeta Terra se formou.

A Nebulosa Ômega




Imagem composta a três cores da Nebulosa Ômega (Messier 17 ou NGC 6618), criada a partir de dados obtidos com o instrumento EMMI, montado no New Technology Telescope do ESO de 3,58 metros, instalado no Observatório de La Silla, no Chile. 

O norte é para baixo e o leste para a direita. 

A imagem cobre um ângulo equivalente a cerca de um terço do diâmetro da Lua cheia, o que corresponde a aproximadamente 15 anos-luz à distância da Nebulosa Ômega.

Os três filtros utilizados foram B (azul), V (visível ou verde) e R (vermelho).

Um olhar profundo na estranha galáxia Centaurus A




A galáxia peculiar Centaurus A (NGC 5128) aparece nesta imagem obtida pelo instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile. 

Com um tempo total de exposição de mais de 50 horas, esta é provavelmente a imagem mais profunda já criada deste espetacular e incomum objeto

Messier 15: Aglomerado Globular ( também conhecido como NGC 7078)



É um aglomerado globular localizado na constelação de Pegasus. Foi descoberto por Jean-Dominique Maraldi em 1746 que tem cerca de 1,2 bilhões de anos, é um dos mais antigos aglomerados conhecidos. M15 está a aproximadamente 33.600 anos luz de distância da terra e medindo 175 anos luz de comprimento. Ele tem uma magnitude absoluta de -9,2, o que se traduz uma luminosidade de 360.000 vezes a do Sol.

Créditos da Imagem: Nasa, Esa.

Descoberta de vida extraterrestre até 2020 – Mercúrio ou Marte?


A primeira se refere aos resultados da primeira análise completa do solo marciano realizada pela sonda Curiosity e a aparente “atmosfera de mistério” com que o relatório da NASA foi cercado até sua publicação na União Geofísica Americana do dia 03 de dezembro.
E a segunda, relacionada com a descoberta de gelo e compostos orgânicos complexos em Mercúrio.
Evidentemente tudo a ver com meu artigo de 15 de julho “Descoberta de Vida Extraterrestre até 2020” – sugerindo que um azarão tinha entrado no páreo.
De fato, Mercúrio seria um dos últimos astros a ser cotado como forte candidato a abrigar formas de vida (mesmo primitivas), seja em virtude das elevadas temperaturas de sua superfície, seja pela elevada dosagem de radiação ultravioleta que a tudo esteriliza – dada sua órbita ser a menos afastada do Sol.
Ironia ou não, a discussão se reacendeu, muito mais por Mercúrio do que por Marte.
Em alguns e-mails, meus leitores, que também ousam fazer algumas previsões, sugerem que Mercúrio poderia ser a descoberta do século – pois algumas crateras de seu polo norte ficam “às escuras” livres de toda a abundância esterilizadora da energia solar.
Mesmo com a pouca probabilidade desse azarão entrar na galeria dos planetas premiados com a possibilidade de vida, a notícia por si só faz acender algumas luzes em nossos painéis de assombro.
Isso sem contar Titã – a célebre lua de Saturno – cujos indícios da presença de oceano de água se tornaram mais concretos depois das análises dos dados coletados pela sonda Cassini.
Marte surge como favorito, principalmente com os esforços realizados nesses últimos anos e a divulgação da agenda de novas missões:
2013 – Sonda MAVEN (NASA)
Como a própria sigla sugere, a sonda MAVEN para Mars Atmosphere and Volatile EvolutioN ( evolução da atmosfera e ambientes voláteis de Marte) deverá estudar a atmosfera superior de Marte tendo como um dos principais objetivos descobrir o que ocorreu com os oceanos que parecem ter coberto Marte no passado
2016 – Missão InSight (NASA)
Programada para ser lançada em Março de 2016 e chegar a Marte em Setembro do mesmo ano a Insight terá como objetivo principal o estudo do interior de Marte, na tentativa de descobrir porque o planeta não possui placas tectônicas que se deslocam, como na Terra e o que provoca seus abalos sísmicos e com isso tentar entender um pouco mais sobre a formação dos planetas rochosos.
2016/2018 – Missão ExoMars (NASA/ESA)
Em missão conjunta com a Agência Espacial Europeia (ESA) a missão ExoMars composta por módulo orbitador e veículo de exploração no solo tem como principal objetivo a busca por gelo e água e também sinais de vida.
2020 – PRÉVIA ORBITAL (NASA)
Um novo veículo robô, similar ao Curiosity, terá como principal tarefa levantar as informações necessárias para viabilizar a missão tripulada de 2030.
Com todas essas novas missões para o planeta vermelho ouso reiterar o que já afirmei – a declaração oficial da descoberta de vida não terrestre é apenas uma questão de tempo.
Minha previsão é que isso ocorrerá até 2020. Qual é a sua, meu caro leitor?

