Um dos vários mistérios do nosso Sistema Solar é a razão pela qual Vênus não possui nenhuma lua. Uma das explicações sugere que nosso planeta irmão teve no passado remoto uma lua, mas ela foi destruída.
A nossa Lua se formou quando um objeto do tamanho de Marte chocou-se com a Terra primordial há 4,5 bilhões de anos, expelindo uma quantidade enorme de material em órbita, o qual se juntou. Normalmente, os materiais lançados balisticamente meramente retornam a superfície da Terra, mas o impacto foi tão violento que temporariamente deformou a Terra e seu campo gravitacional. Assim a gravidade distorcida permitiu que o material permanecesse em órbita. Desde que se formou, a Lua tem se afastado gradualmente da Terra devido as interações gravitacionais entre os dois corpos: a Lua cria marés na Terra e estas marés reagem de volta sobre a Lua forçando seu afastamento e a redução do período de rotação da Terra.
A nossa Lua se formou quando um objeto do tamanho de Marte chocou-se com a Terra primordial há 4,5 bilhões de anos, expelindo uma quantidade enorme de material em órbita, o qual se juntou. Normalmente, os materiais lançados balisticamente meramente retornam a superfície da Terra, mas o impacto foi tão violento que temporariamente deformou a Terra e seu campo gravitacional. Assim a gravidade distorcida permitiu que o material permanecesse em órbita. Desde que se formou, a Lua tem se afastado gradualmente da Terra devido as interações gravitacionais entre os dois corpos: a Lua cria marés na Terra e estas marés reagem de volta sobre a Lua forçando seu afastamento e a redução do período de rotação da Terra.
Tendo em vista que Vênus é quase idêntico em tamanho e na composição em relação a Terra os cientistas estimam que Vênus deve ter sido abalroado por objetos massivos no início da história do Sistema Solar. Uma hipótese é que estes corpos não distorceram a gravidade de Vênus o suficiente para permitir que escombros permaneçam em órbita. Outra teoria é que uma lua realmente se formou e se afastou até um ponto em que escapou do planeta. O problema com a segunda hipótese é que essa fuga deveria demorar de bilhões a dezenas de bilhões de anos, ou seja, a tal lua seria detectada hoje por nós.
Em outubro de 2006, na conferência anual de ciências planetárias, em Pasadena, Califórnia, Alex Alemi e David Stevenson da Caltech argumentaram que o mistério pode estar atrelado à outra anomalia de Vênus: o seu sentido de rotação, extremamente lento (uma volta a cada 243 dias terrestres) e excepcionalmente retrógrado (no mesmo sentido dos ponteiros do relógio, se visto do seu pólo norte, ao invés do contrário, como ocorre na Terra e nos demais planetas, exceto Urano que gira deitado, com eixo a 98º). Assim, os cientistas sugeriram que Vênus passou não por um, mas por pelo menos dois grandes impactos.
Pela tese levantada, o primeiro choque na lateral de Vênus teria causado o seu movimento prógrado (similar ao da Terra. Este violento impacto teria por sua vez criado uma lua que tenderia a se afastar de Vênus (como a nossa Lua). No impacto seguinte o outro lado de Vênus teria sido atingido e o planeta passou a girar de forma retrógrada, cancelando o movimento prógrado da primeira colisão. O ‘cancelamento’ não foi exato, a gravidade solar poderia ter completado o serviço freando o movimento ou até revertendo-o. Assim esta inversão de sentido de rotação alterou as interações gravitacionais em a lua e Vênus causando a sua aproximação e a seguir a sua colisão e fusão com Vênus. O segundo impacto pode ter criado outra lua ou não. Se este evento a criou, esta lua poderia ter sido afetada gravitacionalmente pela primeira, espiralando em queda para chocar-se com Vênus.
Stenvenson alega que este modelo poderá ser comprovado se analisarmos a assinaturas isotópicas das rochas venusianas. Por enquanto, sua principal importância tem sido reacender sobre a inexistência de luas em Vênus, um enigma interessante que os cientistas planetários raramente exploram.
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