A origem do oxigênio na atmosfera da Terra

cyanobacteria
O oxigênio compõe 21% da nossa atmosfera e é o terceiro elemento mais abundante do universo. Ainda assim, não é uma molécula fácil de se manter. Ele é extremamente reativo, formando óxidos e outros compostos com praticamente todos os outros elementos da tabela periódica.
Mas se é assim, tão reativo, como foi que a nossa atmosfera conseguiu acumular tanto oxigênio? A resposta está nas cianobactérias, também conhecidas como algas azuis. Estas algas são capazes de usar a luz do sol, e combinar água com dióxido de carbono formando carboidratos e oxigênio. Este processo, a fotossíntese, é feito não só pelas algas, mas também pelos cloroplastos das plantas, que não deixam de ser algas incorporadas simbioticamente.

Encontraremos vida fora da Terra em breve?
Durante o Arqueano, uma das eras geológicas do nosso planeta, os micróbios primitivos viviam do jeito antigo – anaerobicamente. Estes organismos, e seus descendentes “extremófilos”, sobreviviam com ausência do oxigênio, usando o sulfato para atender suas necessidades energéticas.
Cerca de 2,45 bilhões de anos atrás, a taxa isotópica do enxofre mudou, indicando que pela primeira vez o oxigênio estava se tornando um componente importante da atmosfera terrestre, de acordo com um trabalho publicado no ano 2000. Aproximadamente ao mesmo tempo, o ferro oxidado começou a aparecer em solos antigos, e faixas de ferro foram depositadas no solo oceânico, um produto das reações do oxigênio com a água do mar.

Os 7 piores dias do planeta Terra

Sabemos quando aconteceu – a produção de oxigênio começou em torno de 2,7 a 2,8 bilhões de anos atrás, e a oxigenação da atmosfera cerca de 2,45 bilhões de anos atrás -, mas não sabemos ainda por que as cianobactérias tomaram conta, quais os níveis de oxigênio na época, e por que levou mais um bilhão de anos para os níveis do elemento subirem o suficiente para permitir a evolução dos animais.
Mais importante ainda, como foi que o nível atual foi atingido? Por que o equilíbrio ficou em 21% e não 10% ou 40%? É entendido que o clima, os vulcanismos, as placas tectônicas, e outros fatores tiveram seu papel na regulação do nível de oxigênio em vários períodos de tempo, mas ainda não há um teste confiável para determinar o valor exato da quantidade de oxigênio na atmosfera a qualquer tempo no registro geológico.

Nebulosa Buraco da Fechadura



A Nebulosa Buraco da Fechadura recebe o seu nome devido à sua estranha forma. Com o nome oficial de NGC 3324, é uma região sobreposta à maior Nebulosa Eta Carina. Estas nebulosas foram criadas pela estrela Eta Carina, que é dada a erupções violentas durante os seus séculos finais. Observada e discutida em 1840 quando uma espectacular explosão se tornou visível, o sistema Eta Carina parece agora passar por um esquisito período de mudança.

Uma nebulosa de emissão que contém muito pó, a Nebulosa Buraco de Fechadura situa-se aproximadamente a 9,000 anos-luz de distância. Este fotogénico objecto pode ser visto até por um pequeno telescópio. Recentemente descobriu-se que a Nebulosa Buraco da Fechadura contém nuvens altamente estruturadas de gás molecular.

Nascimento de buraco negro é testemunhado e marca divisor de águas para a astronomia


raptor 1

A quase impossibilidade da astronomia observacional nunca foi tão clara. Com astrônomos tendo registrado tantos eventos em tantos instrumentos diferentes, simplesmente apontar telescópios para as estrelas tem proporcionado retornos decrescentes.
Para que continuemos avançando, precisamos nos voltar a eventos mais incomuns e até violentos do universo, a fim de conquistar dados verdadeiramente novos. Não é apenas uma questão de paciência, uma vez que a indústria do espaço não pode configurar telescópios suficientes para olhar para todos os lugares ao mesmo tempo. Com tanta coisa esperando pelo zoom certo, poderia parecer uma causa perdida tentar capturar eventos inesperados de curta duração.


Buracos negros podem ser portais para outros universos
E, no entanto, esta semana, um evento importante aconteceu em algum lugar do universo, agora denominado GRB 130427A, e uma “armada de instrumentos” em todo mundo o viu produzir uma explosão de raios gama mais poderosa do que o que muitos pesquisadores acreditavam ser teoricamente possível.

Aparentemente, vimos o colapso de uma estrela gigante e o nascimento de um buraco negro, evento descrito como um “momento de pedra de Roseta” para a astronomia – em referência ao fragmento de uma coluna monolítica que permitiu que os hieróglifos egípcios fossem decifrados. Ele enviou informações que os astrônomos ainda estarão estudando por muitos anos, e, por mais que ainda seja cedo para chegar a qualquer conclusão, já existe uma excitação generalizada sobre a absoluta novidade no fenômeno.

E, no entanto, o GRB 130427A só durou cerca de 80 segundos com intensidade observável. Com tanto espaço vazio de para monitorar, como é que os astrônomos conseguiram observar o evento, quanto mais documentá-lo tão profundamente? A resposta está no Novo México (EUA), nos Laboratórios Nacionais de Los Alamos, na forma de seis câmeras robóticas referidas coletivamente como RAPTOR ou RAPid Telescópios de Resposta Óptica.
Os telescópios RAPTOR são interligados em rede e todos obedecem um cérebro de computador central. Entre seu hardware de computação dedicado e suas estruturas robóticas giratórias, eles podem se virar para ver qualquer ponto no céu em menos de três segundos.

Buraco negro é flagrado engolindo planeta gigante pela primeira vez
Como são os dispositivos mais rápidos do mundo em “resposta óptica”, os telescópios do RAPTOR têm um grande dever: ter certeza de que você não perca as coisas grandes quando elas acontecem, porque em astronomia não há segundas chances. Acredita-se que esta explosão de raios gama seria a mais brilhante das últimas décadas, talvez do século, e se os astrônomos a tivessem perdido, é bem provável que ninguém trabalhando hoje teria tido a chance de capturar uma novamente.

Os aparelhos cumpriram seu objetivo. Quando um dos telescópios vê uma sinal de algo interessante, ele e os outros rapidamente se reorientam e dão zoom para capturar os pormenores. Os telescópios têm diferentes especializações – por exemplo o RAPTOR-T, que vê todos os eventos através de quatro lentes alinhadas com quatro filtros de cor diferentes. Ao olhar para as diferenças na distribuição de cor na amostra, o RAPTOR-T pode fornecer informações sobre a distância de um evento ou sobre alguns elementos do seu ambiente.
No entanto, o GRB 130427A também foi visto por uma série de outros instrumentos, detectores de raios gama e telescópios de raios-X que são muito mais lentos do que o RAPTOR. Os satélites Fermi, NuSTAR e Swift, da Nasa, conseguiram ver alguma parte do evento durante o seu desenrolar, porém a maioria dos telescópios se juntou para ver o chamado arrebol do evento – uma espécie de persistência luminosa que fica no céu depois de um episódio como este. Este foi um acontecimento extremamente violento e lançou detritos ao longo de um grande raio. Todo este raio brilhou por várias horas e os astrônomos observaram quando ele desapareceu.

Dimensões extras: se elas existem, buracos negros e pulsares podem nos ajudar a descobrir
A intensidade dos raios gama de alta energia naquele arrebol desapareceram junto com suas emissões de luz convencionais. Esse é a primeira destas ligações que os astrônomos encontraram entre raios gama e fenômenos ópticos. E é apenas o começo das descobertas que virão desta Pedra de Roseta da astronomia. Podemos esperar por uma série de atualizações emocionantes ao longo dos próximos meses, à medida que os astrônomos desvendarem as implicações de terem testemunhado o nascimento de uma singularidade sem precedentes.

Após 40 anos de tentativas, físicos finalmente capturam neutrinos cósmicos de alta energia



Durante quatro décadas, os físicos têm tentado detectar neutrinos cósmicos de alta energia, uma partícula sub-atômica de interação fraca. A busca finalmente acabou: cientistas, usando o detector de neutrinos IceCube no Pólo Sul, alcançaram seu objetivo e detectaram neutrinos que se originaram a incríveis distâncias fora do nosso sistema solar. Os resultados foram publicados na revista Science.
A existência do neutrino (italiano para “pequeno neutro”) foi teorizada pela primeira vez por Wolfgang Pauli em 1930. Eles foram originalmente pensados como uma forma de conservação de energia e momento durante eventos de emissão beta. Ao longo das décadas seguintes, foi descoberto que na verdade existem três tipos de neutrinos que pareiam com antineutrinos para formar um lépton descarregado. Os primeiros neutrinos foram observados diretamente do sol em 1956.

Pela primeira vez, neutrinos foram usados para enviar mensagem através do chão
Em 2010, o Observatório de Neutrinos IceCube foi concluído. Mais de 250 cientistas representando 12 países colaboram neste projeto, que é o maior detector de neutrinos do mundo. Ele é envolto em um quilômetro cúbico de gelo, o que é fácil para neutrinos atravessarem, mas desacelera a luz que está em trânsito. Quando neutrinos de alta energia chocam-se com elétrons, o elétron é enviando em um movimento mais rápido do que a luz desacelerada, emitindo um sinal de luz fraca conhecida como radiação Cherenkov (indicação de que interagiu com um neutrino).

Nos dois primeiros anos de funcionamento do IceCube foram detectados mais de 28 neutrinos de alta energia. A equipe tinha a esperança de detectar neutrinos do múon para medir com precisão a direção do spin, mas, infelizmente, isto se provou muito difícil. Neutrinos do múon só foram detectados em conjugação com outros, o que os torna muito menos precisos. Isto não significa que o detector IceCube não está funcionando; na verdade, pode demonstrar que a equipe tem cuidado antes de dizer que os neutrinos detectados realmente vieram de longe no cosmos.

Neutrinos podem ser primeiras partículas a viajar mais rápido que a luz
O sucesso de ver neutrinos de alta energia que originaram tão longe pode ter aberto um precedente para a expansão do detector. A equipe gostaria de triplicar seu volume, o que competiria com um detector proposto na Europa que têm cinco vezes o volume do IceCube. 

Estação Espacial foi equipada com um canhão

The space station is now fully armed and operational with a cannon

Um canhão instalado no módulo japonês da Estação Espacial Internacional (ISS) já está operando. Calma, o canhão não dispara projéteis ou raios laser para proteger a Terra contra naves alienígenas. Ao invés disso, o objeto, chamado de J-SSOD (JEM Small Satellite Orbital Deployer) lança minissatélites, conhecidos como cubesats, em órbita para pesquisa e exploração espacial.
O módulo japonês da ISS, Kibo, está equipado com um braço robótico e uma plataforma exterior que pode ser usada para realizar experimentos em microgravidade e no vácuo do espaço. Foi com esse braço robótico – e o canhão J-SSOD anexado – que, no dia 19 de novembro, três cubesats foram lançados, com a ajuda do astronauta Koichi Wakata, da agência espacial japonesa JAXA, e de Mike Hopkins, astronauta da NASA.

O sistema foi previamente testado em outubro de 2012, com o lançamento de cinco minissatélites cubesats.
De acordo com a agência JAXA, os cubesats têm 10 centímetros de altura, largura e comprimento. No dia 19 de novembro, o astronauta Wakata publicou uma atualização em seu Twitter com uma foto dos três satélites lançados (abaixo), juntamente com um texto em que dizia que tinha trabalhado com a equipe da JAXA para lançá-los.
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original
No dia 20 de novembro, foi lançado um satélite cubesat um pouco maior (30x10x10cm), o TechEdSat-3, desenvolvido pela NASA, que você pode observar na foto do início da matéria.
Os cubesats são leves e de baixo custo, o que permite que sejam lançadas pequenas cargas experimentais em órbita. Esses minissatélites podem ajudar a fazer grandes descobertas espaciais.

The space station is now fully armed and operational with a cannon

The space station is now fully armed and operational with a cannon



domingo, 24 de novembro de 2013

Alerta : O planeta está perdendo a cor verde

ecologia, florestas, terra

As florestas são derrubadas paralelamente ao desenvolvimento da civilização. Mas, no processo de industrialização, este processo ganhou uma envergadura de fato ameaçadora. Mesmo quando no fim do século passado ecologistas e científicos deram o alerta, não foi possível reverter a situação.

Os números são simples. Nos últimos doze anos, foram desmatados 1,5 dos 87 milhões de quilômetros quadrados das florestas. Se estes ritmos continuarem, dentro de sete séculos não haverá na Terra quaisquer árvores. Mas a humanidade poderá simplesmente não se dar conta disso. A redução das florestas levará à diminuição de oxigênio na atmosfera e ao aumento de gás carbônico, será mais difícil respirar e o clima irá tornar-se diferente. Provavelmente, a população do planeta não conseguirá adaptar-se a tais mudanças.
Hoje, praticamente por toda a parte há programas de recuperação e de preservação de florestas, que funcionam bastante eficazmente em alguns locais. Por exemplo, o Brasil lidera pelos ritmos de controle das perdas florestais: enquanto em 2003, no país foram cortados 40 mil quilômetros quadrados de florestas, esta quantidade diminuiu para metade em 2010.
Ao mesmo tempo, ao lado, no Paraguai, assim como na Malásia e Camboja são registrados os mais altos ritmos de desflorestação.
A Indonésia ocupa o primeiro lugar pelos derrubes florestais. Na Europa, assiste-se a um crescimento da área florestal.

A China enfrenta uma situação bastante grave. Mas, ultimamente, Pequim está gastando dezenas de bilhões de dólares para recuperar as florestas.
Enormes áreas florestais continuam a ser extintas na Rússia. Mas a situação não é tão ruim como os ecologistas tentam apresentar, afirma Vladimir Petrov, perito da Universidade Florestal de Estado Kirov:
"Se a área de desmatamento na Rússia for equiparada hoje às zonas de recuperação florestal, estaremos em boa situação. Em outras palavras, a superfície de recuperação na Rússia ultrapassa a área dos derrubes. Pergunte-se, porém: será que a qualidade da recuperação corresponde ao nível desejado? Infelizmente, nem sempre é assim."

O problema consiste em que, economicamente, as florestas de coníferas são mais vantajosas. Ao mesmo tempo, os abetos e pinhos crescem mais lentamente do que árvores foliáceas. Por outro lado, enquanto as árvores coníferas são ainda são pequenas, as foliáceas esmagam-nas literalmente. Este fenómeno é sobretudo evidente durante a recuperação natural de florestas, aponta o diretor do Instituto de Investigação Científica de Silvicultura e de Mecanização da Economia Florestal, Anatoli Petrov:

"Destaque-se que sempre há floresta no local de derrube. Queremos contudo que cresça uma floresta conífera e, em vez dela, cresce a foliácea. No entanto, podem acreditar, dentro de 60 anos a floresta foliácea será substituída naturalmente pela conífera. Este é um processo normal. Simplesmente, a economia russa está interessada em florestas coníferas. Mas, para a ecologia, a melhor floresta é a foliácea, que absorve gás carbônico e liberta oxigênio melhor em comparação com as florestas coníferas."
Diferentemente dos cortes industriais, que podem ser regulados, as calamidades naturais, incêndios e ataques de pragas são mal controlados e causam prejuízos à natureza não inferiores à atividade humana. Ao mesmo tempo, os respetivos dados nem sempre se refletem plenamente em relatórios oficiais. Não se expõem também os dados sobre cortes de madeira ilegais.

O primeiro mapa interativo global das florestas, criada por cientistas americanos, ajudará a controlar o estado da camada verde no planeta. Através de centenas de fotografias, tiradas a partir de satélites entre os anos 2000 e 2012, é possível registar a alteração do estado das florestas no planeta. Além disso, o mapa permite descobrir cortes ilegais de grande envergadura, o que é importante para muitas regiões, inclusive para a Rússia.

Será que a água destilada conduz a eletricidade ?

Água Destilada Conduz eletricidade?

Você sabia que a água ajuda a viagem da eletricidade? Estudos têm demonstrado que a água e a eletricidade pode ser uma combinação perigosa para nós, porque a água é um bom condutor de eletricidade. Mas será que água destilada conduz eletricidade também? Vamos descobrir.
O que é água destilada?
Água pura contém minerais dissolvidos, como cálcio, magnésio, ferro e sódio. Quando a água é fervida e é permitido que o vapor se condense no reservatório, o líquido que se mantém puro, desprovido de sais minerais, é chamado de água destilada.
O que é eletricidade?

Água Destilada Conduz eletricidade?
Entender como a energia elétrica viaja vai ajudar a responder à pergunta: “Será que a água destilada conduz a eletricidade?”. Mas, primeiro, precisamos começar com a compreensão dos átomos “. Quando um átomo tem mais prótons do que elétrons, tem uma carga positiva. Quando o átomo tem mais elétrons do que prótons, ele tem uma carga negativa. Átomos preferem ter uma carga neutra e vão trocar elétrons para se tornarem neutros. Como os elétrons são passados ​​de um átomo para outro, um fluxo de eletricidade é criada
.
Então, para responder a pergunta

Desde que a água destilada é purificada e não contém quaisquer impurezas, é incapaz de conduzir eletricidade. As moléculas de água por conta própria não têm carga e como resultado eles não podem trocar elétrons. Sem a troca de elétrons, a eletricidade é incapaz de viajar através da água destilada.
A água salgada, por outro lado, é considerado um bom condutor de eletricidade, porque contém íons nela. A água da torneira, embora não tenha gosto salgado, também pode conduzir eletricidade, porque não é pura. A água da pia da cozinha, muitas vezes tem traços de minerais como o cálcio, Ca2 +, e de magnésio, Mg 2+ e pode ajudar a conduzir eletricidade. No entanto, o que precisa ser notado aqui é que nem toda a água é a mesma nem vai conduzir eletricidade com a mesma taxa.
Então, da próxima vez, você lidar com água destilada, você pode ter certeza que ele não irá conduzir eletricidade mais cuidado se você está lidando com água potável.

O que é a água em pó ou chuva sólida?

Água em Pó - Chuva Sólida - Chuva Seca

O material foi desenvolvido na década de 70 pelo USDA (departamento de agricultura dos Estado Unidos ), porém sua maior aplicação inicial foi o uso em fraldas devido a sua extrema capacidade de absorção, porém há 10 anos o engenheiro químico mexicano Sérgio Jesus Rico Velasco teve a ideia de utiliza-lo na agricultura. Velasco então patenteou a fórmula e vem vendendo ela pelo mundo desde então.

Segundo Velasco as moléculas de água aderem ao poliacrilato de potássio, que é um tipo de açúcar branco em pó, que os pesquisadores chamam de água-silos,  é fluido gelatinizado. Para cada quilo dessa fórmula é solidificar a 500 litros de água, o equivalente a meia tonelada de chuva contínua.
O engenheiro ainda afirma que, segundo testes do governo mexicano o produto é capaz de ampliar a produtividade das colheitas em cerca de 300% quando misturada ao solo, ele recomenda a proporção de 50 kg do produto para cada 10 mil hectares (10 km^2), o que culmina num custo de aproximadamente R$3.500 reais.

Controversas quando a eficácia da água em pó

Há afirmações de especialista que negam a eficácia do produto, como a da professora Linda Chalker-Scott, da Universidade do Estado de Washington, que afirma:
“Não há evidência científica que sugira que eles armazenem água por um ano”
Segundo ela, a Chuva Seca pode sugar mais água do solo, prejudicando a irrigação das plantas. Além do mais, adubos feitos com lascas de madeira seriam capazes de produzir quase o mesmo efeito e são mais baratos.
Porém Velasco rebate a afirmação alegando que a durabilidade do produto é consideravelmente menor:
“Os outros concorrentes não duram três ou quatro anos. Os únicos que duram tanto são os que usam sódio em suas formulas, mas eles não absorvem tanto.”
Quanto aos possíveis impactos ambientais Velasco afirma que a Chuva Sólida é natural e não prejudica o solo, mesmo após ser usada por vários anos. Ele afirma que o produto não é tóxico e que, ao se desintegrar, o pó se torna parte das plantas.


Na água, partículas de cargas iguais também se atraem

Cargas iguais se atraem na água

Aprendemos desde as primeiras aulas de química no colégio que cargas opostas se atraem e cargas se repelem . Esta é uma verdade científica universal – exceto quando não é.
Uma equipe de pesquisa do laboratório de Berkeley liderada pelos químicos Richard Saykally e  por David Prendergast, trabalhando com fonte de luz avançada ou advanced light source ( ALS), mostrou que, quando hidratados na água, íons carregados positivamente (cátions) podem se atrair, se emparelhando uns com os outros.
“Através de uma combinação de espectroscopia de raios X, e micro jatos líquidos e muita teoria  a primeira vista, temos observado e caracterizado emparelhamento entre cátions de guanidina em solução aquosa “, afirma Saykally . “Os químicos teóricos previram esse emparelhamento cátion-a-cátion, mas ele nunca foi definitivamente observado antes. Se cátions de guanidina podem se emparelhar desta forma, logo, outros sistemas de cátions semelhantes provavelmente também podem.”

A guanidina e o efeito Hofmeister

Guanidina é um composto iônico de hidrogênio, nitrogênio e átomos de carbono, cujo sal – cloreto de guanidina – é amplamente utilizado por cientistas para desnaturar proteínas para estudos de proteínas dobráveis. Essa prática remonta ao final do século 19, quando o cientista checo Franz Hofmeister observou que cátions, como os de guanidina pode emparelhar com ânions (íons carregados negativamente) em proteínas para levá-los a precipitar. O efeito Hofmeister, que classifica os íons em sua capacidade sobre as proteínas, tornou-se um padrão em pesquisa de proteínas, embora o seu mecanismo nunca foi totalmente compreendido.

Lei Correspondência de Afinidades da Água

Em 2006 , Kim Collins, da Universidade de Maryland propôs uma “Lei de Correspondência de Afinidades da Água” para ajudar a explicar “os efeitos de Hofmeister ” . A proposta de Collins afirma que a tendência de um cátion e ânion para formar um par de contato é governada por quão perto sua hidratação de cargas ocorre, ou seja, quão fortemente os íons se agarraram às moléculas de água . Saykally, que é um cientista da Divisão de Ciências Químicas do Laboratório de Berkeley e professor de química na Universidade da Califórnia, desenvolveu um meio de estudar tanto a Lei de Correspondência Afinidades da água e o efeito de Hofmeister. Em 2000, ele e seu grupo incorporam a tecnologia de micro jatos líquidos para o ambiente experimental com alto vácuo e linhas de luz, e usaram a combinação de executar as primeiras medidas de espectroscopia de absorção de raios- X em amostras líquidas. Esta técnica se tornou uma prática de pesquisa amplamente utilizada.
Moléculas de carga igual também se atraem.

Usando uma tecnologia de micro jatos líquidos, a equipe fez uma amostra fluir rapidamente através de microcanais escavados em sílica, até atingir um bocal com apenas alguns micrômetros de diâmetro, O feixe de líquido resultante percorre alguns centímetros em uma câmara de vácuo cruzando um feixe de raios X, até se condensar e ser recolhido. Ao analisar os dados, os químicos concluíram que o inesperado “contato por emparelhamento” cátion-cátion observado é gerado pela energia de ligação da água, como previsto pela teoria.

“Nós descobrimos que os íons guanidínio formam fortes ligações doadoras de hidrogênio no plano da molécula, mas ligações receptoras de hidrogênio fracas com os elétrons pi ortogonais ao plano.
“Quando flutuações colocam os íons solvatados próximos uns dos outros, a atração de van der Waals entre as nuvens de elétrons pi espremem as moléculas de água fracamente ligadas, que se movem pela solução e formam ligações de hidrogênio muito mais fortes com outras moléculas de água. Esta liberação das moléculas de água fracamente interativas resulta no contato entre os cátions guanidínio.
“Acreditamos que nossas observações podem estabelecer um precedente geral pelo qual a atração de cargas iguais se torne um novo paradigma para as soluções aquosas,” concluiu Shih.

Centaurus A




Imagem composta a cores da galáxia Centaurus A, que revela os lóbulos e os jatos emitidos pelo buraco negro situado no centro desta galáxia ativa. 

Esta é uma imagem composta a partir de dados obtidos com três instrumentos, a operar a diferentes comprimentos de onda. 

Os dados no submilímetro, a 870 µm, da câmara LABOCA montada no APEX, estão em laranja.

Os dados em raios X, do Observatório de raios X-Chandra, estão a azul.

Os dados obtidos no visível pelo instrumento Wide Field Imager (WFI) montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, situado em La Silla, Chile, mostram as estrelas e a característica zona de poeira da galáxia nas suas “cores verdadeiras”.

Hubble Apresenta Imagens da Formação da Via Láctea.



Esta imagem composta mostra exemplos de galáxias similares à formação da Via Láctea em vários estágios de construção ao longo de um intervalo de tempo de 11 bilhões de anos.
As galáxias estão organizadas de acordo com o tempo. Aqueles à esquerda residem nas proximidades, enquanto aqueles no lado direito já existiam quando o cosmos tinha cerca de 2 bilhões de anos. O brilho azulado de estrelas jovens domina a cor das galáxias à direita. As galáxias à esquerda são mais vermelho do brilho de populações estelares mais antigas.
Astrônomos descobriram que as galáxias distantes em duas pesquisas do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA e o “Cosmic Assembly Near-infrared” de pesquisa profunda Extragaláctica, ou CANDELS. As observações foram feitas em luz visível e infravermelho próximo pela “Wide Field Camera 3” do Hubble e “Advanced Camera for Surveys”. As galáxias vizinhas foram retirados do Sloan Digital Sky Survey.


Esta imagem traça galáxias semelhantes a Via Láctea durante a maior parte da história cósmica, revelando como eles evoluem ao longo do tempo. Visão do Hubble resolveu formas das galáxias, mostrando que seus bojos e discos cresceram simultaneamente.

A boquilha da Nebulosa do Cachimbo



Esta imagem mostra Barnard 59, parte de uma enorme nuvem escura de poeira interestelar chamada Nebulosa do Cachimbo. 

Esta nova imagem extremamente detalhada do objeto, que é conhecido como uma nebulosa escura, foi obtida com o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, instalado no Observatório de La Silla do ESO. 

A imagem é tão grande que recomendamos que use a versão zoom para a apreciar na sua totalidade 

Estamos próximos de detectar e entender a matéria escura?

Lux dark matter detector


A matéria escura compõe cerca de um quarto de todo o universo. Mesmo assim, ainda não sabemos quase nada sobre ela. O físico Jim Al-Khalili conversou com a BBC, e ponderou o quão perto estamos de compreender essa misteriosa matéria que permeia o universo.

Diante de todo o progresso feito na física moderna ao longo do século passado, é comum que as pessoas acreditem que os físicos estão próximos de compreender todos os mistérios do universo. Mas não é bem assim – ainda não se sabe do que é feito 95% do universo.


Tudo o que conseguimos ver são planetas e suas luas, o sol, estrelas no céu e buracos negros – ok, esse último não podemos ver. De qualquer maneira, tudo isso equivale a menos de 5% do universo. E ainda nem sabemos se o espaço é infinito, qual sua forma, o que causou o Big Bang ou até mesmo se esse não é apenas um dos muitos multiversos que existem.

A matéria escura

Acredita-se que cerca de um quarto de todo nosso universo seja composto por matéria escura. Sabemos isso porque as galáxias parecem pesar muito mais do que a soma de toda a matéria normal que conhecemos atualmente.

Observações astronômicas, movimentos de estrelas e imagens de galáxias distantes distorcidas pela matéria interveniente apontam para o efeito gravitacional de algum tipo de matéria invisível e indescritível – a matéria escura.

Por exemplo, as estrelas nas galáxias giram como pedacinhos minúsculos de café instantâneo que não se dissolveram na superfície de uma caneca, quando você já parou de misturar. Quanto mais rápido as estrelas se movem, mais difícil é puxá-las em direção ao centro para evitar que elas “fujam”.

Se a única matéria na galáxia fosse a que é composta pelo material que podemos ver, as estrelas exteriores deveriam girar muito mais lentamente. Na realidade, elas se movem tão rápido que, sem nenhuma força gravitacional extra para segurá-las, elas estariam voando pelas profundezas do espaço.

A única maneira de explicar a forma como essas estrelas se comportam é que existe alguma atração gravitacional adicional provocada por alguma forma invisível de matéria. E, para provocar efeitos nas proporções observadas, a matéria escura teria que conter muitas vezes mais massa do que todas as outras formas de matérias visíveis juntas.

O problema com a matéria escura é que, seja lá do que ela seja feita, parece que ela interage muito fracamente com a matéria normal. Isso a torna muito difícil de entendê-la.

Do que é feita a matéria escura?

Existem três maneiras diferentes para tentar descobrir do que é feita a matéria escura. É possível olhar para o espaço e ver os resultados de colisões de partículas de matéria escura, tentando detectar partículas normais criadas nos escombros dessas colisões. Podemos também tentar capturar partículas de matéria escura diretamente na Terra. A terceira opção é fazer aceleradores de partículas. O segundo método é o que tem se mostrado o mais promissor até o momento.

A maioria dos cientistas acredita que a matéria escura tem a forma de partículas – chamadas de partículas massivas de interação fraca – e que milhões delas estão fluindo através de nós a cada segundo sem deixar vestígios. Na última década, diferentes grupos de pesquisa ao redor do mundo afirmaram terem indícios dessas partículas obscuras.

Pesquisas

Muitos dos atuais experimentos estão sendo feitos no Laboratório Nacional Gran Sasso, na Itália, o maior laboratório subterrâneo do mundo. Ele fica embaixo de quase um quilômetro e meio de rocha sólida e pode ser alcançado através de um túnel.

O laboratório foi instalado nesse local porque o nosso planeta é bombardeado por raios cósmicos constantemente, que colidem com a atmosfera superior, criando uma cascata de partículas que se espalham abaixo da superfície terrestre.

A rocha acima desse laboratório, com 1,4 quilômetros de espessura, absorve a maior parte dessas partículas. A esperança dos pesquisadores é que a matéria escura passe direto através da rocha, atingindo os detectores.

Outro laboratório que está empolgando pesquisadores da matéria escura é o LUX (Large Metro Xenon), situado em uma mina de ouro nos Estados Unidos. Ele tem se mostrado o detector mais poderoso e sensível construído até agora. Já descartou várias partículas que poderiam ser confundidas com matéria escura descobertas em outros experimentos – e tão importante quanto descobrir o que é, é saber o que não é matéria escura.

As pesquisas mais importantes realizadas nesse laboratório irão começar em 2014. Os físicos estão ansiosos para o início dos experimentos com LUX. O detector irá trabalhar por 300 dias seguidos, e espera-se que ele consiga detectar diretamente partículas de matéria escura. Se isso não acontecer, pesquisadores já estão projetando um detector ainda maior e mais sensível, chamado de “LZ”, que pode enfim detectar as partículas massivas de interação fraca – se é que elas existem.

Claro que, se os físicos continuarem chegando de mãos vazias ao fim de suas buscas, podem concluir que estão completamente errados sobre o que acreditam ser a matéria escura. E o que acontece quando solucionarmos esse mistério? Bem, há ainda dois terços do universo para estudar, que são ainda mais misteriosos – compostos pelo material chamado de energia escura. E os cientistas nem sequer descobriram como sair à procura disso.